China vai investigar se a União Europeia está impondo barreiras comerciais contra produtos chineses; entenda a disputa entre o bloco e o gigante asiático
A investigação da China é uma resposta a uma série de apurações da União Europeia sobre os subsídios estatais do gigante asiático
A China resolveu entrar para o contra-ataque na guerra comercial com a União Europeia (UE). O gigante asiático iniciou nesta quarta-feira (10) uma investigação sobre as apurações comerciais da UE contra uma série de produtos chineses.
O anúncio da investigação ocorre dias após as tarifas provisórias adicionais da Comissão Europeia entrarem em vigor. As taxas incidem sobre importações de veículos elétricos fabricados na China.
O governo afirmou ainda que vai averiguar se as tarifas impostas pela UE sobre as empresas chinesas constituem “barreiras comerciais”.
Além disso, vai apurar se as investigações do bloco violam o tratado econômico entre os dois lados e se prejudicaram o comércio do país com os 27 estados-membros da UE.
Segundo o Ministério de Comércio da China (MOFCOM), o órgão irá investigar iniciativas anti-subsídio da União Europeia que tenham como alvo trens, painéis solares, turbinas eólicas e equipamentos de segurança de origem chinesa.
- Onde investir neste mês? Veja GRATUITAMENTE as recomendações em ações, dividendos, fundos imobiliários, BDRs e criptomoedas
De acordo com o comunicado, a apuração é uma resposta a um pedido de um grupo industrial com apoio estatal que representa exportadores de máquinas e eletrônicos.
Leia Também
A investigação deverá ser concluída antes de 10 de janeiro, mas poderá ser estendida por três meses, informou o ministério.
Caso a China considere que houve, sim, imposição de barreiras comerciais, o gigante asiático poderá iniciar negociações com o bloco, um processo multilateral de resolução de conflitos ou tomar “medidas apropriadas” para a solução.
Contudo, se nenhum acordo for definido, as tarifas da UE sobre importações de veículos elétricos chineses passam a ser definitivas a partir de novembro.
Quem tem medo da China?
A China está no radar da União Europeia. E o motivo é o temor de que empregos e indústrias importantes possam ser eliminados devido às importações chinesas baratas.
O bloco vem investigando o mercado chinês desde outubro de 2023. A apuração chegou ao fim em junho deste ano e definiu aumento provisório de até 38% nas tarifas contra o gigante asiático.
A Comissão Europeia, braço executivo da UE, alegou que os carros chineses vêm sendo beneficiados por "subsídios injustos", representando uma ameaça e prejudicando as montadoras europeias.
O bloco avalia a medida como necessária e que tem por objetivo deter a enxurrada de carros chineses baratos na União Europeia.
- Ainda vale a pena investir no Ibovespa? O dólar vai chegar a R$ 6? Bitcoin vai superar os 100 mil dólares nesse ciclo? Baixe nosso guia GRATUITO para saber como montar a carteira mais estratégica e potencialmente lucrativo para os próximos seis meses
Já no início de 2024, a Comissão entrou com novas investigações sobre os subsídios da China.
O bloco passou a apurar se o apoio estatal em favor de fabricantes de painéis solares e das empresas de turbinas eólicas chinesas estariam permitindo uma vantagem injusta aos produtos produzidos na China.
As investigações ocorrem em meio a um excesso de oferta de produtos chineses em indústrias-chaves ao redor do mundo, que vem intensificando as tensões entre o país e seus parceiros comerciais.
Em março deste ano, o presidente da Câmara de Comércio da União Europeia na China, Jens Eskelund, chegou a expressar preocupação sobre a situação comercial.
“A Europa não pode simplesmente aceitar que indústrias estrategicamente viáveis, que constituem a base industrial europeia, estejam sendo excluídas do mercado por causa dos preços”, afirmou Eskelund à jornalistas na época.
- Não sabe onde investir neste momento? Veja +100 relatórios gratuitos da Empiricus Research e descubra as melhores recomendações em ações, fundos imobiliários, BDRs e renda fixa
Sem recuos: o posicionamento chinês
A China não está de braços cruzados. O gigante asiático vem impondo as próprias investigações em resposta às investidas da União Europeia.
Em janeiro deste ano, o governo chinês abriu uma apuração antidumping sobre importações do conhaque europeu.
De acordo com um comunicado, o Ministério do Comércio chinês enxerga que os produtores europeus estão vendendo conhaque a preços artificialmente baixos na China.
Após as tarifas da UE contra veículos elétricos chineses entrarem em vigor, Pequim afirmou que intensificou a verificação.
Agora, no dia 18 deste mês, o Ministério do Comércio vai realizar uma audiência para discutir a investigação.
O encontro deve se concentrar nos motivos da queda dos preços das bebidas alcóolicas europeias e nos possíveis danos que tenham causado à indústria chinesa.
*Com informações de Estadão Conteúdo e CNN
Não uma, mas várias bolhas da IA: Deutsche Bank aponta os exageros e o que realmente pode dar errado a partir de agora
Além das bandeiras vermelhas e verdes ligadas às ações de empresas de inteligência artificial, o banco alemão também acende o sinal amarelo sobre o setor
O dólar vai subir na Argentina? Banco Central anuncia mudança de regime cambial e programa de compra de reservas
A escassez contribuiu para uma corrida contra o peso em outubro, com investidores temendo que a Argentina ficasse sem dólares para sustentar as bandas cambiais
Saída de Warren Buffett e dança das cadeiras representam o fim da Berkshire Hathaway como a conhecemos?
Movimentações no alto escalão da empresa de investimentos do Oráculo de Omaha indicam que a companhia está deixando para trás sua cultura descentralizada e migrando para uma estrutura mais tradicional
Vem aí acordo de paz entre Rússia e Ucrânia? Zelensky abre mão de ingressar na Otan com início das negociações em Berlim
O presidente ucraniano disse que, em conjunto com os europeus e os EUA, está analisando um plano de 20 pontos e que, ao final disso, há um cessar-fogo
Na corrida da IA, Kinea diz que só uma big tech é realmente magnífica e não é a Nvidia — ganho no ano beira 50%
Se a big tech que mais brilhou em 2025 até aqui teve um ganho acumulado de quase 50%, na contramão, a que foi ofuscada perdeu quase 7%
CEO da Nvidia é eleito ‘Pessoa do Ano’ pelo Financial Times e diz se vai ter bolha da IA
A fabricante de chips se tornou a primeira empresa pública do mundo a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado; seus papéis acumulam valorização de 36% no ano em Nova York
EUA tomam petroleiro na costa da Venezuela — o que pode acontecer com os preços de petróleo?
As cotações operam em queda nesta quinta-feira (11), com os investidores concentrados nas negociações de paz entre Ucrânia e Rússia; entenda o que mexe com o mercado agora
Os juros caíram nos EUA: as janelas de oportunidade que se abrem para o investidor brasileiro
Entenda por que a decisão do Fed desta quarta-feira (10) — que colocou a taxa na faixa entre 3,50% e 3,75% ao ano — importa, e como montar uma carteira de olho nos juros norte-americanos
A última do ano: Fed atende chamado do mercado e corta juros em 0,25 pp; a projeção para 2026 é de uma redução
No comunicado, o BC norte-americano indica que a incerteza sobre as perspectivas econômicas permanece elevada nos EUA e que os riscos negativos para o emprego aumentaram nos últimos meses
Copa do Mundo 2026: passagens para as cidades onde o Brasil joga já estão mais caras; confira os preços
Simulações do Google Flights mostram que as viagens para Nova York, Filadélfia e Miami ficaram mais caras após o sorteio da Copa do Mundo 2026
Criptomoedas como o bitcoin (BTC) podem ser um risco para os bancos dos EUA, segundo a Fitch — mas há janelas de oportunidade
A agência de classificação de risco aponta benefícios na emissão de stablecoins, na tokenização de depósitos e no uso de tecnologia blockchain
Cartão de débito internacional em dólar e euro: confira os detalhes da Conta Global integrada ao Superapp do Itaú Personnalité
A ideia é que o cliente tenha a opção disponível em 180 países, 24 horas por dia, sete dias por semana, no mesmo aplicativo em que já concentra sua vida financeira
João Fonseca x Carlos Alcaraz: veja onde assistir à partida de tênis e horário
João Fonseca x Carlos Alcaraz agita o Miami Invitational em duelo que marca a pré-temporada do brasileiro, após um ano de ascensão no circuito
Nvidia, Trump e China: o “sim” que fez a ação da gigante de chips de IA subir forte em Nova York
Os semicondutores, que são componentes essenciais em quase todas as categorias de eletrônicos, estão no centro da corrida de IA entre os Estados Unidos e a China
O polo de IA mais poderoso do mundo: por que Ray Dalio diz que Oriente Médio é o Vale do Silício dos capitalistas
O megainvestidor também fala o que pensa sobre a possibilidade de a bolha da inteligência artificial estourar, e conta o que o investidor deve fazer agora
Mega da Virada é pouco? Loteria espanhola El Gordo distribui prêmio equivalente a R$ 17,6 bilhões no Natal
Criado em 1812, o concurso espanhol é tratado como patrimônio cultural, e milhões de pessoas adquirem bilhetes na expectativa de garantir uma fatia do montante total, que movimenta algo próximo de 2,7 bilhões de euros em prêmios
Perdeu sua mala? Justiça de SP dá prazo para retirada de 17 mil objetos perdidos no aeroporto de Guarulhos; veja itens inusitados
Os objetos — que incluem bolsas, malas, mochilas, relógios, roupas e aparelhos eletrônicos — estão armazenados no galpão do Fundo Social do Município
Ataque russo com drones e mísseis atinge setores de energia nuclear e de transporte da Ucrânia, diz Kiev
Não houve nenhum avanço nas conversações intermediadas pelos Estados Unidos nesta semana com o objetivo de encerrar o conflito.
Como um surto de varíola animal ameaça a produção (e o preço) de queijos feitos com leite de cabra e ovelha
A varíola animal já levou ao abate de milhares de cabras e ovelhas na Grécia, reduzindo a oferta de leite, pressionando o preço do queijo feta e levantando críticas à resposta do governo
Bolsões de risco nos EUA: a expansão das finanças estruturadas esconde um perigo — e a Fitch diz onde ele está
As finanças estruturadas fazem parte dos mercados de capitais que securitiza os setores imobiliários, entre outras atividades