Banco Master: Compra é ‘operação resgate’? CDBs serão honrados? BC vai barrar? CEO do BRB responde principais dúvidas do mercado
O CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, nega pressão política pela compra do Master e endereça principais dúvidas do mercado
“Não é todo dia que aparece uma proposta de compra de um banco por outro banco”. É assim que o CEO do BRB, Paulo Henrique Costa, diz entender a ansiedade do mercado acerca da aquisição do Banco Master pelo estatal do Distrito Federal.
Realmente, não é todo dia. A compra do Master pelo BRB seria uma das maiores aquisições de bancos dos últimos tempos no Brasil.
Se confirmado o valor de R$ 2 bilhões para a transação, equivaleria a 75% do patrimônio líquido consolidado do banco comprado, ajustado por eventuais "baixas de ativos ou reconhecimentos de apontamentos no balanço do Banco Master", segundo o BRB.
Por isso foi impossível fugir do assunto nas manchetes dos noticiários de mercado e além — fora os vídeos no YouTube, conversas no zap, TikToks etc.
Todo mundo querendo saber o real motivo por trás da possível venda. Costa tentou endereçar as principais dúvidas sobre a operação em uma entrevista ao Money Times, site do mesmo grupo do Seu Dinheiro:
- Trata-se de um socorro estatal para o Banco Master?
- O que será dos CDBs que oferecem taxas de até 140% do CDI? Serão honrados?
- Por que o BRB escolheu o Master?
Veja abaixo o que o executivo diz sobre essas e outras perguntas que têm infestado de pulga as orelhas dos investidores. Aqui, você pode entender mais detalhes sobre por que essa transação é tão polêmica.
Leia Também
- E MAIS: Após ata do Copom, analista projeta Selic acima dos 15% em 2025; confira 3 títulos para investir nesse cenário
BRB está socorrendo o Banco Master?
Sobre isso, o CEO do BRB é categórico: “Não, é uma compra de uma instituição financeira que pode agregar muito ao BRB”.
Costa explica que a aquisição ampliaria a atuação do banco estatal do Distrito Federal em segmentos importantes, trazendo tecnologia, expertise e pessoas da estrutura do Banco Master.
Na visão do executivo, o BRB vai ser um banco mais completo e maior, presente em todo país. Além da atuação no mercado de capitais, em operações de câmbio e nos segmentos de middle e corporate.
Costa afirma que, quando for possível comunicar ao mercado o escopo exato da transação, vai ficar muito claro o quanto esse banco é competitivo, o quanto é tradicional e capaz de desempenhar um papel importante no sistema financeiro nacional, para a sociedade, para os clientes, para os acionistas.
Costa também nega que tenha havido qualquer pressão política para a compra.
Os CDBs serão honrados?
Outro grande temor do mercado são os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) do Banco Master, conhecidos por oferecerem retornos bem acima dos encontrados nos bancões tradicionais e serem populares entre investidores pessoas físicas.
Mas o CEO é firme em responder essa dúvida ao Money Times: “Sim, todos os CDBs do Banco Master farão parte da estrutura do novo banco e serão honrados”.
No entanto, ele deixa claro que os CDBs de subsidiárias que não fazem parte da transação permanecerão nelas. Assim, CDBs emitidos pelo Banco Master e pelo seu banco digital Will Bank estão incluídos na operação, mas aqueles emitidos pelo banco Voiter e o Banco Master de Investimentos não.
Cabe lembrar que não é de hoje que o mercado tem um pé atrás com o Banco Master, que multiplicou por 10 seu patrimônio e quintuplicou a carteira de crédito nos últimos quatro anos.
Isso muito devido à emissão de CDBs com taxas médias de até 140% do CDI — chegando a oferecer um retorno 40% maior que os grandes bancos, por exemplo.
O banco usava a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) a esses títulos como atrativo e captou cerca de R$ 70 bilhões em CDBs.
Por que o BRB escolheu o Master?
“O resultado desse trabalho mostrou a viabilidade da operação. Não foi uma escolha específica por uma instituição apenas, mas um processo estruturado de aproximação e avaliação”, diz Costa ao Money Times.
Ele explica que a compra partiu de uma necessidade do BRB de se tornar um banco mais completo e que, desde o ano passado, o comprador passou a adquirir carteiras do Banco Master para entender melhor a atuação em segmentos estratégicos.
Costa lembra que o BRB tem passado por um ciclo de crescimento. “O Master agrega bastante ao nosso portfólio, principalmente nos segmentos de atacado, mercado de capitais e crédito consignado”.
Possível veto do Banco Central
Outro tema que circulou no mercado sobre a transação foi a possibilidade de o Banco Central (BC) barrar a compra. O motivo seria o temor de que os ativos do Master vistos como "problemáticos" possam piorar o balanço financeiro do comprador.
Sobre isso, o CEO explica que a palavra final está com a autarquia e agora eles aguardam a análise da documentação protocolada. Costa lembra que o prazo legal para análise da operação é de 360 dias.
Ele também comentou a reunião com Gabriel Galípolo, presidente do BC, na tarde da segunda (31) e classificou a conversa como muito positiva e cordial.
"O que pode acelerar a aprovação da operação é o fornecimento de documentação de qualidade e a prestação dos esclarecimentos necessários pelas duas instituições", afirmou ao Estadão.
*Com informações de Money Times e Estadão
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%
Deixe o Banco do Brasil (BBAS3) de lado: para o Itaú BBA, é hora de olhar para outros dois bancões — e um deles virou o “melhor da bolsa”
Depois da temporada de balanços do terceiro trimestre, o Itaú BBA, que reiterou sua preferência por Nubank (ROXO33) e Bradesco (BBDC4), enquanto rebaixou a indicação do Santander (SANB11) de compra para neutralidade. Já o Banco do Brasil (BBAS3) continua com recomendação neutra
O novo trunfo do Magazine Luiza (MGLU3): por que o BTG Pactual vê alavanca de vendas nesta nova ferramenta da empresa?
O WhatsApp da Lu, lançado no início do mês, pode se tornar uma alavanca de vendas para a varejista, uma vez que já tem mostrado resultados promissores
5 coisas que o novo Gemini faz e você talvez não sabia
Atualização do Gemini melhora desempenho e interpretação de diferentes formatos; veja recursos que podem mudar sua rotina
Vibra (VBBR3) anuncia R$ 850 milhões em JCP; Energisa (ENGI11) e Lavvi (LAVV3) anunciam mais R$ 500 milhões em dividendos
Vibra e Energisa anunciaram ainda aumentos de capital com bonificação em ações; veja os detalhes das distribuições de dividendos e ações
Nvidia (NVDC34) tem resultados acima do esperado no 3T25 e surpreende em guidance; ações sobem no after market
Ações sobem quase 4% no after market; bons resultados vêm em meio a uma onda de temor com uma possível sobrevalorização ou até bolha das ações ligadas à IA
Hora de vender MOTV3? Motiva fecha venda de 20 aeroportos por R$ 11,5 bilhões, mas ação não decola
O valor da operação representa quase um terço dos R$ 32 bilhões de valor de mercado da empresa na bolsa. Analistas do BTG e Safra avaliam a transação
Nem o drible de Vini Jr ajudaria: WePink de Virginia fecha acordo de R$ 5 milhões após denúncias e fica proibida de vender sem estoque
Marca da influenciadora terá que mudar modelo de vendas, reforçar atendimento e adotar controles rígidos após TAC com o MP-GO
Patria dá mais um passo em direção à porta: gestora vende novo bloco de ações da Smart Fit (SMFT3), que entram em leilão na B3
Conforme adiantado pelo Seu Dinheiro em reportagem exclusiva, o Patria está se preparando para zerar sua posição na rede de academias
BRB contratará auditoria externa para apurar fatos da operação Compliance da PF, que investiga o Banco Master
Em comunicado, o banco reafirma seu compromisso com as melhores práticas de governança, transparência e prestação de informações ao mercado
O futuro da Petrobras (PETR4): Margem Equatorial, dividendos e um dilema bilionário
Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE e um dos maiores especialistas em energia do país, foi o convidado desta semana do Touros e Ursos para falar de Petrobras
ChatGPT vs. Gemini vs. Llama: qual IA vale mais a pena no seu dia a dia?
A atualização recoloca o Google na disputa com o ChatGPT e o Llama, da Meta; veja o que muda e qual é a melhor IA para cada tipo de tarefa
Magazine Luiza (MGLU3) e Americanas (AMER3) fecham parceria para o e-commerce; veja
Aliança cria uma nova frente no e-commerce e intensifica a competição com Mercado Livre e Casas Bahia
Governador do DF indica Celso Eloi para comandar o BRB; escolha ainda depende da Câmara Legislativa
A nomeação acontece após o afastamento judicial de Paulo Henrique Costa, em meio à operação da PF que mira irregularidades envolvendo o Banco Master