Ataque hacker: como a Polícia conseguiu prender o suspeito de facilitar o ‘roubo do século’ na C&M?
Para descobrir os responsáveis, as autoridades recorreram a imagens registradas pelas câmeras internas da C&M; entenda o que aconteceu
Exatamente uma semana após o maior roubo da história do Brasil, a Polícia Civil de São Paulo revelou os detalhes de como prendeu o suspeito responsável pelo ataque hacker à C&M Software, que, segundo estimativas preliminares, desviou mais de R$ 1 bilhão de diversas instituições financeiras.
Para descobrir os responsáveis, a Polícia recorreu a imagens registradas pelas câmeras internas da C&M.
A partir da análise das imagens, os policiais monitoraram o comportamento dos funcionários e, então, conseguiram descobrir quem teria facilitado a ação dos criminosos.
A Polícia prendeu na última quinta-feira (3) João Nazareno Roque, que tem 48 anos e atua como programador júnior terceirizado na C&M.
Segundo as investigações, Roque recebeu R$ 15 mil para fornecer seu login e senha funcionais aos criminosos.
- VEJA MAIS: Já está no ar o evento “Onde investir no 2º semestre de 2025”, do Seu Dinheiro, com as melhores recomendações de ações, FIIs, BDRs, criptomoedas e renda fixa
Como a Polícia prendeu o suspeito de facilitar o ‘roubo do século’?
Além de ceder sua senha, João Roque também teria recebido instruções para executar comandos em seu computador funcional na C&M.
Leia Também
"A gente trouxe para a investigação a própria empresa. Conversamos com os gerentes, supervisores, diretores e começamos a monitorar o comportamento dos funcionários", disse Paulo Eduardo Barbosa, delegado da Delegacia de Crimes Cibernéticos em entrevista ao Fantástico, da TV Globo.
"Ficou evidente que ele usava o equipamento, olhava algumas anotações e inseria os comandos. A gente acredita que sejam os códigos maliciosos", acrescentou o delegado.
A defesa de Roque disse que o cliente é inocente, serviu de "fantoche" e não sabia do golpe multimilionário. Os demais envolvidos no ataque ainda não foram presos ou identificados.
Anatomia de um crime: por trás do ataque hacker na C&M
Em seu depoimento, o programador contou que o crime teve início em março, quando foi abordado por um homem desconhecido em um bar, que sabia do seu trabalho com sistemas de pagamentos.
Os dois trocaram telefones. Duas semanas depois, ele teria sido procurado por ligação no WhatsApp. "O interlocutor falou que queria conhecer o sistema financeiro da C&M", disse à Polícia Civil.
Esse contato inicial culminou no fornecimento do login e senha de Roque em troca de R$ 5 mil.
Duas semanas depois, o programador da C&M teria sido procurado novamente, desta vez para executar comandos no computador funcional.
Roque afirmou que, desde então, mudou de chip e passou a substituir o aparelho celular a cada 15 dias.
O técnico de TI confessou à Polícia que estava inserindo comandos no sistema da C&M, a mando dos criminosos, desde maio. Em troca, teria recebido mais R$ 10 mil.
Questionado sobre a identidade dos hackers, ele disse que não sabe quem o cooptou.
"Tirando o primeiro contato, quando passou seu telefone no primeiro dia, não teve contato pessoal com mais ninguém, só por telefone", diz o termo de depoimento.
Como os hackers orquestraram o maior roubo da história do Brasil?
O ataque hacker ocorreu na madrugada de segunda-feira, quando os criminosos, já em posse das credenciais roubadas das clientes da C&M, começaram a realizar transações Pix diretamente com o Banco Central, utilizando as integrações legítimas.
Esses certificados roubados assinam transações no sistema de mensagens entre o Banco Central e as instituições — e as credenciais são a única forma de o BC assegurar se uma operação está sendo efetivamente requisitada pela instituição verdadeira.
É preciso destacar que não aconteceu uma invasão direta aos sistemas da C&M, mas sim o “uso indevido de integrações legítimas, por meio de credenciais comprometidas de terceiros”, de acordo com a empresa.
Dessa forma, na madrugada de domingo para segunda-feira, o fraudador, em posse desses certificados, se comunicou com o Banco Central e começou a fazer uma série de transações Pix.
Isso levou empresas como a BMP, que utilizava os serviços da C&M, a perderem em torno de R$ 400 milhões no ataque.
Segundo especialistas, há uma boa probabilidade de que a maior parte desse dinheiro nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro das criptomoedas, que emergem como um refúgio para os criminosos esconderem os rastros de seus roubos.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
Uma pechincha na bolsa? Bradesco BBI reitera compra de small cap e calcula ganho de 167%
O banco reiterou recomendação de compra para a companhia, que atua no segmento de logística, e definiu preço-alvo de R$ 15,00
Embraer (EMBJ3) recebe R$ 1 bilhão do BNDES para aumentar exportações de jatos comerciais
Financiamento fortalece a expansão da fabricante, que prevê aumento nas entregas e vive fase de demanda recorde
Raízen (RAIZ4): membros do conselho renunciam no meio do mandato; vagas serão ocupadas por indicados de Shell e Cosan
Um dos membros já havia deixado cargo de diretor vice-presidente financeiro e de relações com investidores da Cosan
A hora da Localiza (RENT3) chegou? O que levou mais esse banco a retomar o otimismo com as ações
Depois de o Itaú BBA ter melhorado projeções para a locadora de veículos, agora é a vez de o BTG Pactual reavaliar o desempenho da companhia
Executivos da empresa que Master usou para captar R$ 12,2 bilhões do BRB também foram sócios em fintech suspensa do Pix após ataque hacker, diz PF
Nenhum dos dois executivos da Tirreno, empresa de fachada usada pelo Master, estavam na Nuoro quanto esta foi suspeita de receber dinheiro desviado de golpe bilionário do Pix
Americanas (AMER3) aceita nova proposta da BandUP! para a venda da Uni.Co, dona da Imaginarium e Pucket; entenda o que falta para a operação sair do papel
A nova oferta conta com os mesmos termos e condições da proposta inicial, porém foi incluído uma provisão para refletir novas condições do edital de processo competitivo
Vale tudo pelos dividendos da Petrobras (PETR4)? O que esperar do plano estratégico em ano de eleição e petróleo em queda
A estatal está programada para apresentar nesta quinta-feira (27) o novo plano de negócios para os próximos cinco anos; o Seu Dinheiro foi atrás de pistas para contar para você o que deve ser divulgado ao mercado
Lula mira expansão da Petrobras (PETR4) e sugere perfuração de gás em Moçambique
O presidente afirmou que o país africano tem muito gás natural, mas não tem expertise para a extração — algo que a Petrobras pode oferecer
Mais um adeus à B3: Controladora da Neoenergia (NEOE3) lança OPA para comprar ações e retirar empresa da bolsa
A espanhola Iberdrola Energia ofereceu um prêmio de 8% para o preço dos papéis da Neoenergia; confira o que acontece agora
Banco Master: Light (LIGT3) e Gafisa (GFSA3) dizem não ter exposição ao banco, após questionamentos da CVM
A Light — em recuperação judicial — afirmou que não mantém qualquer relação comercial, operação financeira ou aplicação ligada ao Banco Master ou a instituições associadas ao conglomerado.
Hapvida (HAPV3) revive pesadelo do passado… só que pior: além do balanço, o que realmente está por trás da queda de 42% em um dia?
Não é a primeira vez que as ações da Hapvida são dilaceradas na bolsa logo após um balanço. Mas agora o penhasco foi maior — e tem muito mais nisso do que “só” os números do terceiro trimestre
Sem esclarecer irregularidades, Banco Master diz não ser responsável por R$ 12,2 bilhões repassados ao BRB
Segundo o Master, a empresa que deu origem ao crédito foi a responsável pela operação e pelo fornecimento da documentação com irregularidades
Após privatização e forte alta, Axia Energia (AXIA3), Ex-Eletrobras, ainda tem espaço para avançar, diz Safra
O banco Safra reforçou a recomendação outperform (equivalente a compra) para a Axia Energia após atualizar seus modelos com os resultados recentes, a nova política de dividendos e premissas revisadas para preços de energia. O banco fixou preço-alvo de R$ 71,40 para AXIA3 e R$ 77,60 para AXIA6, o que indica retorno potencial de 17% […]
Neoenergia (NEOE3) levanta R$ 2,5 bilhões com venda de hidrelétrica em MT, mas compra fatia na compradora e mantém participação indireta de 25%
Segundo a Neoenergia, a operação reforça sua estratégia de rotação de ativos, com foco na otimização do portfólio, geração de valor e disciplina de capital.
Hapvida (HAPV3): Itaú BBA segue outras instituições na avaliação da empresa de saúde, rebaixa ação e derruba preço-alvo
As perspectivas de crescimento se distanciaram das expectativas à medida que concorrentes, especialmente a Amil, ganharam participação nos mercados chave da Hapvida, sobretudo em São Paulo.
BRB já recuperou R$ 10 bilhões em créditos falsos comprados do Banco Master; veja como funcionava esquema
Depois de ter prometido mundos e fundos aos investidores, o Banco Master criou carteiras de crédito falsas para levantar dinheiro e pagar o que devia, segundo a PF
Banco Master: quem são os dois empresários alvos da operação da PF, soltos pela Justiça
Empresários venderam carteiras de crédito ao Banco Master sem realizar qualquer pagamento, que revendeu ao BRB
Uma noite sobre trilhos: como é a viagem no novo trem noturno da Vale?
Do coração de Minas ao litoral do Espírito Santo, o Trem de Férias da Vale vai transformar rota centenária em uma jornada noturna inédita
Com prejuízo bilionário, Correios aprovam reestruturação que envolve demissões voluntárias e mais. Objetivo é lucro em 2027
Plano prevê crédito de R$ 20 bilhões, venda de ativos e cortes operacionais para tentar reequilibrar as finanças da estatal
Supremo Tribunal Federal já tem data para julgar acordo entre Axia (AXIA3) e a União sobre o poder de voto na ex-Eletrobras; veja
O julgamento acontece após o acordo entre Axia e União sobre poder de voto limitado a 10%