Quem vai ficar com ela? Petrobras (PETR4) abre o jogo sobre a compra de 100% da Braskem (BRKM5)
A possibilidade de a estatal ficar com todo o controle da petroquímica voltou a ser discutida pelo mercado depois que a petrolífera dos Emirados Árabes Unidos desistiu do negócio, colocando o processo de venda de volta à estaca zero
A Braskem (BRKM5) já foi apontada como a joia da coroa do que um dia foi o império da Novonor (antiga Odebrecht). Mas a venda da participação que o grupo detém na petroquímica vem se revelando um negócio cada vez mais complexo — e pode acabar no colo da Petrobras (PETR4).
Vários nomes já anunciaram o interesse na Braskem. Entre eles, a Unipar e a J&F, holding que controla a gigante de alimentos JBS.
Mas quem chegou mais perto de avançar nas negociações foi a Adnoc. Em novembro, a petrolífera dos Emirados Árabes Unidos avaliou a participação em R$ 10,5 bilhões. Só que no começo do mês, a Adnoc desistiu do negócio, colocando o processo de venda da petroquímica de volta à estaca zero.
Na ocasião da desistência dos Emirados Árabes Unidos — que não teve explicação oficial até o momento — as ações da Braskem chegaram a cair mais de 15%.
Nesta terça-feira (14), os papéis fecharam em alta de 2,47%, cotados a R$ 19,50. Mas, no ano, acumulam perda de 10,5%. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.
- Gigantes estatais têm os bastidores revelados. Ex-líderes se reúnem e “abrem o jogo” sobre experiência na Petrobras, Eletrobras e Caixa. Descubra tudo ao vivo, participando do evento “Elas Revolucionaram as Estatais” no dia 28/05. Retire seu ingresso gratuito aqui.
Quem vai ficar com a Braskem?
Após a desistência dos árabes, a antiga Odebrecht informou que segue comprometida com a venda da participação na Braskem — que pode acabar ficando com a Petrobras de vez.
Leia Também
A estatal possui 47% do capital com direito a voto da petroquímica e tem direito de preferência de compra da participação da Novonor, que possui 50,1% das ações.
Vale lembrar ainda que, além da Petrobras, a negociação para a venda precisa passar pelos bancos credores, que possuem ações da petroquímica em garantia de empréstimos. A Novonor está em recuperação judicial desde 2020.
Nesta terça-feira (14), durante teleconferência de resultados da petroleira, o diretor executivo financeiro da petroleira, Sergio Caetano Leite, disse que a estatal pode comprar 100% da petroquímica, embora tenha ressaltado que o cenário não é o ideal.
“Muito tem se falado sobre a aquisição total da Braskem, mas não é um cenário ideal. Esse cenário só acontecerá em caso de extrema necessidade”, disse Leite.
“Em caso de risco extremo, a Petrobras não vai deixar o negócio se deteriorar”, acrescentou o executivo, reafirmando que o aumento do endividamento da estatal não é uma questão em jogo neste momento.
Embora tenha colocado a compra da fatia da Braskem como um cenário extremo, a Petrobras fez a lição de casa na avaliação das condições da petroquímica e de seus ativos.
“Fizemos nossa due diligence, com a equipe técnica visitando todas as plantas da Braskem para termos uma visão clara da situação da petroquímica e do potencial que ela tem”, afirmou o diretor da Petrobras.
O governo está de olho nessa venda, mas ela é positiva para a Petrobras?
A Novonor corre para vender sua fatia na Braskem de olho na quitação de dívidas de R$ 15 bilhões com bancos.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem estimulado que a transação seja feita para salvar a empresa e aumentar a participação da Petrobras no setor.
Na semana passada, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, chegou a dizer que a estatal pretende igualar a participação na Braskem com um sócio experiente no segmento, exercendo um controle compartilhado na petroquímica.
Para Ruy Hungria, analista da Empiricus Research, a Petrobras tem expertise em Exploração & Produção de petróleo em águas profundas e ultraprofundas, segmentos nos quais consegue obter retornos muito superiores do que conseguiria no setor petroquímico.
“Além disso, é importante lembrar que a Braskem vem enfrentando severos problemas ambientais em Alagoas, o que também atrapalha as perspectivas da companhia”, afirma.
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo