Ações do NYCB despencam mais de 40% com dificuldades envolvendo setor imobiliário — e Jerome Powell já previa isso
Em seu tradicional testemunho à Câmara, Powell chamou atenção para o mercado imobiliário, afirmando que o setor representa um problema sério para bancos
O setor imobiliário é o (nem tão) novo problema dos chamados bancos regionais norte-americanos — quem pode esquecer da falência do Silicon Valley Bank (SVB), Signature Bank, Silvergate, First Republic Bank, entre outros. A bola da vez é o New York Community Bancorp (NYCB), cujas ações despencam mais de 40% nesta quarta-feira (6).
Segundo uma reportagem do The Wall Street Journal, o banco quer levantar capital através da emissão de novas ações e já teria começado a sondar investidores interessados.
A instituição confirmou posteriormente que deve receber mais de US$ 1 bilhão em dinheiro novo.
Só neste ano, as ações do NYCB perderam mais de 75% do valor, na esteira do anúncio de que a instituição iria cortar dividendos e provisionar — isto é, criar proteções — para perdas com crédito acima do esperado.
Além disso, na semana passada, houve o anúncio de que Thomas Cangemi sairia da presidência do banco, dando lugar a Alessandro DiNello após identificar “fraquezas materiais” nos processos de monitoramento de risco de crédito.
As informações do jornal do coração do mercado financeiro coincidiram com as declarações preocupadas do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), Jerome Powell, na tarde de hoje.
Leia Também
Botafogo bota fogo na bolsa: semana cheia começa com investidores acompanhando fôlego do Trump Trade
- Receba matérias especiais do Seu Dinheiro + recomendações de investimentos diretamente em seu WhatsApp.É só clicar aqui e entrar na In$ights, comunidade gratuita.
Imobiliárias preocupam Powell
Em seu tradicional testemunho à Câmara, Powell chamou atenção para o mercado imobiliário, afirmando que o setor representa um problema sério para bancos norte-americanos, embora considere os riscos administráveis.
Segundo o chefe do Fed, algumas instituições financeiras estão mais vulneráveis que outras e o BC trabalha nessa questão para evitar problemas entre os bancos.
Vale lembrar que em março do ano passado, os bancos regionais assustaram os mercados ao entrar em colapso.
E o NYCB é justamente esse
O NYCB é um importante credor dos proprietários de prédios para aluguel residencial em Nova York. As rígidas leis envolvendo contratos do tipo limitam as receitas de cada unidade, tornando o negócio cada vez menos atrativo — e menos lucrativo.
Além disso, o banco fez uma aposta errada ao financiar escritórios em uma região afetada por altas taxas de vacância, tendo em vista o aumento da popularidade do trabalho remoto nos últimos anos.
Agências de classificação de crédito já rebaixaram a nota do banco para o chamado "nível especulativo" — ou junk (“porcaria”), no jargão. Por exemplo, a Moody's prevê que o banco precisará provisionar ainda mais recursos para cobrir potenciais calotes nos próximos dois anos.
Aquisições preocupam os investidores do NYCB
Como se não bastasse, o NYCB foi penalizado pelo rápido crescimento nos últimos anos, oriundo de uma série de fusões e aquisições no período.
Isso porque o banco adquiriu as rivais Flagstar Bancorp e partes do Signature Bank — outro banco regional que sofreu com problemas no passado —, o que fez o NYCB quase dobrar de tamanho.
Com o aumento de seus ativos para além de US$ 100 bilhões, o NYCB passou a ter que cumprir normas da chamada “Categoria IV”, que incluem regras mais rígidas de governança devido à sua importância sistêmica.
MRV (MRVE3) e Localiza (RENT3) em queda livre: O que causou o colapso das ações na bolsa nesta semana?
O desempenho negativo das ações locais — em especial, das empresas cíclicas, como é o caso da MRV e da Localiza — acompanhou a repercussão do plano fiscal
Ricardo Mussa renuncia como CEO da Cosan Investimentos após menos de um mês — e também abandona conselhos da Raízen (RAIZ4) e da Cosan (CSAN3)
O executivo deixa o grupo de Rubens Ometto após quase duas décadas no conglomerado, em meio à forte pressão sobre as finanças da Cosan e de suas controladas
Com alta de mais de 38%, bitcoin domina o ranking de maiores investimentos do mês; dólar dispara e aparece no pódio
O cenário político doméstico e internacional foi um dos fatores que mais pesou para o bom desempenho do bitcoin e do dólar em novembro
Itaú Asset lança dois novos ETFs com foco em ações, BDRs e renda fixa — e não é a única com novidades no portfólio
Além dos fundos de índice da Itaú Asset, a BB Asset estreou um novo ETF, e a bolsa brasileira lançou uma versão calibrada do Ibovespa para quem deseja investir em ações
As ações da Suzano (SUZB3) podem se beneficiar do dólar a R$ 6? BTG Pactual diz se é hora de aproveitar o rali da moeda para incluir o papel na carteira
O banco destaca a atratividade das ações da companhia, negociadas a múltiplos considerados baixos, com potencial de valorização de 36%
A Selic vai a 14%? Pacote de corte de gastos considerado insuficiente leva mercado a apostar em juros ainda mais altos
Mercado já começa a reajustar as estimativas para a taxa básica de juros e agora espera uma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom
Dólar atinge R$ 6,10 e juros futuros disparam: nem fala do futuro presidente do Banco Central segurou os mercados hoje
Gabriel Galípolo tentou colocar panos quentes nos anúncios mais recentes do governo, afirmando perseguir a meta de inflação e sinalizar a continuidade do aperto da Selic
A queridinha dos dividendos está de volta: Vale (VALE3) vai depositar R$ 2,2 bilhões em JCP na conta dos acionistas
O montante será depositado na forma de juros sobre o capital próprio (JCP), e a expectativa é que o valor total bruto gire em torno de R$ 0,52053 por ação
Um presente e um almoço: pregão espremido entre feriado e fim de semana deve trazer volatilidade para bolsa brasileira hoje
Em dia de pagamento da primeira parcela do décimo terceiro e Black Friday, investidor deve continuar a digerir o pacote apresentado por Haddad
No banho de sangue da bolsa, a alta dessa ação mostrou por que dividendos fazem tanta diferença
Nos momentos de pessimismo extremo, os dividendos servem como um lembrete de que as ações não são simplesmente ativos cujos preços sobem ou descem a depender do humor do mercado
Décimo terceiro cai na conta hoje — veja como investi-lo em títulos com retornos expressivos ou turbinar a restituição do Imposto de Renda
Quem já está com as contas em dia e o pé de meia devidamente reservado pode aproveitar a oportunidade rara de investir em títulos seguros com retornos expressivos
Ranking do Tesouro Direto do mês: retorno dos títulos públicos vira para o vermelho na reta final de novembro com pacote de corte de gastos
Títulos prefixados e indexados à inflação caminhavam para fechar o mês em alta, mas viraram para queda após anúncio de Haddad
Você manda, ela faz o PIX: C6 integra aplicativo com IA generativa que faz transferência a partir de foto
Os executivos destacaram que o C6 Assistant atuará somente no app do banco e conta com uma série de camadas de proteção
PIX impulsiona vendas na Black Friday, mas abre espaço para golpes – saiba como se proteger
Apesar de seguro, a popularidade do método de pagamento instantâneo traz novas possibilidades de fraudes; analistas dão dicas de como aproveitar as promoções sem correr riscos
Com ação ‘virando pó’ na B3, PDG Realty (PDGR3) tem nova proposta de grupamento de ações rejeitada por acionistas; entenda
A empresa imobiliária convocará uma nova assembleia geral extraordinária para deliberar sobre uma proposta revisada do fator de grupamento
Por que as ações da CVC (CVCB3) e da MRV (MRVE3) caem forte na bolsa hoje — enquanto JBS (JBSS3) e outras exportadoras lideram os ganhos
O tombo das empresas do setor imobiliário hoje é intensificado pela pressão dos juros futuros (DIs) e do dólar, que avançam após o anúncio do pacote fiscal do governo
Tesouro IPCA+ volta a oferecer retorno de 7% acima da inflação em meio à disparada dos juros futuros e do dólar
A volatilidade vista no mercado que impulsiona os juros futuros e, consequentemente, as taxas dos títulos do Tesouro Direto, é provocada pela divulgação do aguardado pacote de corte de gastos do governo
Em forma: Fleury (FLRY3) firma aquisição do Confiance por R$ 130 milhões em meio a repique do setor de saúde
A operação está sujeita a ajustes, conforme previsto nos termos do acordo entre as partes e ainda é preciso passar pela aprovação do Cade
Seu pacote chegou! Haddad confirma corte de R$ 70 bilhões, mas isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil deve pesar na bolsa hoje
O feriado do dia de Ação de Graças mantém as bolsas dos Estados Unidos fechadas por hoje e amanhã, o que deve aumentar a volatilidade global
A Raízen (RAIZ4) não quer mais saber do Oxxo? Por que a empresa pode vender a rede de lojas de conveniência após expansão agressiva em SP
Rumores sobre a potencial venda da participação no Grupo Nós, dono da marca Oxxo no Brasil, ganharam força na semana passada. Saiba o que esperar das ações RAIZ4 agora