Praia do Cassino: do Guinness Book à Nasa; histórias de golpes, mitos e verdades sobre a faixa de areia mais extensa do Brasil
Com mais de 200 quilômetros de extensão, a Praia do Cassino, no Rio Grande do Sul pode não ser a mais bonita do litoral brasileiro, mas certamente tem muita história para contar
A costa brasileira é repleta de praias para todos os gostos. Desde as com águas cristalinas, as que formam piscinas naturais até aquelas cujas ondas atraem surfistas do mundo inteiro. Mas, poucas delas são cercadas por tantas histórias como a Praia do Cassino.
Localizada na cidade de Rio Grande (RS), a 334 quilômetros de Porto Alegre, a Praia do Cassino é a principal atração de um complexo que reúne hotéis, colônias de férias, restaurantes, boates, bares, sociedades recreativas e outros serviços.
Segundo o site de turismo do Governo do Rio Grande do Sul, o Balneário Cassino atrai cerca de 150 mil turistas do Brasil e dos Países do Prata (Uruguai, Paraguai e Argentina) durante o verão.
Mas o que de fato fez a Praia do Cassino ganhar o seu “lugar ao Sol” foi a sua extensão, que ultrapassa os 200 quilômetros. De tão grande, o lugar foi ganhando contos e mitos ao longo dos anos.
Pensando nisso, separamos seis histórias marcantes do local, algumas verdadeiras, outras nem tanto.
O mito do Guinness Book
O maior diferencial da Praia do Cassino certamente é a sua extensão e o local aproveita essa característica como a sua principal propaganda. Inclusive, o título de recordista no Guinness Book é uma das primeiras informações que encontramos sobre o local.
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Reza a lenda que a praia foi listada no Livro dos Recordes como a mais longa do mundo em 1994. Mas, a história não é bem assim. Consultado pelo g1, o Guinness afirmou que não acompanha esse tipo de registro.

De fato, fizemos uma pesquisa e no site do Guinness não há nenhuma categoria relacionada a praias. Além disso, encontramos uma edição digitalizada do Livro dos Recordes de 1994 e não há nenhuma menção à Praia do Cassino.
Mas isso não significa que a praia não seja reconhecida oficialmente pela sua extensão. O site Word Atlas, fundado em 1994, especializado em publicações de geografia, elegeu a Praia do Cassino como a mais longa do mundo. Talvez daí venha a confusão com o Guinness.
Além disso, o trecho também é considerado a maior faixa ininterrupta de areia do Brasil, segundo o ICMBio e a Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
Praia do Hermenegildo: a ‘concorrência’ mora ao lado
A soberania da Praia do Cassino tem uma concorrente de peso, ou melhor, de tamanho e ela fica bem do lado. Trata-se da Praia do Hermenegildo, que fica na cidade de Santa Vitória do Palmar, vizinha de Rio Grande.
Não é de hoje que os moradores de ambas cidades disputam o título de praia mais longa do mundo. Entretanto, a competição é mais por uma questão de nome do que por praias diferentes de fato.
Isso porque, a região que compreende as praias é uma única e extensa faixa de área, sem nenhuma divisão visível. Ou seja, geograficamente falando, Cassino e Hermenegildo são uma praia só.
A questão é que, por conta da sua extensão, a praia atravessa três municípios e muda de nome em cada um. Assim, além de Cassino e Hermenegildo, ao chegar em Arroio Chuí, ponto mais ao sul do Brasil que faz divisa com o Uruguai, ela recebe o nome de Barra do Chuí.
No caso da Praia do Cassino e Hermenegildo, a única maneira de saber onde uma termina e a outra começa é a existência do Farol Sarita.
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Farol Sarita - o golpe que ilumina marinheiros até hoje
E é claro que o farol que fica bem no meio da disputa entre as cidades de Rio Grande e Santa Vitória do Palmar não está ali e nem recebeu este nome por acaso. O local marca a história de um golpe que aconteceu na região em 1897.
Naquele ano, o marinheiro italiano, Cosmo Marasciulo zarpou de Gênova sem destino certo, mas com uma missão: dar um sumiço no “Sarita”. A ordem veio direto da companhia dona do barco à vapor.

