Warren Buffett continua a despejar ações em Wall Street e agora corta aposta na Apple pela metade
Apesar de ser conhecido por seus investimentos de longo prazo, o Oráculo de Omaha vendeu mais de 49% da participação da Berkshire Hathaway na Apple (AAPL34)
Um dos balanços mais esperados de Wall Street foi publicado na manhã deste sábado (3) e sinalizou mais uma nuvem tempestuosa no futuro das big techs. Em meio a uma verdadeira liquidação no segundo trimestre de 2024, Warren Buffett continuou a despejar ações no mercado norte-americano — e acabou de cortar sua principal aposta pela metade.
Apesar de ser conhecido por seus investimentos focados no longo prazo, o Oráculo de Omaha vendeu mais de 49% da participação de sua holding Berkshire Hathaway na Apple (AAPL34) ao longo do último trimestre.
De acordo com o resultado financeiro, a fatia do conglomerado de Buffett na dona do iPhone foi avaliada em US$ 84,2 bilhões, equivalente a R$ 482,31 bilhões no câmbio atual, no final do segundo trimestre.
Mas mesmo após a venda robusta de papéis, a Apple continuou como a maior participação acionária no portfólio da Berkshire.
- LEIA MAIS: Investimento em BDRs permite buscar lucros dolarizados com ações gringas, sem sair da bolsa brasileira – veja os 10 melhores papéis para comprar agora
Buffett desistiu da Apple?
Apesar de a decisão ter pego o mercado de surpresa, Warren Buffett já havia sinalizado na carta anual da Berkshire com acionistas que a venda de “um pouco da Apple” neste ano beneficiaria os investidores da holding a longo prazo.
Segundo o bilionário, a decisão ajudaria os acionistas caso os impostos sobre ganhos de capital fossem aumentados no futuro, em meio à busca do governo dos EUA por soluções para o déficit fiscal crescente.
Leia Também
Entretanto, a proporção das vendas das ações da Apple levantou temores entre os investidores de que a redução da posição da Berkshire possa sinalizar algo mais do que apenas uma prevenção para a possibilidade de impostos mais elevados.
Até agora, não está claro o que está por trás da liquidação da fatia na fabricante de iPhones.
Há a possibilidade de que o investidor esteja apenas realizando uma tradicional revisão de portfólio para garantir a eficiência da gestão da carteira e uma postura mais defensiva em meio às incertezas do cenário econômico para ativos de risco.
Afinal, Buffett já deixou claro que não gosta que o desempenho de sua holding seja dependente apenas de uma única ação — e a aposta na Apple já foi tamanha que a participação na big tech chegou a ocupar metade do portfólio de ações do conglomerado.
Hoje, o balanço mostrou que aproximadamente 72% do valor justo agregado da Berkshire está concentrado em cinco empresas: American Express (US$ 35,1 bilhões), Apple (US$ 84,2 bilhões), Bank of America (US$ 41,1 bilhões), Coca-Cola (US$ 25,5 bilhões) e Chevron (US$ 18,6 bilhões).
Entretanto, há especulações de que a decisão do Oráculo de Omaha possa estar ligada a suas visões sobre valuation ou desempenho operacional da Apple.
Depois de ser penalizada no primeiro trimestre por preocupações sobre o avanço da concorrência em inovações em inteligência artificial, as ações da Apple dispararam no segundo trimestre acumularam alta de 17% em 2024 em meio a novos detalhes sobre iniciativas em IA.
- “Esta é a Big Tech com o valuation mais atrativo entre seus pares”, diz analista; clique aqui e descubra qual
As vendas da Berkshire
É importante destacar que as ações da Apple não foram as únicas liquidadas pela Berkshire Hathaway no trimestre passado.
Na realidade, a holding de Warren Buffett embolsou mais de US$ 75 bilhões (R$ 429,62 bilhões, no câmbio atual) em vendas no período. A cifra considera despejos bilionários de papéis do Bank of America e da BYD, entre outras participações.
Com a desova, o caixa do conglomerado subiu para o recorde de US$ 277 bilhões (R$ 1,58 trilhão).
Já os lucros operacionais subiram para US$ 11,6 bilhões no segundo trimestre, cerca de 16% acima dos US$ 10 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
O lucro operacional refere-se ao lucro total dos negócios do conglomerado. Buffett há muito sustenta que o lucro operacional é um reflexo melhor de como a Berkshire está se saindo, uma vez que as regras contábeis exigem que a empresa inclua ganhos e perdas não realizados de sua enorme carteira de investimentos em seu lucro líquido.
Os mercados voláteis podem fazer com que o lucro líquido do conglomerado mude substancialmente de trimestre para trimestre, independentemente de como estão seus negócios.
Nesse sentido, o lucro líquido da Berkshire caiu 15% no período, para US$ 30,34 bilhões, ante US$ 35,91 bilhões no ano anterior.
*Com informações da Reuters, CNN, CNBC e Bloomberg.
