Timing é tudo: o negócio extraordinário da Vivo e o que esperar dos mercados hoje
Wall Street atinge novas máximas históricas e pode dar continuidade aos ganhos; por aqui, mercado repercute retorno do IOF e disputa comercial com EUA

Qual é a hora certa de comprar uma ação? No mercado financeiro, acertar esse timing é decisivo para ganhar dinheiro.
Fiz a pergunta ao ChatGPT, e eis que ele me deu uma resposta coerente:
“A ‘hora certa’ de comprar uma ação depende do contexto — tanto do mercado quanto do seu perfil como investidor. Mas há alguns princípios que podem te ajudar a tomar uma decisão mais consciente.” E lista cinco fatores a serem considerados:
- Quando o preço está atrativo (e abaixo do valor intrínseco);
- Quando a empresa demonstra fundamentos consistentes;
- Quando o investidor tem convicção (e não está agindo por impulso);
- Com regularidade (investimentos recorrentes);
- Evite comprar em momentos de euforia irracional.
Nada mal para uma IA, não é mesmo?
Agora, tão importante quanto saber a hora certa de comprar um ativo, é saber quando vendê-lo.
Nosso colunista Ruy Hungria nos traz hoje um exemplo que ilustra bem como o timing certo pode fazer a diferença entre um negócio OK e um deal extraordinário.
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Ele cita o caso da Vivo (VIVT3), que, na última semana, anunciou a compra de 50% da subsidiária FiBrasil por R$ 850 milhões.
O pulo do gato, porém, é que, quatro anos antes, a empresa de telecom tinha vendido essa mesma fatia da FiBrasil por R$ 1,8 bilhão — quase R$ 1 bi a mais!
Qual o segredo desses R$ 1 bilhão? O timing, meu caro, o timing. Para entender a jogada de mestre, você pode conferir a coluna do Ruy Hungria aqui.
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Esquenta dos mercados
O embate entre Donald Trump e o governo brasileiro voltou a esquentar na quinta-feira (17). O presidente norte-americano enviou uma carta a Jair Bolsonaro sobre as tarifas de 50% aos produtos do Brasil e sobre o julgamento do ex-presidente.
As investidas de Trump não passaram batidas, e Lula reagiu em pronunciamento transmitido em rede nacional de rádio e televisão.
A disputa deve seguir pressionando o Ibovespa, enquanto os investidores também digerem o retorno do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Ontem, o principal índice da bolsa encerrou o dia com alta modesta, aos 135.565 pontos.
Já Wall Street atingiu novas máximas históricas na quinta-feira. Os índices futuros de Nova York indicam que podem dar continuidade aos ganhos, com leve avanço nesta manhã.
Esse otimismo impulsionou também as bolsas asiáticas, que encerraram o pregão de hoje em leve alta. Por lá, os investidores aguardam a eleição legislativa no Japão, que ocorre neste fim de semana.
Os principais índices europeus também amanhecem em leve alta, com o mercado avaliando os efeitos da guerra tarifária de Trump. Se não conseguir fechar um pacto comercial com Washington até 1º de agosto, o bloco estará sujeito a uma taxa de 30% dos EUA.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
AVENUE CONNECTION
“Se o Brasil tivesse a educação média de um americano e todo o capital deles, a gente ainda seria metade dos EUA”, diz o economista Marcos Lisboa. Em participação no evento Avenue Connection, o ex-secretário da Fazenda falou sobre as dificuldades de crescimento por aqui e quais são os problemas que travam o país.
CÂMBIO
Dólar poderia chegar a R$ 4,30, mas Brasil precisa colaborar — Trump está fazendo quase todo o trabalho até agora, aponta UBS. De acordo com um relatório do UBS, o real tem ganhado força contra o dólar, mas as coisas poderiam estar melhores se o cenário de risco fiscal doméstico se dissipasse.
IMPACTO NO LUCRO
Até o Banco do Brasil (BBAS3) pode pagar a conta das tarifas de Trump: Moody’s revela o impacto da guerra comercial para os bancos brasileiros. Para a Moody’s, o setor financeiro já vivia um cenário complexo, dadas as taxas de juros elevadas e as tendências de inadimplência — e as tarifas dos EUA devem ajudar a complicar a situação.
VEM TROCA DE CONTROLE?
Cade dá sinal verde para Nelson Tanure comprar controle da Braskem (BRKM5) mesmo sem OPA. O que falta para a aquisição sair do papel? O Cade aprovou, sem restrições, a potencial transação proposta pelo empresário. No entanto, há outras etapas a serem concluídas antes que uma eventual troca de controle se concretize.
ATÉ AGOSTO
Quanto custa comer a ‘comida de avião estrelada’ da Air France em Paris? Com menu completo que inclui bebidas, o restaurante temporário da companhia aérea fica no rooftop das Galeries Lafayette e traz pratos assinados por um chef francês dono de 3 estrelas Michelin.
ADIANDO O PAGAMENTO
Senado aprova PEC dos precatórios e libera governo de incluir dívidas nas metas fiscais até 2027. A proposta de emenda ainda precisa passar por um segundo turno de votação no Senado antes de ser promulgada. Veja o que diz a medida.
VAI SER TETRA?
Após tarifas de Trump, Lula desponta como favorito para as eleições de 2026, aponta pesquisa Genial/Quaest; veja os cenários para 1º e 2º turno. Jair Bolsonaro segue sendo o nome mais forte da oposição para enfrentar o atual presidente; porém, ele está inelegível até 2030.
GEOPOLÍTICA DIGITAL
Trump vs. Pix: o que pode estar por trás da implicância dos Estados Unidos com o sistema de pagamentos brasileiro. Citação indireta em documento comercial reacende incômodo antigo com o veto ao WhatsApp Pay e pressões sobre o Banco Central.
A CARTA
Powell errou? Presidente do Fed justifica gasto bilionário após suspeitas da Casa Branca; saiba o que ele disse. A reforma da sede do do BC norte-americano, orçada em US$ 2,5 bilhões, vem sendo criticada em um momento no qual circula a notícia de que Trump pode demitir o chefe da autoridade monetária.
BOLETIM MÉDICO
Saúde em alerta: Trump é diagnosticado com insuficiência venosa crônica, diz Casa Branca. Condição foi detectada após o presidente dos EUA apresentar inchaço nas pernas e hematomas nas mãos.
NÃO TENHA MEDO DE RECORDES
O excepcionalismo americano não morreu e três gestores dão as razões para investir na bolsa dos EUA agora. Nicholas McCarthy, do Itaú; Daniel Haddad, da Avenue; e Meera Pandit, do JP Morgan, indicam os caminhos para uma carteira de investimentos equilibrada em um momento de incertezas provocadas pelas tarifas de Trump, guerras na Europa e o DeepSeek da China.
NOVA REALIDADE
Renda fixa capta bilhões em dólar e em real e consolida ‘novo normal’ no primeiro semestre de 2025, diz Anbima. Debêntures incentivadas ganham cada vez mais destaque, e até mesmo uma “alternativa exótica” cresce como opção.
ESTRATÉGIA DE OURO
China já sabe como se livrar da dependência do dólar e estratégia está em ação há anos, mas se intensificou com a volta do Trump à Casa Branca. O Banco Popular da China acelerou sua compra de ouro no mercado internacional, e a população de investidores chineses resolveu fazer o mesmo.
SUBIU DOIS DEGRAUS
Milei vai sair das sombras em direção à luz? O que significa a melhora da nota de crédito da Argentina pela Moody´s. A agência de classificação de risco elevou o rating do país de Caa3 para Caa1, e alterou a perspectiva de positiva para estável; entenda o que isso quer dizer na prática.
NOITE CRIPTO
Crypto Week volta com tudo nos EUA e XRP atinge novo status; bitcoin (BTC) oscila nos US$ 120 mil. XRP se consolida como terceira maior criptomoeda do mercado no mesmo dia que Genius Act e Clarity Act são aprovados na Câmara norte-americana; confira as principais notícias do mundo cripto desta quinta-feira (17).
BALANÇO
Nem K-Pop, nem Golden: dólar fraco ajuda, Netflix supera previsão de resultado no 2T25 e projeta receita maior para o ano. O crescimento saudável do número de assinantes e das vendas de anúncios também apoiaram o desempenho da gigante do streaming entre abril e junho; confira os números.
OPÇÃO PREMIUM NA B3
Por que o Itaú (ITUB4) continua como top pick do BTG mesmo depois que alguns investidores se desanimaram com a ação. Enquanto o Itaú vivencia uma nova onda de preocupações entre os investidores, o BTG decidiu manter recomendação de compra para ações; entenda.
UM CONTRA TRÊS
Lucro bilionário e liderança isolada: JP Morgan vale mais do que os três maiores concorrentes juntos. O banco norte-americano seguiu em expansão no segundo trimestre e encerrou o período com US$ 1,5 trilhão em ativos — US$ 1 trilhão à frente do segundo colocado.
EXPETATIVAS ALTAS
Weg (WEGE3) avança na bolsa: tarifas não assustam mercado, enquanto analistas enxergam papéis “baratos” antes do 2T25. Com queda acumulada no ano e expectativa de alta na demanda, mercado volta a apostar em recuperação das ações ainda em 2025.
HORA DE COMPRAR
Totvs (TOTS3) já sobe 60% no ano; entenda os motivos por trás da alta e se ainda há espaço para mais, segundo o Itaú BBA. As ações da Totvs são vistas como escolha de qualidade e defensiva para investidores de longo prazo; entenda.
ENGORDANDO O CAIXA
Gafisa (GFSA3) aumenta oferta de follow-on em R$ 27 milhões e amplia “presente” aos acionistas que participarem; entenda. As modificações atingem a “vantagem adicional gratuita”, que é disponibilizada aos investidores que decidirem participar.
CHAPTER 11
Gol (GOLL54) emite mais de 9 trilhões de ações e conclui capitalização bilionária; confira os detalhes da reestruturação. A operação teve como objetivo converter em ações os créditos devidos pela Gol, conforme o plano de recuperação judicial aprovado na Justiça dos EUA.
ENTRE PLANILHAS E PROMPTS
Claude, inteligência artificial da Anthropic, ganha versão para o mercado financeiro. Ferramenta foi criada para aproximar IAs generativas do trabalho de analistas e gestores.
ESG NA PRÁTICA
Engie Brasil Energia (EGIE3) levanta R$ 2,2 bilhões em estreia nas debêntures verdes. Recursos serão destinados a parques renováveis, transmissão e modernização hidrelétrica.
CIDADANIA PORTUGUESA
O que pode mudar com as regras anti-imigratórias aprovadas pelo Parlamento de Portugal? Pacote de medidas aprovado nesta quarta-feira (16) pelo legislativo português mira no endurecimento de regras para obtenção da cidadania do país; brasileiros estão entre os mais afetados.
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Estamos novamente às portas de mais um capítulo imprevisível da diplomacia de Trump, marcada por ameaças de última hora e recuos
Felipe Miranda: Troco um Van Gogh por uma small cap
Seria capaz de apostar que seu assessor de investimentos não ligou para oferecer uma carteira de small caps brasileiras neste momento. Há algo mais fora de moda do que elas agora? Olho para algumas dessas ações e tenho a impressão de estar diante de “Pomar com ciprestes”, em 1888.
Ontem, hoje, amanhã: Tensão com fim da trégua comercial dificulta busca por novos recordes no Ibovespa
Apetite por risco é desafiado pela aproximação do fim da trégua de Donald Trump em sua guerra comercial contra o mundo
Talvez fique repetitivo: Ibovespa mira novos recordes, mas feriado nos EUA drena liquidez dos mercados
O Ibovespa superou ontem, pela primeira vez na história, a marca dos 141 pontos; dólar está no nível mais baixo em pouco mais de um ano
A história não se repete, mas rima: a estratégia que deu certo no passado e tem grandes chances de trazer bons retornos — de novo
Mesmo com um endividamento controlado, a empresa em questão voltou a “passar o chapéu”, o que para nós é um sinal claro de que ela está de olho em novas aquisições. E a julgar pelo seu histórico, podemos dizer que isso tende a ser bastante positivo para os acionistas.
Ditados, superstições e preceitos da Rua
Aqueles que têm um modus operandi e se atêm a ele são vitoriosos. Por sua vez, os indecisos que ora obedecem a um critério, ora a outro, costumam ser alijados do mercado.
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