Após lucro recorde do Banco do Brasil (BBAS3), CEO manda recado a analistas preocupados com intervenção do governo
Em um encontro com jornalistas, Tarciana Medeiros destacou a autonomia na gestão do Banco do Brasil e as projeções para os resultados de 2024
A mudança na chefia do Banco do Brasil (BBAS3) levantou a antiga desconfiança do mercado de que a instituição poderia sofrer interferência do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas a gestão de Tarciana Medeiros apresentou resultados bastante sólidos, com um lucro recorde de R$ 35,562 bilhões em 2023, alta anual de 11,4%.
Em um encontro com jornalistas nesta sexta-feira (9), ela e o corpo de direção do Banco do Brasil apresentaram resultados e responderam questões relacionadas à possível interferência do presidente.
“O que os analistas podem esperar de 2024 é tudo que eles não esperavam em 2023. O banco tem uma estrutura de governança muito forte e temos autonomia de gestão”, disse Tarciana Medeiros.
E para quem ainda tem dúvidas sobre a gestão, a CEO do Banco do Brasil destacou a estimativa da administração (guidance) para os resultados deste ano, que aponta para um lucro de até R$ 40 bilhões.
“A mensagem que eu posso passar para os investidores é de que todos somos funcionários de carreira do BB, nós conhecemos o DNA da empresa”, acrescentou Marco Geovanne, CFO do Banco do Brasil.
- 4T23: Interpretar os números do balanço de uma empresa não é tarefa fácil. Por isso, os analistas da Empiricus vão “traduzir” todos aqueles dados para que você invista melhor e monte uma carteira mais rentável. Clique aqui para receber as análises do 4T23 em primeira mão GRATUITAMENTE.
Banco do Brasil fez o dever de casa?
Vale ressaltar que o Banco do Brasil conseguiu colocar praticamente todas as metas dentro do guidance de 2023. Apenas as despesas com provisões para perdas no crédito (PCLD) cresceram e chamaram a atenção negativamente dos investidores.
Leia Também
Sobre esse ponto, o CFO do BB disse que a base de comparação com o ano passado é muito desigual — o que explicaria o crescimento de 82,3% das provisões na passagem de 2022 para 2023.
“Em 2022, nós aproveitamos um excesso de provisão do período da pandemia e fomos consumindo esse excesso pouco a pouco. Por isso a base daquele ano estava bastante reduzida para o tamanho da nossa carteira.”
Agora, o Banco do Brasil decidiu voltar a reforçar a provisão para proteger o balanço para perdas com créditos a empresas, segundo Geovanne, sem especificar exatamente quais clientes institucionais podem ter problemas.
Impacto das mudanças na LCI e LCA
Sobre a recente mudança do governo sobre a emissão de títulos isentos de impostos de renda, como as letras de crédito imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA), o impacto para o Banco do Brasil deve ser limitado.
Na visão de Geovanne, a medida visa coibir exageros de instituições que estavam usando o mecanismo de maneira pouco ortodoxa.
“Quem tem LCA do Banco do Brasil já permanece conosco acima desse prazo”, comenta a presidente do banco, fazendo referência à mudança de ampliar de três para nove meses o prazo mínimo de emissão das letras de crédito do agronegócio.
Banco do Brasil, Bradesco — e a Cielo
Por último, os executivos também comentaram brevemente a oferta pública de aquisição para tirar a Cielo (CIEL3) da bolsa. Após muita especulação, Bradesco e Banco do Brasil farão uma oferta pública de aquisição (OPA) das ações da empresa de maquininhas.
A participação do Banco do Brasil na Cielo pode chegar a 49,9%, enquanto o Bradesco ficará com 50,1% do capital. Hoje os bancos possuem uma participação conjunta de 58,7% na empresa, cujo valor de mercado hoje é de R$ 14,25 bilhões na bolsa.
Para a OPA ir adiante, os bancos ainda precisam convencer os acionistas minoritários na B3. O prêmio pago pelo banco para conseguir fechar a aquisição é de 20%, “valor mais que justo”, afirma Geovanne.
“Se o mercado tivesse uma visão diferente da que temos, a Cielo teria sido tratada de uma forma diferente nos últimos meses”, conclui.
A instituição financeira destaca que o setor de maquininhas sofreu uma profunda transformação e que as negociações com o Bradesco já vinham de gestões anteriores.
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
Raízen (RAIZ4) precisa de quase uma “Cosan” para voltar a um nível de endividamento “aceitável”, dizem analistas
JP Morgan rebaixou a recomendação das ações de Raízen e manteve a Cosan em Neutra, enquanto aguarda próximos passos das empresas
Direito ao voto: Copel (CPLE3) migra para Novo Mercado da B3 e passa a ter apenas ações ordinárias
De acordo com a companhia, a reestruturação resulta em uma base societária mais simples, transparente e alinhada às melhores práticas do mercado
Então é Natal? Reveja comerciais natalinos que marcaram época na televisão brasileira
Publicidades natalinas se tornaram quase obrigatórias na cultura televisiva brasileira durante décadas, e permanecem na memória de muitos; relembre (ou conheça) algumas das mais marcantes
Com duas renúncias e pressão do BNDESPar, Tupy (TUPY3) pode eleger um novo conselho do zero; entenda
A saída de integrantes de conselhos da Tupy levou o BNDESPar a pedir a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária para indicar novos nomes. Como o atual conselho foi eleito por voto múltiplo, a eventual AGE pode resultar na eleição de todo o colegiado
Natal combina com chocolate? Veja quanto custa ter uma franquia da incensada Cacau Show e o que é preciso para ser um franqueado
A tradicional rede de lojas de chocolates opera atualmente com quatro modelos principais de franquia
Energisa (ENGI3) avança em reorganização societária com incorporações e aumento de capital na Rede Energia
A Energisa anunciou a aprovação de etapas adicionais da reorganização societária do grupo, com foco na simplificação da estrutura e no aumento da eficiência operacional
Sinal verde no conselho: Ambipar (AMBP3) aprova plano de recuperação judicial
Conselho de administração aprovou os termos do plano de recuperação do Grupo Ambipar, que já foi protocolado na Justiça, mas ainda pode sofrer ajustes antes da assembleia de credores
AZUL4 com os dias contados: Azul convoca assembleias para extinguir essas ações; entenda
Medida integra o plano de recuperação judicial nos EUA, prevê a conversão de ações preferenciais em ordinárias e não garante direito de retirada
Totvs (TOTS3) acerta aquisição da empresa de software TBDC, em estratégia para fortalecer presença no agro
Negócio de R$ 80 milhões fortalece atuação da companhia no agronegócio e amplia oferta de soluções especializadas para o setor
