🔴 [NO AR] MERCADO TEME A FRAGMENTAÇÃO DA DIREITA? ENTENDA A REAÇÃO DOS ATIVOS – ASSISTA AGORA

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

DO UNDERGROUND AO LUXO

O império da Dior está ameaçado? Por que a dona da Ray-Ban pagou US$ 1,5 bilhão para ficar com a Supreme, uma das maiores marcas de streetwear do mundo

Com preços elevados, mas não exorbitantes — uma peça da Supreme custa bem menos que uma Dior ou uma Chanel, por exemplo — é a quantidade limitada que faz da marca um luxo

Carolina Gama
17 de julho de 2024
16:19 - atualizado às 17:38
Close de uma pessoa de costas vestindo camiseta branca e uma jaqueta vermelha, com logo da Louis Vuitton e da Supreme em branco
Imagem: Reprodução Supreme/Facebook

Assim como Dior ou Chanel, a Supreme hoje é um império — mas nem sempre foi assim. Uma das maiores marcas de streetwear do mundo nasceu em 1994 do underground e logo virou um símbolo da cultura marginal. Nesta quarta-feira (17), a nova iorquina que se tornou dona das ruas foi vendida por US$ 1,5 bilhão (R$ 8,1 bilhões) pelo grupo norte-americano VF, que tem no seu acervo Vans e The North Face

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O valor bilionário do negócio faz jus ao sucesso da marca: embora os produtos não sejam considerados tão caros, a exclusividade forma uma dos pilares da empresa — as coleções com poucas peças disponíveis aumentam o desejo dos consumidores de fazer parte do grupo seleto de quem usa Supreme.

E esse é o público-alvo da marca: jovens que vivem em grandes cidades ao redor do mundo, que foram conquistados por modelagens convencionais. Mas engana-se quem pensa que para ter uma peça basta entrar em uma loja e adquirir uma camiseta ou um moletom com a etiqueta vermelha

A Supreme nasceu como uma marca muito fechada — nos anos 90 pedia-se até para que os clientes não tocassem nos produtos — algo que se mantém até hoje, ainda que em tons mais suaves. 

E isso não é novidade entre as marcas de luxo. O diferencial da Supreme, no entanto, é que a seletividade tem como objetivo manter a autenticidade e o ideal vivos — não à toa James Jebbia, o fundador da marca, raramente dá entrevistas e a marca também não faz grandes campanhas ou eventos. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Outra sacada são as collabs. De Louis Vuitton à Lady Gaga, passando por Takashi Murakami, a Supreme já lançou peças (de camisetas a pranchas de skate) em colaboração com várias marcas e artistas.

Leia Também

  • Como proteger os seus investimentos: dólar e ouro são ativos “clássicos” para quem quer blindar o patrimônio da volatilidade do mercado. Mas, afinal, qual é a melhor forma de investir em cada um deles? Descubra aqui.
Collab com a Louis Vuitton. Foto: Reprodução Facebook/Supreme

Luxo ou underground?

Com preços elevados, mas não exorbitantes — uma peça da Supreme custa bem menos que uma Dior ou uma Chanel, por exemplo — é a quantidade limitada que faz da marca um luxo

Os famosos drops — termo usado no mundo da moda para se referir às entregas de coleções em pequenas doses — acabam tornando as peças quase um item de colecionador. 

Não há festas de lançamentos ou grandes eventos em torno desses drops, mas nem por isso as lojas próprias deixam de ter filas imensas de consumidores ávidos por um item novo — um interesse que alimenta o mercado de resale, que remunera quem enfrenta as filas, compra as peças e revende depois a valores bem mais elevados. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Time da Supreme, Lafayette Street, Nova York 2001 - Foto: Reprodução Instagram/Kenneth Cappello

O acordo bilionário da Supreme

A Supreme tem 12 lojas espalhadas pela América do Norte, Europa e Japão, mas cerca de 60% das suas vendas acontecem on-line – e é essa presença forte no digital deu resistência para a marca passar pela pandemia, crescer e ter um forte fluxo de caixa.

E foi exatamente por isso que a EssilorLuxxotica — grupo europeu que é dono de marcas como Ray-Ban e Oakley— desembolsou US$ 1,5 bilhão para incluir a Supreme em seu portfólio. 

O valor está abaixo dos US$ 2,1 bilhões que o VF pagou em 2020 para comprar a Supreme dos antigos acionistas, entre eles os fundos de private equity Carlyle e Goode Partners. 

A transação, de certa forma, tira a EssilorLuxxotica de sua zona de conforto, mas por um bom motivo: caberá à Supreme ajudar na missão de dobrar as vendas anuais a US$ 1 bilhão ao ano. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Se tudo der certo, a marca não levará muito tempo para ser alcançada. A expectativa é de que, em quatro anos, o negócio tenha crescimento de 100%. 

A questão agora é se a etiqueta vermelha conseguirá manter sua relevância e independência do mainstream. Para alguns especialistas em moda, só o tempo dirá, mas o fato de a Supreme ter sido vendida para a EssilorLuxxotica, um grupo tão discreto como o VF, aumentam as chances de sucesso. 

*Com informações da Elle e da Reuters. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
VIRADA CHEGOU MAIS CEDO

Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica

23 de dezembro de 2025 - 11:25

Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk

DE OLHO NA REESTRUTURAÇÃO

AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações

23 de dezembro de 2025 - 9:59

Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda

ANO NOVO, DIRETORIA NOVA

Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025

23 de dezembro de 2025 - 9:39

Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO

NATAL CHEGOU MAIS CEDO?

Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista

23 de dezembro de 2025 - 8:21

Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação

MAIS RUÍDOS

Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?

23 de dezembro de 2025 - 7:49

A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda

ONDA DE PROVENTOS

Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos

22 de dezembro de 2025 - 20:31

Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026

REFORMA DA DIRETORIA

Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo

22 de dezembro de 2025 - 19:15

Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca

PARA ALÉM DOS GIGANTES

Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses

22 de dezembro de 2025 - 19:01

Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações

DEPOIS DA VIRADA

Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais

22 de dezembro de 2025 - 18:21

Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa

FECHANDO CAPITAL

Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana

22 de dezembro de 2025 - 17:33

Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta

DE OLHO NO FUTURO

A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança

22 de dezembro de 2025 - 16:17

Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo

SOB ESCRUTÍNIO

Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores

22 de dezembro de 2025 - 13:29

Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo

BET QUE NÃO É BET?

Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil

22 de dezembro de 2025 - 11:30

Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil

NEM PAPAI NOEL RESOLVE

Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas

22 de dezembro de 2025 - 10:42

JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas

TOMADA DE DECISÃO

Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias

22 de dezembro de 2025 - 10:05

De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado

'QUERO VER VOCÊ NÃO CHORAR'

Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira

22 de dezembro de 2025 - 7:14

Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes

DANÇA DAS CADEIRAS

Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda

21 de dezembro de 2025 - 16:36

A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado

LOJA DE CHOCOLATE

Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado

21 de dezembro de 2025 - 8:00

A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia

ARRUMANDO A CASA

Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia

20 de dezembro de 2025 - 14:27

A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional

RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial

20 de dezembro de 2025 - 13:30

Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar