Terra valiosa: SLC (SLCE3) vai pagar mais de R$ 500 milhões por participação de fundo inglês em empresa controlada
A companhia vai desembolsar R$ 524,8 milhões para se tornar a única acionista da SLC LandCo, uma joint venture criada em 2012 com o fundo de private equity Valiance

A SLC Agrícola (SLCE3) foi às compras nesta segunda-feira (7) — e colocou no carrinho o último pedaço de “terra valiosa” de uma de suas controladas indiretas que ainda faltava em seu portfólio.
A companhia vai desembolsar mais de meio bilhão de reais — mais precisamente R$ 524,8 milhões — para se tornar a única acionista da SLC LandCo. A empresa é uma joint venture criada há mais de uma década junto com o fundo de private equity inglês Valiance.
- Veja mais: analista aponta que a bolsa está ainda mais barata e recomenda 10 ações para comprar “com desconto”
Hoje, a SLC detém 81,2% do capital da companhia, enquanto o Valiance possui a fatia restante de 18,8%. Agora, a empresa fechou um contrato vinculante para comprar essa participação.
O valor da transação com o fundo equivale a pouco mais de 5% do valor de mercado de quase R$ 8 bilhões da SLC na B3.
As ações da SLC Agrícola (SLCE3) operam em queda nesta segunda-feira. Por volta das 12h05, os papéis caíam 1,34%, negociados a R$ 17,69.
Os detalhes do negócio da SLC (SLCE3)
O montante deverá ser pago em duas parcelas: um terço da cifra — equivalente a R$ 173 milhões — será desembolsado agora em outubro, enquanto a parcela restante, de cerca de R$ 346 milhões, será depositada em março de 2025.
Leia Também
Segundo o fato relevante enviado à CVM, o valuation da LandCo foi baseado na avaliação dos cerca de 86,7 mil hectares de terras e da infraestrutura da subsidiária.
“A conclusão desta operação permite maior flexibilidade na execução das estratégias de otimização de ativos agrícolas e expansão de operações da SLC Agrícola através de novos arrendamentos mantendo o equilíbrio entre terras próprias e terras arrendadas”, afirmou a empresa.
A LandCo é uma operação criada pela SLC Agrícola em 2012, com a estratégia de “monetizar parte do ganho imobiliário obtido ao longo de 30 anos de aquisição de terras no Cerrado”.
Para a formação da empresa, a SLC Agrícola contribuiu com terras, enquanto o Valiance entrou com o dinheiro.
Na época, o fundo britânico injetou US$ 238,58 milhões em quatro etapas. O capital aportado pelo fundo foi usado para adquirir mais terras ao longo dos últimos anos.
Basicamente, a subsidiária indireta da SLC é responsável pelos desembolsos ligados a aquisições de terras, abertura e limpeza de áreas, aplicação de corretivos nos terrenos e construção da infraestrutura.
O que dizem os analistas
Na avaliação do JP Morgan, a transação foi “ligeiramente negativa” — especialmente porque a SLC Agrícola escolheu comprar terras já avaliadas em linha com o seu valor patrimonial líquido (NAV).
“Esta decisão é particularmente intrigante, dado que as ações da SLC atualmente são negociadas com um desconto significativo em relação ao NAV, cerca de 0,6 vez com base no valor patrimonial de R$ 30 por ação em junho”, escreveram os analistas.
Considerando o montante total da transação, cada hectare saiu por R$ 32.200 — acima da última avaliação de terras da LandCo, de R$ 29.148 por hectare.
Porém, os analistas ressaltaram que o valor de valuation não é totalmente comparável ao valor da aquisição, já que é líquido de impostos e exclui itens como infraestrutura e ativos biológicos.
O banco norte-americano manteve recomendação neutra para as ações SLCE3, com preço-alvo de R$ 23 para dezembro de 2025, o que implica uma alta potencial de 28% em relação ao último fechamento.
Ibovespa deu uma surra no S&P 500 — e o mês de abril pode ter sido apenas o começo
O desempenho do Ibovespa em abril pode ser um indício de que estamos diante de uma mudança estrutural nos mercados internacionais, com implicações bastante positivas para os ativos brasileiros
Esta empresa mudou de nome e ticker na B3 e começa a negociar de “roupa nova” em 2 de maio: confira quem é ela
Transformação é resultado de programa de revisão de estratégia, organização e cultura da empresa, que estreia nova marca
As maiores altas e quedas do Ibovespa em abril: alívio nos juros foi boa notícia para ações, mas queda no petróleo derrubou petroleiras
Os melhores desempenhos são puxados principalmente pela perspectiva de fechamento da curva de juros, e azaradas do mês caem por conta da guerra comercial entre EUA e China
Ficou com ações da Eletromidia (ELMD3) após a OPA? Ainda dá tempo de vendê-las para não terminar com um ‘mico’ na mão; saiba como
Quem não vendeu suas ações ELMD3 na OPA promovida pela Globo ainda consegue se desfazer dos papéis; veja como
Diretor do Inter (INBR32) aposta no consignado privado para conquistar novos patamares de ROE e avançar no ambicioso plano 60-30-30
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Flavio Queijo, diretor de crédito consignado e imobiliário do Inter, revelou os planos do banco digital para ganhar mercado com a nova modalidade de empréstimo
Gafisa (GFSA3) recebe luz verde para grupamento de 20 por 1 e ação dispara mais de 10% na bolsa
Na ocasião em que apresentou a proposta, a construtora informou que a operação tinha o intuito de evitar maior volatilidade e se antecipar a eventuais cenários de desenquadramento na B3
Santander (SANB11) divulga lucro de R$ 3,9 bi no primeiro trimestre; o que o CEO e o mercado têm a dizer sobre esse resultado?
Lucro líquido veio em linha com o esperado por Citi e Goldman Sachs e um pouco acima da expectativa do JP Morgan; ações abriram em queda, mas depois viraram
Fundos imobiliários: ALZR11 anuncia desdobramento de cotas e RBVA11 faz leilão de sobras; veja as regras de cada evento
Alianza Trust Renda Imobiliária (ALZR11) desdobrará cotas na proporção de 1 para 10; leilão de sobras do Rio Bravo Renda Educacional (RBVA11) ocorre nesta quarta (30)
Alguém está errado: Ibovespa chega embalado ao último pregão de abril, mas hoje briga com agenda cheia em véspera de feriado
Investidores repercutem Petrobras, Santander, Weg, IBGE, Caged, PIB preliminar dos EUA e inflação de gastos com consumo dos norte-americanos
CPFL (CPFE3), Taesa (TAEE11), Embraer (EMBR3) e SLC Agrícola (SLCE3) vão distribuir quase R$ 4 bilhões em dividendos
A maior fatia é da CPFL, que pagará R$ 3,2 bilhões em proventos adicionais ainda sem data definida para pingar na conta dos acionistas
O recado de Ratinho Júnior: Brasil não deve exportar milho e soja para “engordar rebanhos asiáticos”
Na visão do governador do Paraná, a produção da carne gera muito mais capital do que o envio de grãos por navios
Azul (AZUL4) volta a tombar na bolsa; afinal, o que está acontecendo com a companhia aérea?
Empresa enfrenta situação crítica desde a pandemia, e resultado do follow-on, anunciado na semana passada, veio bem abaixo do esperado pelo mercado
Prio (PRIO3): banco reitera recomendação de compra e eleva preço-alvo; ações chegam a subir 6% na bolsa
Citi atualizou preço-alvo com base nos resultados projetados para o primeiro trimestre; BTG também vê ação com bons olhos
Bolsa de Metais de Londres estuda ter preços mais altos para diferenciar commodities sustentáveis
Proposta de criar prêmios de preço para metais verdes como alumínio, cobre, níquel e zinco visa incentivar práticas responsáveis e preparar o mercado para novas demandas ambientais
Tupy (TUPY3): Com 95% dos votos a distância, minoritários devem emplacar Mauro Cunha no conselho
Acionistas se movimentam para indicar Cunha ao conselho da Tupy após polêmica troca do CEO da metalúrgica
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Agrishow, a maior feira do agronegócio do país, começa hoje (28): saiba o que pode movimentar o setor em 2025
Veja como acompanhar os destaques da Agrishow 2025 mesmo à distância com a cobertura do Agro Times, editoria de agronegócio do Money Times
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Nova temporada de balanços vem aí; saiba o que esperar do resultado dos bancos
Quem abre as divulgações é o Santander Brasil (SANB11), nesta quarta-feira (30); analistas esperam desaceleração nos resultados ante o quarto trimestre de 2024, com impactos de um trimestre sazonalmente mais fraco e de uma nova regulamentação contábil do Banco Central
Prio (PRIO3): Conheça a ação com rendimento mais atrativo no setor de petróleo, segundo o Bradesco BBI
Destaque da Prio foi mantido pelo banco apesar da revisão para baixo do preço-alvo das ações da petroleira.