Segundo contou o comandante Marasciulo, o prêmio do seguro pela embarcação era a última cartada que a companhia tinha para se salvar da falência. Naquela época, o litoral do Rio Grande do Sul era inóspito e famoso pelos ventos fortes.
Foi assim que, ao passar pela então deserta Praia do Cassino, o comandante resolveu usar as condições climáticas da região como desculpa para a destruição do Sarita. A embarcação foi propositalmente levada a todo vapor para a praia onde ficou encalhada.
Todos os marinheiros conseguiram sair sem problemas, mas precisaram caminhar dois dias até a cidade de Rio Grande. Lá, Cosmo fez um precário Boletim de Ocorrência que meses mais tarde rendeu à armadora a indenização do seguro.
Mas não foi apenas o Sarita que ficou “encalhado” na Praia do Cassino. O coração do comandante Marasciulo também aportou por alí. Após idas e vindas entre Itália e Brasil, Cosmo casou-se com uma argentina e mudou-se para Rio Grande, onde deu início a grande e conhecida família dos Marasciulos.
Assim, anos após a morte do comandante, no exato local onde a embarcação parou, foi construído em 1952 o farol que levou o nome de Sarita em sua homenagem.
Altair: esse encalhou mesmo
Embora o encalhe mais famoso da Praia do Cassino tenha sido um golpe, a região é conhecida por sua difícil navegação. De acordo com as informações da Capitania dos Portos do Rio Grande do Sul, pelo menos 53 embarcações naufragaram na região entre 1776 e 2004.
Uma delas foi o Navio Altair. Em junho de 1976, o comandante Raymundo Bacellar do Carmo, saiu do porto de San Pedro na Argentina em direção à cidade de Natal (RN) com 3,4 toneladas de trigo à bordo.

Ao sair do Rio da Prata e entrar em mar aberto, o Navio Altair foi atingido por um anticiclone e um ciclone extratropical. Assim, com chuvas fortes, visibilidade nula e ondas que chegavam a cinco metros de altura, invadindo o convés, o comandante optou por navegar em direção à Barra do Rio Grande.
Contudo, o navio acabou encalhando em um banco de areia a 250 metros da Praia do Cassino. Botes de pescadores locais regataram os 21 tripulantes. Houve perda total da carga e o Altair tornou-se um dos principais pontos turísticos do local.
Mas não foram só barcos que pararam na Praia do Cassino: a Nasa também veio
Circula pelas redes sociais que a criatividade dos brasileiros é digna de ser estudada pela Nasa, mas o que realmente atraiu a atenção do centro de pesquisas espaciais foi a Praia do Cassino.
Há 59 anos, cerca de 300 cientistas da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa em português), aportaram em Rio Grande para realizar a Missão Eclipse cujo objetivo era justamente estudar o eclipse solar, que criou uma faixa de sombra entre o Peru e o Brasil.

Devido a sua posição geográfica e extensa faixa de areia e mar, a Praia do Cassino foi palco do lançamento de 14 foguetes, no dia 12 de novembro de 1966.
Para o lançamento, foi construída uma grande estrutura com prédios, radares e plataformas. Após o evento, a base ficou abandonada em uma área que pertence ao Exército brasileiro e se transformou em um dos inúmeros pontos de visitação ao longo dos 200 quilômetros da praia.
Ultramaratona: quase um Iron Man na Praia do Cassino
Nem só de histórias do passado vive a Praia do Cassino. Além de pessoas que querem curtir o mar, o local atrai praticantes das mais variadas modalidades de esportes. De kite e windsurf até ultramaratona.
Nos últimos anos, a Praia do Cassino é palco de uma desafiadora competição: a Cassino Ultra Race 230k. Considerada pelos organizadores a maior maratona de praia do mundo, o evento, que está em sua segunda edição, é destinado a corredores profissionais.

A maratona conta com quatro modalidades em que a distância mínima é de 65 quilômetros e a máxima 460 quilômetros, com duração que varia entre 17 e 106 horas.
A competição possui categorias masculinas, femininas e mistas. Para participar do evento, além de muita preparação física, os competidores precisam preparar o bolso. Isso porque, além dos custos da viagem, o preço da inscrição varia de 530 a 3.050 reais.
E em alguns casos, o participante ainda precisa providenciar seu próprio apoio de carro tracionado com fiscalização da organização.
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