Reviravolta na Hypera (HYPE3): EMS propõe fusão e oferta pelas ações dos minoritários; papéis revertem queda na B3
Ações da Hypera reverteram a trajetória de forte queda após site Brazil Journal revelar proposta de combinação de negócios entre as rivais do segmento de saúde

O Brasil em breve pode ver uma nova gigante surgir no setor de farmácia. A EMS propôs nesta segunda-feira (21) uma fusão com a Hypera (HYPE3) para criar a maior empresa da indústria farmacêutica do país, com uma participação de mercado de 17%.
A Hypera confirmou o recebimento da proposta de combinação de negócios nesta tarde em fato relevante enviado à CVM, após notícias do Brazil Journal.
- Acesso aos programas e podcasts do Seu Dinheiro em primeira mão? Confira esta a outras vantagens de fazer parte do Clube de Investidores SD Select
"O conselho de administração tomará providências para avaliação diligente da proposta, incluindo a contratação de assessores externos", disse a empresa.
A nova companhia resultante da combinação de negócios teria um faturamento de R$ 15,9 bilhões e um Ebitda (indicador usado para mensurar a capacidade de geração de caixa de uma empresa) de aproximadamente R$ 5 bilhões, segundo o Brazil Journal.
Uma eventual fusão ainda ajudaria a Hypera em sua missão de desalavancagem, que possuía uma dívida líquida de R$ 7,36 bilhões no fim do segundo trimestre de 2024. Já a EMS possuía uma posição de caixa líquido em torno de R$ 500 milhões no mesmo período.
Com o negócio, a nova empresa combinada teria uma alavancagem estimada em um múltiplo inferior a 2 vezes a relação entre dívida líquida e Ebitda, ainda de acordo com o site.
Leia Também
"A companhia combinada se beneficiará da captura de sinergias relevantes envolvendo ganhos operacionais, financeiros e tributários, que irão impactar os resultados da companhia combinada de forma abrangente, trazendo aumento de receita, redução de custos e despesas, e otimização da estrutura de capital", deixando a companhia combinada mais bem preparada para impulsionar seu crescimento de maneira muito acelerada após a conclusão da transação", disse a EMS, em carta à Hypera.
A notícia sobre a proposta de combinação de negócios entre as rivais do segmento de saúde levou a uma reviravolta nas ações da Hypera nesta segunda-feira na B3.
Os papéis iniciaram o pregão com forte baixa de 17%, com os investidores repercutindo o anúncio de uma nova estratégia de otimização de capital de giro.
No entanto, após rumores de uma eventual combinação de negócios com a rival, conseguiram inverter trajetória e fechar em alta de 1,91%. No ano, a ação marca desvalorização de 25%, com a companhia hoje avaliada em aproximadamente R$ 16,6 bilhões.

A potencial fusão entre a Hypera (HYPE3) e a EMS
Nos termos do acordo de fusão, a família Sanchez — que detém 100% do capital social da EMS — se tornaria a nova controladora da Hypera (HYPE3).
Hoje, o maior acionista da empresa é o empresário João Alves de Queiroz Filho, conhecido como Júnior, com uma fatia de 21,3%. Junto com a holding mexicana Maiorem, que detém 14,7% do negócio, o grupo de controle da Hypera soma uma participação de cerca de 36%.
- A carteira de investimentos ideal existe? BTG Pactual quer ajudar investidores a montar carteira personalizada para diferentes estratégias; saiba mais
Diante da incorporação pela rival, a EMS faria uma oferta pública de aquisição (OPA) pelas ações dos acionistas minoritários da Hypera, segundo o Brazil Jornal.
Com a OPA, os investidores de HYPE3 teriam a opção de vender até 20% das ações a R$ 30 por papel — um prêmio de quase 17% em relação ao último fechamento e de 20,5% frente às cotações na B3 às 14h30.
Segundo a EMS, a estrutura da oferta de ações foi desenhada para "equilibrar os interesses de investidores de curto e longo prazo da Hypera, permitindo que os acionistas que desejam realizar ganhos de curto prazo possam fazê-lo, enquanto os acionistas que desejam realizar ganhos de longo prazo podem se beneficiar do valor futuro gerado pelas sinergias da transação".
Não é de hoje que rumores de uma potencial fusão entre as gigantes da farmácia circulam no noticiário local. Há cerca de dois anos, a coluna Pipeline já havia reportado negociações entre a EMS e a Hypera.
De acordo com o colunista Lauro Jardim, d’O Globo, o executivo Carlos Sanchez já vinha abocanhando ações da Hypera nos últimos meses e possuía cerca de 3% da farmacêutica em meados de setembro.
Procurada pelo Seu Dinheiro, a assessoria de imprensa da Hypera preferiu não se pronunciar para além do fato relevante enviado à CVM. Já a EMS não havia retornado o contato até o momento de publicação desta matéria. Caso a empresa envie um posicionamento, o texto será atualizado.
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas