Investidores na encruzilhada: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil antes de cúpula Trump-Putin
Além da temporada de balanços, o mercado monitora dados de emprego e reunião de diretores do BC com economistas
A vida é feita de escolhas. Dia após dia, tomamos pequenas decisões que, juntas, têm grande potencial de impacto sobre nossos próximos passos. Na maior parte das vezes, seguimos pelos mesmos caminhos que nos levam aos mesmos lugares.
Vez ou outra, porém, surge um cruzamento, um entroncamento, uma encruzilhada que nos força a uma decisão sobre qual caminho seguir. Ficar ali parado não é uma opção — ou é uma alternativa ruim.
Antes que essa construção ganhe ares de autoajuda, é melhor deixar claro: eu, você, o Brasil e o mundo nos encontramos em uma encruzilhada.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tenta redesenhar a ordem global com base em uma visão de mundo claramente anacrônica. Retroceder 200 anos em quatro parece o objetivo.
Hoje, um novo capítulo dessa iniciativa terá como palco o Alasca, onde Trump se reúne com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a partir das 16h30. Em debate, a guerra na Ucrânia, aquela que o presidente dos EUA prometeu encerrar em 24 horas, assim que reassumisse o governo.
No âmbito da guerra comercial, insuflado por opositores do governo Lula, o presidente norte-americano segue subindo o tom contra o Brasil.
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Da encruzilhada à rotatória
Mas antes fosse só isso. As encruzilhadas do momento parecem desembocar em uma rotatória confusa e congestionada para os investidores.
As ações da Petrobras acumulam queda de 20% no que vai do ano. O recuo se acentuou nos últimos dias, não pelo balanço, mas por causa dos planos de investimento da petroleira.
Essa encruzilhada representa uma armadilha ou uma oportunidade? O colunista Ruy Hungria responde.
Como a Empiricus Asset enfrenta o aumento da incerteza
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Em meio às incertezas do mercado, João Piccioni, CIO da Empiricus Asset, compartilhou como a gestora se destacou em suas alocações na última edição do programa Rentabilidade dos Fundos. Mesmo enfrentando o impacto das tarifas e da inflação, boa parte dos portfólios da casa mantiveram boa performance. Veja mais aqui.
Esquenta dos mercados
O Ibovespa fechou em queda de 0,24% ontem. Já o dólar também subiu levemente e retomou a faixa de R$ 5,41.
Os participantes do mercado repercutiram os desdobramentos do tarifaço dos EUA contra o Brasil e o andamento da temporada de balanços.
Hoje, os investidores aguardam os números de emprego da Pnad Contínua, reagem a mais balanços e se preparam para eventuais repercussões da reunião trimestral da cúpula do Banco Central com economistas.
Enquanto esperam pelo resultado da cúpula Trump-Putin, também monitoram dados de vendas no varejo, produção industrial e sentimento do consumidor nos EUA.
Pior do que se esperava
Parece não haver nada tão ruim que não possa piorar para o Banco do Brasil.
Analistas já esperavam uma redução no lucro da instituição. Só não imaginavam que a queda seria de 60% em relação a um ano antes.
Pressionada pela inadimplência e pelas elevadas provisões, a rentabilidade do banco também despencou.
Mas hoje é sexta-feira
Convenhamos que não é justo chegar a uma sexta-feira numa pegada tão pesada.
Encerremos, pois, em tom maior, olhando para o futuro da Embraer. Passado o susto com a ameaça do tarifaço, a ação da fabricante de aeronaves já retomou a trajetória de alta na bolsa.
A partir dos próximos meses, além da empolgação com a carteira crescente de pedidos da companhia, o mercado terá mais um grande ponto para levar em consideração: a Eve Air Mobility.
Listada na Bolsa de Nova York e negociada na B3 via BDRs, a Eve tem valor de mercado de cerca de R$ 11 bilhões (US$ 1,95 bilhão). A Embraer detém 84% da Eve e vale outros R$ 59 bilhões na bolsa.
Em tese, seria possível dizer que 20% do valor atribuído à Embraer viria da Eve. Na prática, porém, a teoria é outra. O valor atribuído pelo mercado à participação da Embraer na Eve é praticamente nulo.
Mas isso está próximo de mudar. Quem nos conta essa história futurista é a repórter Ana Paula Ragazzi.
Outros destaques do Seu Dinheiro:
BALANÇO
Nubank (ROXO34) tem lucro líquido de US$ 637 milhões e rentabilidade supera a do Itaú no 2T25; ações saltam no after market em NY. A primeira reação dos investidores ao balanço do banco digital foi positiva; veja os destaques do resultado.
DUELO DE TITÃS
Itaú (ITUB4) ou Banco do Brasil (BBAS3): qual deles é o dono do recorde de lucros trimestrais entre bancos brasileiros? Levantamento da Elos Ayta mostra que um banco domina o ranking nos últimos anos — e o maior lucro de todos foi recente: no segundo trimestre de 2025.
MEMO DO HOWARD MARKS
‘Guru’ de Warren Buffett vê sinais preocupantes no S&P 500 e volta a questionar: há uma bolha na bolsa americana? Cofundador da Oaktree Capital analisa o otimismo em relação ao mercado de ações dos EUA e destaca porque é preciso ter cautela.
DE CBDC AO CRÉDITO
A visão do BC de Galípolo para piloto do Drex, que será lançado em 2026. O Banco Central confirma a mudança de rumo e abandona o blockchain para lançar, no ano que vem, uma versão focada em destravar garantias em operações de créditos entre instituições financeiras.
TRAMA GOLPISTA
Ponto a ponto: Confira os próximos passos do julgamento de Jair Bolsonaro. Com todas as alegações finais apresentadas, caso contra Bolsonaro e seus aliados deve ser liberado para julgamento na Primeira Turma do STF ainda em setembro.
REVÉS ATRÁS DE REVÉS
Venda do Banco Master ao BRB cada vez mais distante: nova decisão da Justiça do DF proíbe acordo antes do aval da Câmara Legislativa e dos acionistas. Decisão restabelece liminar de maio deste ano, que suspendeu a assinatura do contrato definitivo até as exigências legais serem cumpridas.
ENTREVISTA EXCLUSIVA
CEO da Direcional (DIRR3) comemora “melhor tri da história” e diz que empresa está longe das dores do crescimento, com MCMV bombando. Após o balanço do 2T25, Ricardo Gontijo conta que espera mais resultados fortes daqui para a frente, com foco no maior retorno possível ao acionista.
FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL
Petrobras (PETR4) vai ganhar aval para explorar o “novo pré-sal”? Ibama confirma testes na Margem Equatorial. Segundo o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a operação deve acontecer já no dia 24 de agosto.
TURBULÊNCIA SEM FIM
Braskem (BRKM5) recebe novo rebaixamento e Moody’s avisa: petroquímica pode permanecer no “olho do furacão” por até 18 meses se não tomar atitude. A agência de classificação de risco cortou o rating da Braskem de Ba3 para B2, com a perspectiva agora negativa. Entenda a mudança.
RESULTADO
Azul (AZUL4) sai do vermelho e anuncia lucro bilionário no 2T25, mas perdas ajustadas continuam. Em termos ajustados, no entanto, a companhia aérea ainda marca um prejuízo líquido de R$ 475,8 milhões no período.
REDUÇÃO DE CUSTOS
Azul (AZUL4) ganha aprovação nos EUA para acordo estratégico com AerCap e promete economizar mais de US$ 1 bilhão. Com a aprovação do Tribunal dos Estados Unidos, a aérea deve reduzir custos operacionais e fortalecer os planos de reestruturação financeira.
BALANÇO
Na Casas Bahia (BHIA3), lucro do ano passado virou prejuízo no 2T25, e Mapa Capital quer mudanças no Conselho. A companhia divulgou os resultados referentes ao segundo trimestre de 2025 na noite de ontem (13), com prejuízo de R$ 423 milhões, excluindo os efeitos da conversão de debêntures que deu o controle da empresa para a Mapa Capital.
BALANÇO
Mais pressão para Rubens Ometto: prejuízo da Cosan (CSAN3) dispara mais de 300% no 2T25 e alavancagem sobe. A holding registrou um prejuízo líquido de R$ 946 milhões entre abril e junho. Veja os destaques do resultado.
DEU CHOQUE
Taesa (TAEE11) sobe após resultado acima da expectativa, anuncia dividendos, mas é hora de comprar o papel? Analistas concordam que a energização de ativos da empresa impulsionou a receita da companhia elétrica, mas os custos operacionais preocupam.
COMPRAR OU VENDER
Lucro da Hapvida (HAPV3) cai no 2T25, mas ações da operadora lideram as altas do Ibovespa: o que está por trás do impulso desta quinta-feira (14)? O Santander e o BTG Pactual consideraram os resultados do período como neutros, com indicadores operacionais que sinalizam uma recuperação e geram otimismo.
COPO MEIO VAZIO OU MEIO CHEIO?
Raízen (RAIZ4) divulga prejuízo bilionário e ações tombam na bolsa, mas BTG se mantém otimista; entenda os motivos. Após reportar prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/26, papéis RAIZ4 lideram as perdas do Ibovespa, com tombo de mais de 11%.
MAIS UM CAPÍTULO
Conselho de administração da Zamp (ZAMP3) se posiciona favoravelmente a OPA para deslistagem da B3. O fundo árabe que já controla 71,5% do capital da empresa dona das marcas Burger King, Popeyes e Subway no Brasil, deseja adquirir os papéis restantes.
RECUPERANDO O FÔLEGO
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa. Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos.
ATENÇÃO ACIONISTAS
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3) vai distribuir R$ 250 milhões em proventos; confira os prazos. Telefônica vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado somente para próximo ano.
FÉRIAS OU FÚRIA?
Sol, areia e críticas: ranking aponta as praias com mais reclamações no mundo (e tem Brasil na lista). Medindo filas, sujeira, barulho e lotação, lista elegeu as piores praias do mundo, na avaliação dos turistas pelo TripAdvisor.
CHEGADAS E PARTIDAS
O Brasil não é para amadores: o que explica o sucesso e o fracasso das marcas de carro chinesas. A evolução das montadoras chinesas que agora dominam a eletrificação e redefinem a concorrência no país.
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