Lula vai além da Petrobras (PETR4) e volta a alfinetar Campos Neto a uma semana do próximo Copom — veja o que mais ele disse em entrevista ao SBT
Entre muitas outras declarações, Lula afirmou que é muito cedo para falar sobre uma eventual reeleição, tendo em vista que seu mandato atual vai até o fim de 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por causa da taxa de juros. A Selic atualmente está em 11,25% ao ano e, para Lula, não há nada além da "teimosia" do chefe da autarquia para manter os juros nesse patamar.
A declaração de Lula foi dada em entrevista ao SBT, onde o presidente voltou a chamar Campos Neto de "esse cidadão". Além disso, ele disse que a instituição está contribuindo para o atraso do crescimento econômico do país.
As falas do presidente acontecem no mesmo dia da divulgação do IPCA de fevereiro e uma semana antes da reunião de política monetária do Banco Central brasileiro.
O presidente da República também disse que é possível que bancos públicos, como a Caixa e o Banco do Brasil, baixem as taxas de juros de seus financiamentos para forçar os demais atores do mercado a reduzir também.
Entre muitas outras declarações, que incluíram a Petrobras (PETR4), Lula afirmou que é muito cedo para falar sobre uma eventual reeleição, tendo em vista que seu mandato atual vai até o fim de 2026, ano da próxima eleição presidencial.
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Lula e Petrobras
Em seu perfil no X, antigo Twitter, Lula afirmou que a reunião com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, foi boa. Ele afirmou que a conversa foi sobre investimentos em fertilizantes e transição energética.
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Também estavam presentes na reunião os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Fernando Haddad (Fazenda), além de diretores da Petrobras. Lula publicou uma foto dos presentes.
A reunião desta segunda-feira, 11, deixou o mercado apreensivo porque, na semana passada, a Petrobras perdeu R$ 56 bilhões em valor de mercado depois de não pagar os dividendos extraordinários que eram aguardados.
Relembre o caso
As ações da Petrobras até ensaiaram uma recuperação ao longo do dia, depois do tombo de mais de 10% na última sexta-feira (8). Porém, novas declarações do presidente Lula voltaram a derrubar os papéis da estatal na última segunda-feira (11).
Isso porque o presidente criticou a distribuição extraordinária de dividendos da Petrobras, disse que não é possível atender "apenas à choradeira do mercado" — que é um "dinossauro voraz" — e completou que a estatal deve "pensar no povo". As falas aumentaram o temor de ingerência política na Petrobras.
As declarações aconteceram pouco depois das 16h, quando as ações da Petrobras subiam entre 1% (ordinárias, ou ON) e 2,3% (preferenciais, ou PN).
No fim do dia, fecharam em queda de 1,92% (ON) e 1,30% (PN), puxando para baixo o Ibovespa, que registrou queda de 0,75%, aos 126,1 mil pontos, o menor patamar desde 7 de dezembro. A queda dos papéis da Vale também influenciou o índice.
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O impacto de Lula nos negócios
"Você vê nitidamente que existe uma certa disputa política que é ruim para a empresa, é ruim para o mercado e acaba afastando os investidores", afirma o sócio-fundador da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno. "Essa cautela (do mercado) acaba transbordando para todas as empresas que têm exposição ao governo."
A entrevista ao SBT foi gravada ontem cedo, antes de reunião que Lula manteve, à tarde, com o presidente da Petrobras e ministros.
A notícia chegou a animar o mercado, que viu a possibilidade de a estatal voltar atrás na decisão de não fazer a distribuição extraordinária de dividendos.
Em números
"O que não é correto é a Petrobras, que tinha de distribuir R$ 45 bilhões de dividendos, querer distribuir R$ 80 bilhões. É R$ 40 bilhões a mais que poderiam ter sido colocados para investimento, fazer mais pesquisa, mais navio, mais sonda. Não foi feito", disse Lula.
"Tivemos uma conversa séria com a direção da Petrobras", afirmou o presidente
Ele afirmou que é preciso a empresa "pensar no povo" e que tem compromisso com a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha.
"Será que o mercado não tem pena das pessoas que passam fome? Será que as pessoas não têm pena de 735 milhões de pessoas que não têm o que comer? Será que o mercado não tem pena das pessoas que dormem na sarjeta no centro de São Paulo, no Rio de Janeiro? Será que o mercado não tem pena das meninas com 12 ou 13 anos que às vezes vendem o corpo por causa de comida?", questionou.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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