Como é o charmoso vilarejo italiano que fica perto de Florença e promete pagar metade do aluguel para você morar lá
Com pouco menos de mil habitantes, Radicondoli, na Toscana, oferece subsídios para compra de imóveis, aluguel e até abertura de negócios
Além do fundador da Binance, confira outros 3 perdões de Donald Trump
Mais de 1500 pessoas já foram perdoadas por Donald Trump, apenas em 2025. Relembre alguns dos casos mais icônicos
O crime perfeito que não aconteceu: pintura de Picasso é encontrada e polícia revela o motivo do misterioso desaparecimento
A pintura de Picasso deveria estar em exibição desde 9 de outubro, mas, dez dias depois, foi oficialmente dada como desaparecida. Mas o que aconteceu, na realidade?
É por causa de 30 centavos? O plano da Amazon para substituir 600 mil funcionários por robôs
A gigante fundada por Jeff Bezos tem planos ambiciosos para o futuro do trabalho, automatizando as operações e reduzindo custos
China vs. Estados Unidos: começou uma nova guerra fria? O que está em jogo na disputa entre Trump e Xi
Convidado desta edição do podcast Touros e Ursos, Hsia Hua Sheng, vice-presidente do Bank of China (Brasil) S.A. e professor da FGV, comenta os impactos da disputa e se ela pode afetar a reaproximação entre Brasil e EUA
Trump quer Coca-Cola com açúcar “de verdade” — e o Brasil pode acabar ajudando a adoçar o ícone americano
O refrigerante 100% americano pode acabar com um ingrediente made in Brazil
As medidas adotadas pelo Museu do Louvre para reabrir as portas 3 dias após roubo de meio bilhão de reais
Embora as principais atrações do Louvre tenham sido reabertas, a Galeria de Apolo, lar dos Diamantes da Coroa Francesa, continua interditada
A Nasa não espera por ninguém, nem por Elon Musk. Na corrida contra a China, um comportamento da SpaceX coloca em risco contrato bilionário
O chefe interino da Nasa já deu o alerta: se a empresa de Elon Musk não for capaz de cumprir com os planos, ela será deixada para trás
Roubo no Louvre: veja séries e filmes sobre crimes em museus — todos disponíveis no streaming
De ‘Lupin’ a ‘O Código Da Vinci’, confira produções que unem arte, crime e suspense em grandes museus
O sumiço que antecedeu o roubo: pintura de Picasso desaparece na Espanha dias antes de assalto ao Louvre
A peça desaparecida é “Naturaleza muerta con guitarra”, uma pequena pintura em guache que deveria ser exibida ao público em Granada em 9 de outubro
De redes sociais a companhia aéreas: o que a falha da AWS revela sobre a dependência mundial da nuvem
A falha global da Amazon Web Services (AWS) nesta segunda-feira (20) deixou milhões de pessoas sem acesso a sites, aplicativos e serviços que sustentam a vida digital
Roubo no Louvre, Mona Lisa desaparecida, pé-de-cabra no MASP: os grandes assaltos a museus de arte da história
De privadas de ouro até “quadros para viagem”, a história da arte foi entalhada por roubos dignos de um bom roteiro policial. Confira aqui alguns dos assaltos mais emblemáticos
Falha global da AWS derruba plataformas e atrapalha até companhias aéreas; Amazon diz que serviço em nuvem está voltando ao normal
A Amazon Web Services (AWS) confirmou sinais de recuperação após a falha global que afetou grandes plataformas digitais nesta segunda-feira (20)
O dólar vai cair mais? Confiança na moeda como reserva de valor ‘erodiu um pouco’, e alta do ouro é sinal disso, diz presidente do BCE
Enquanto o metal precioso dispara, o dólar perde valor no mercado internacional. E Christine Lagarde acredita que incertezas trazidas por Trump não são benéficas para a moeda
Roubo no Louvre: bandidos levam joias em plena luz do dia, em assalto digno das aventuras de Arsène Lupin; veja o que foi levado
Ladrões invadiram a Galeria de Apolo, no primeiro andar, e levaram nove peças; uma delas, a coroa da imperatriz Eugénie, foi encontrada danificada do lado de fora do museu
Israel acusa Hamas de violar cessar-fogo e volta a bombardear Gaza
Forças israelenses alegam que grupo terrorista atacou seus militares na área de Rafah, o que os militantes negam
Variante da gripe detectada na China preocupa cientistas; conheça o vírus influenza D (IDV)
Pesquisadores identificam “taxas alarmantes” de exposição ao vírus em humanos; origem é animal, mas estudo indica possível transmissão aérea entre pessoas
O sertão vai virar mar: como é a vida no país que vai ser cortado por um novo oceano em formação
Um novo oceano pode surgir na África, começando na Etiópia e avançando por países como Quênia, Tanzânia, Moçambique e África do Sul até transformar parte do continente em uma imensa ilha
Ritmo chinês: conheça o país da América do Sul que vai crescer 4 vezes mais que o Brasil em 2025
Enquanto o Brasil tenta acelerar o PIB, um vizinho do continente deve registrar expansão digna da China — quatro vezes maior que a economia brasileira
Polêmica até no ‘cara ou coroa’: Como é a moeda de 1 dólar com a qual o Tesouro dos EUA quer homenagear Donald Trump
Uma moeda, dois lados: de um, a independência americana; do outro, o rosto de Donald Trump.
