🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Felipe Miranda: Erro de diagnóstico

A essência do problema da conjuntura brasileira reside na desobediência às sinalizações do sistema de preços, que é um dos pilares do bom funcionamento do capitalismo

27 de janeiro de 2025
20:00 - atualizado às 18:37
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com montagem de gráficos ao fundo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - Imagem: Montagem Beatriz Azevedo

“Retoque na maquiagem”, estampa a capa da revista semanal. E complementa: “De olho em 2026, Lula investe em mudança radical na comunicação do governo”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um grande jornalista já enunciou: toda vez em que um governo identificar um problema grave de comunicação, ele, de fato, tem um problema grave, que não é de comunicação. 

Quando você tem o diagnóstico errado, é difícil encontrar a cura. Talvez até seja pior. O apontamento de um problema falso é um mapa errado, que, como sabemos, deve ser preterido a não ter mapa algum. Se você tem dengue, tomar aspirina vai diminuir suas plaquetas e dificultar a coagulação.

Contra a alta dos alimentos, gravamos vídeos na horta prometendo medidas para contenção dos preços. Contra a insatisfação do monitoramento do PIX, criminalizamos o mensageiro.

Se parece um pato, nada como um pato e grasna como um pato, há boas chances de ser mesmo um pato. O erro é simplesmente de diagnóstico, de uma visão de mundo equivocada e arraigada, que, aliás, é um museu de grandes novidades. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Rui Costa acaba de sugerir trocar a cara laranja por alguma outra fruta, para evitar a carestia. Há 11 anos, Márcio Holland, carinhosamente apelidado de Márcio Ovolland, recomendou a substituição da valorizada carne pelo ovo, mais barato. Até a presidente Dilma, que deve adorar um churrasco, considerou a declaração extremamente infeliz.

Leia Também

A essência do problema da conjuntura brasileira reside na desobediência às sinalizações do sistema de preços, que é um dos pilares do bom funcionamento do capitalismo. Na prática, o governo não valoriza nem gosta dos mecanismos de mercado e tenta combatê-los com mais Estado. 

Se o dólar sobe, a culpa é dos especuladores do mercado. Se os alimentos ficam mais caros, falamos em intervenção, para depois desmentir, mas deixar no ar ideias de alimentação popular (o que requereria mais subsídios, mais Estado) ou menor alíquota de importação. 

Claro que você pode adotar medidas cosméticas para, na margem, ajudar a conter o preço dos alimentos. O Brasil é muito rigoroso em seus critérios de validade, quando boa parte do mundo adota o conceito de “best before”, e também na rigidez de venda de remédios OTC, que poderiam ser disponibilizados em supermercados e lojas de conveniência, dando escala e ajudando a baratear custos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na essência, porém, o alimento está caro por conta da alta do preço internacional das commodities (restrições de oferta por problemas climáticos), pela demanda aquecida internamente (fruto de uma economia crescendo acima do potencial) e da desvalorização da taxa de câmbio (resultado, sobretudo, de uma desconfiança com a política econômica brasileira, além de um fortalecimento do dólar no exterior).

O governo e os sintomas do colapso

Há duas grandes ideias erradas em curso. A primeira é de que o mercado normalmente está errado e precisa de ajuste, enquanto o Estado deve ser o grande indutor do crescimento, guiar a economia e selecionar os campeões nacionais. A segunda é a insistência em estímulos de demanda no momento em que a economia cresce muito acima de seu potencial, cujas consequências são mais inflação e deterioração da conta corrente.

Já temos sinais de que o modelo do governo começa a colapsar a partir de uma série de indicadores antecedentes.

Os embarques de embalagens de papelão ondulado caíram 1,1% em dezembro; a produção de veículos em desaceleração, de um crescimento de 24,7% em outubro, para 16,5% em novembro e 10,8% em dezembro; a produção de motocicletas, que cresceu 18,0% em outubro e 10,7% em novembro, se expandiu 5,1% no último mês de 2024; o tráfico de veículos pesados roubou 0,7% em dezembro, a produção industrial recuou 0,2%. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A economia já passa por um freio de arrumação. Cresce a probabilidade de uma recessão técnica, talvez antes do contemplado mesmo pelas estimativas mais pessimistas. Precisamos manter a guarda alta contra a tendência humana a sempre acreditar em trajetórias lineares e graduais. Os movimentos que realmente importam acontecem em saltos e de maneira súbita, não linear e com complexidade e reações em cadeia.

Ao mesmo tempo em que a atividade desacelera de maneira intensa, a inflação e suas expectativas continuam se deteriorando. O IPCA da sexta-feira veio bem pior do que o esperado, tanto no nível quanto em sua composição. Por sua vez, a mediana das projeções para inflação oficial de 2025 saltou de 5,08% para 5,50%.

Com atividade caindo e inflação subindo, temos, por definição, a contratação de uma piora do índice de miséria (soma da inflação com o desemprego; quanto menor, melhor). Conforme escrito nesta newsletter ao final do ano passado, o ano de 2025 indicava um encontro marcado entre Wall Street e Main Street, a Faria Lima e a 25 de março, o mercado malvadão e o mal estar geral da sociedade.

O índice de miséria carrega alta correlação com a confiança do consumidor, que, por sua vez, anda de mãos dadas com a popularidade do presidente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Eis que, para a surpresa de um total de zero pessoas, a FGV acaba de anunciar um recuo de 5,1 pontos percentuais na confiança do consumidor em janeiro, para 86,2 pontos, seu menor nível desde fevereiro de 2023. Em paralelo, pesquisa da Genial/Quaest apontou uma redução de 5 pontos na aprovação do governo Lula  no último mês (a desaprovação supera a aprovação).

A avaliação negativa subiu 6 pontos, com 50% dos entrevistados acreditando que o país está indo na direção errada, contra 39% identificando uma direção correta.

A notícia mais negativa, segundo o levantamento, é a tentativa de regulamentação do PIX. A sociedade emite um recado claro: não compactua com a agenda de aumento de impostos. Enquanto a sociedade pede menos impostos e mais liberdade econômica, o governo insiste numa agenda de mais Estado. Não há convergência e, assim, ambos vão se afastando cada vez mais.

2025: um ano de transição

Aqui talvez entre uma das grandes e relevantes particularidades do ano de 2025. Como tenho insistido, ele representa a antessala de 2026. Não é apenas uma obviedade aritmética. Isso significa uma característica que tradicionalmente não encontramos nos investimentos: teta positivo

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Aos pouco familiarizados, esclareço: o teta representa uma das chamadas “gregas”, no apreçamento das opções, a sensibilidade daquele derivativo à passagem do tempo, a derivada parcial do preço da opção em relação ao tempo.

Tradicionalmente, uma opção vai perdendo valor conforme o tempo passa. Aqui, é exatamente o contrário: conforme tempo passa, o apreçamento dos ativos brasileiros deveria ganhar valor, porque começa a entrar na conta com maior peso o evento das eleições de 2026.

Minha defesa é de que, em algum momento ainda deste ano, o apreçamento dos ativos de risco no Brasil vai começar a ser feito conforme um modelo binomial de opções reais, sendo a bifurcação dada pelo evento eleitoral de 2026.

O preço do kit Brasil, no caso da eleição de um governo pró-mercado, vezes a probabilidade de ocorrência deste evento mais o preço do kit Brasil, no caso da reeleição da atual administração (ou de um nome por ela apontada), multiplicado pela sua probabilidade de ocorrência, trazido a valor presente. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como isso é trazido a valor presente, conforme nos aproximamos do evento, ele vai “engordando”, vai ganhando preço. Por isso, o tal "teta positivo”. Isso é bastante relevante para determinarmos alocação de recursos.

E o segundo ponto importante, claro, é que a perda de popularidade do presidente aumenta as chances de vitória de uma administração mais pró-mercado.

Embora ainda estejamos longe, o evento eleições é um cataclisma, muito mais importante do que se o déficit primário deste ano vai ser zero ou negativo em meio ponto percentual.  

Esclarecimento rápido: não acho que o investidor representativo vai, de fato, realizar um apreçamento de acordo com um modelo binomial. Poucos são treinados em opções reais. Mas, intuitivamente, mesmo sem saber, é isso que ele vai fazer, no que poderia ser sintetizado em algo como: “eu não sei quem vai ganhar a eleição, mas, na dúvida, compra aí um pouco de Banco do Brasil e um bocado de SMAL11…. Vai que….” 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um monte de gente comprando um pouco vira um monte, principalmente num momento em que a posição técnica é muito favorável e os valuations são convidativos. Se as alocações em renda variável já tangenciavam as mínimas, pioraram em dezembro.

Aqui, no entanto, há que se ter o devido cuidado: boa parte do enorme barro do final do ano veio de dois grandes resgates, de um grande FoF local e de um grande fundo soberano internacional. Tempestade perfeita, ao que se costuma seguir-se um período melhor, com correção de certos exageros.

“Ah, mas não temos catalisadores relevantes neste primeiro semestre.” Normalmente, períodos de extrema depressão e valuations muito baratos, não contam mesmo com triggers identificáveis a priori.

Afinal, se contassem, voltaríamos a um apreçamento de acordo com um modelo binomial, em que a mera probabilidade de ocorrência do tal catalisador já faria preço ex-ante. A falta de visibilidade da melhora é que torna as coisas tão baratas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

As grandes inflexões costumam vir mesmo de eventos não-mapeados. Pode ser, sei lá, um tuíte do Bill Ackman, uma queda no banheiro, um Trump mais brando capaz de desenhar um abrangente acordo com a China, o final do aspirador de pó do fluxo de recursos anteriormente destinado apenas para as Big Techs norte-americanas.

Seja qual for, em tempos de DeepSeek, as cotações de bons ativos brasileiros seguem extremamente doentes. E estamos contratando o devido tratamento de choque, dia após dia, ajudados pela mera passagem do tempo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MERCADOS HOJE

A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje

21 de novembro de 2025 - 9:27

Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa

20 de novembro de 2025 - 8:36

Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?

