De passaporte novo: a estratégia para as criptomoedas que levou a Coinbase a trocar a Irlanda por Luxemburgo
Empresa deixou a Irlanda para trás e se tornou a primeira corretora cripto dos EUA a operar sob as regras do MiCA; rivais também estão se movimentando

Chegou o tempo de novos ares para as exchanges de criptomoedas. E, para a Coinbase, terceira maior empresa do setor, o momento é estratégico. Após dois anos com sede europeia na Irlanda, a companhia recebeu uma licença em Luxemburgo que permitirá a oferta de serviços cripto em toda a União Europeia (UE). O país agora será o novo hub central da empresa na região.
O anúncio, feito nesta sexta-feira (20), representa um marco no avanço da regulação de criptoativos na Europa. A autorização foi concedida pela CSSF, o órgão regulador financeiro de Luxemburgo, e posiciona a Coinbase como a primeira exchange dos Estados Unidos a obter a licença de Mercados de Criptoativos (MiCA), novo regulamento europeu que estabelece normas unificadas para o mercado cripto nos 27 países do bloco.
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“A Coinbase está totalmente comprometida com a Europa, e estamos defendendo o futuro do cripto no continente”, afirmou o CEO Brian Armstrong à CNBC. “A MiCA estabeleceu o padrão, e Luxemburgo está liderando com seu ambiente pró-negócios e abordagem regulatória ponderada.”
A concorrência também está se movimentando. A Gemini, exchange dos irmãos Winklevoss, já escolheu Malta como base de operações sob o MiCA e deve receber sua licença em breve.
A chegada da Coinbase a Luxemburgo acontece em um momento de otimismo global com os avanços regulatórios. Nos Estados Unidos, a aprovação do marco legal para stablecoins no Senado impulsionou as ações da empresa na Nasdaq, que acumulam alta de 25% apenas nesta semana.
Coinbase de casa nova
A Coinbase não foi a primeira a obter licença dentro do novo ambiente regulatório da UE, mas é uma das maiores a receber a chancela. Outras concorrentes como Bybit, OKX e BitGo já tinham obtido permissões semelhantes.
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Inicialmente, a empresa havia escolhido a Irlanda como base europeia e anunciou a decisão publicamente em 2023. No entanto, os planos mudaram.
“A decisão foi motivada não por falhas da Irlanda, mas porque Luxemburgo se mostrou uma opção altamente atraente”, explicou Daniel Seifert, vice-presidente e diretor regional da Coinbase à CNBC.
Segundo ele, o país já conta com quatro leis específicas sobre blockchain — um diferencial frente à Irlanda, que ainda carece de regulação própria para o setor.
Mesmo com a troca de sede, a Irlanda continua nos planos da companhia. A Coinbase pretende abrir cerca de 50 novas vagas no escritório de Dublin. O próprio Seifert, inclusive, se mudou do Reino Unido para a Irlanda, onde lidera as operações locais da exchange.
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Foguete não dá ré: o rali cripto nas bolsas
A Coinbase não é a única a surfar a onda positiva do setor. As ações da Circle, emissora da stablecoin USDC — a segunda maior do mundo em valor de mercado —, avançaram mais de 77% na semana. Desde o IPO em 5 de junho, os papéis da empresa já se multiplicaram por mais de sete vezes.
Mas nenhum desempenho se compara ao da SRM Entertainment (SRM). A empresa, que atua com parques temáticos e produtos licenciados, disparou cerca de 777% após informar que passará a comprar tokens TRX, mudará o nome para Tron Inc. e contará com Justin Sun, fundador da Tron, como conselheiro.
*Com informações da CNBC
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