19 de novembro de 2025 - 20:00

Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje

19 de novembro de 2025 - 8:01

Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje

18 de novembro de 2025 - 8:29

Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?

18 de novembro de 2025 - 6:03

Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje

17 de novembro de 2025 - 7:53

Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos

VISÃO 360

Direita ou esquerda? No mundo dos negócios, escolha quem faz ‘jogo duplo’

16 de novembro de 2025 - 8:00

Apostar no negócio maduro ou investir em inovação? Entenda como resolver esse dilema dos negócios

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Esse número pode indicar se é hora de investir na bolsa; Log corta dividendos e o que mais afeta seu bolso hoje

14 de novembro de 2025 - 8:24

Relação entre preço das ações e lucro está longe do histórico e indica que ainda há espaço para subir mais; veja o que analistas dizem sobre o momento atual da bolsa de valores brasileira

SEXTOU COM O RUY

Investir com emoção pode custar caro: o que os recordes do Ibovespa ensinam

14 de novembro de 2025 - 6:55

Se você quer saber se o Ibovespa tem espaço para continuar subindo mesmo perto das máximas, eu não apenas acredito nisso como entendo que podemos estar diante de uma grande janela de valorização da bolsa brasileira — mas isso não livra o investidor de armadilhas

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seca dos IPOs ainda vai continuar, fim do shutdown e o que mais movimenta a bolsa hoje

13 de novembro de 2025 - 7:57

Mesmo com Regime Fácil, empresas ainda podem demorar a listar ações na bolsa e devem optar por lançar dívidas corporativas; mercado deve reagir ao fim do maior shutdown da história dos EUA, à espera da divulgação de novos dados

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Podemos resumir uma vida em uma imagem?

12 de novembro de 2025 - 19:54

Poucos dias atrás me deparei com um gráfico absolutamente pavoroso, e quase imediatamente meu cérebro fez a estranha conexão: “ora, mas essa imagem que você julga horripilante à primeira vista nada mais é do que a história da vida da Empiricus”

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Shutdown nos EUA e bolsa brasileira estão quebrando recordes diariamente, mas só um pode estar prestes a acabar; veja o que mais mexe com o seu bolso hoje

11 de novembro de 2025 - 8:28

Temporada de balanços, movimentos internacionais e eleições do ano que vem podem impulsionar ainda mais a bolsa brasileira, que está em rali histórico de valorizações; Isa Energia (ISAE4) quer melhorar eficiência antes de aumentar dividendos

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Ibovespa imparável: até onde vai o rali da bolsa brasileira?

11 de novembro de 2025 - 7:28

No acumulado de 2025, o índice avança quase 30% em moeda local — e cerca de 50% em dólar. Esse desempenho é sustentado por três pilares centrais

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: Como era verde meu vale do silício

10 de novembro de 2025 - 19:57

Na semana passada, o mitológico investidor Howard Marks escreveu um de seus icônicos memorandos com o título “Baratas na mina de carvão” — uma referência ao alerta recente de Jamie Dimon, CEO do JP Morgan, sobre o mercado de crédito

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Banco do Brasil (BBAS3) precisará provar que superou crise do agro, mercado está otimista com fim do shutdown nos EUA no horizonte, e o que mais você precisa saber sobre a bolsa hoje

10 de novembro de 2025 - 7:55

Analistas acreditam que o BB não conseguirá retomar a rentabilidade do passado, e que ROE de 20% ficou para trás; ata do Copom e dados de inflação também mexem com os mercados

TRILHAS DE CARREIRA

Promovido, e agora? Por que ser bom no que faz não te prepara para liderar pessoas

9 de novembro de 2025 - 8:00

Por que seguimos promovendo técnicos brilhantes e esperando que, por mágica, eles virem líderes preparados? Liderar é um ofício — e como todo ofício, exige aprendizado, preparo e prática

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Novo nome da Eletrobras em nada lembra mercado de energia; shutdown nos EUA e balanço da Petrobras também movem os mercados hoje

7 de novembro de 2025 - 8:14

Depois de rebranding, Axia Energia anuncia R$ 4 bilhões em dividendos; veja o que mais mexe com a bolsa, que bate recorde depois de recorde

SEXTOU COM O RUY

Eletrobras agora é Axia: nome questionável, dividendos indiscutíveis

7 de novembro de 2025 - 7:03

Mesmo com os gastos de rebranding, a empresa entregou bons resultados no 3T25 — e há espaço tanto para valorização das ações como para mais uma bolada em proventos até o fim do ano

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

FII escondido no seu dia a dia é campeão entre os mais recomendados e pode pagar dividendos; mercado também reflete decisão do Copom e aprovação da isenção de IR

6 de novembro de 2025 - 8:03

BTGLG11 é campeão no ranking de fundos imobiliários mais recomendados, Copom manteve Selic em 15% ao ano, e Senado aprovou isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar