Latam retoma voo em Wall Street com nova listagem de ADRs na bolsa de valores de Nova York. O que isso significa para os acionistas?
Os novos papéis devem começar a ser negociados hoje após três anos fora da bolsa norte-americana; entenda

“Vocês não imaginam o prazer que é estar de volta”, diria a Latam Airlines nesta manhã gelada de quinta-feira (25), em sua caminhada de retorno aos mercados de ações de Wall Street.
A companhia aérea chilena anunciou a reabertura e nova listagem de seu programa de ADRs (American Depositary Receipt, recibos de ações) na bolsa de valores de Nova York (Nyse) a partir de hoje.
Os novos papéis devem começar a ser negociados nesta quarta-feira, sob o ticker LTM, após três anos fora da bolsa norte-americana.
A empresa teve que retirar os papéis da Nyse e transferi-los para o mercado de balcão — que permite a realização de operações de ativos fora das bolsas de valores tradicionais — em 2021.
A retirada dos ADRs do mercado principal de Wall Street aconteceu após a companhia entrar no chapter 11 da lei de falências dos EUA, em meio ao processo de recuperação judicial voluntário iniciado em 2020, durante a pandemia da covid-19.
A saída dos papéis da Latam da bolsa norte-americana resultou na falta de liquidez dos ativos, levando a uma diferença brusca entre o preço do ADR em Nova York e o preço real das ações negociadas na bolsa de Santiago.
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A oferta de ADRs da Latam
A retomada da Latam em Wall Street acontece depois do estabelecimento do preço de US$ 24 por ADR em uma oferta pública secundária por parte de certos acionistas da empresa.
Segundo a aérea, a operação foi realizada para a venda de cerca de 19 milhões de papéis nos EUA, cada um representando 2 mil ações ordinárias da Latam.
Em relação à oferta, os acionistas vendedores concederam uma opção de 30 dias para os interessados comprarem até 2,85 milhões de ADRs adicionais ao preço da oferta pública inicial.
Segundo comunicado à imprensa, a Latam não receberá nenhum valor da venda de ADRs pelos acionistas vendedores.
A expectativa é que a operação seja encerrada em 26 de julho de 2024, sujeita ao cumprimento de condições de fechamento.
O Goldman Sachs, Barclays Capital e JP Morgan Securities atuam como coordenadores globais e principais colocadores na oferta.
Enquanto isso, Citigroup, Santander US, Deutsche Bank Securities, BNP Paribas Securities, MUFG Securities Americas, Natixis Securities Americas e Larraín Vial atuam como colocadores adicionais. Já o Morgan Stanley participa como co-gerente na transação.
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O que dizem os analistas sobre a Latam
Na avaliação do BTG Pactual, uma relistagem dos ADRs da Latam em Wall Street traria um impulso adicional para as ações da companhia.
“A decisão de reabrir os ADRs poderia ajudar a desbloquear um volume adicional de negociação, além de ajustar a avaliação dos ADRs ao valor patrimonial real da empresa”, escreveram os analistas, em relatório publicado no início de abril.
“Se aprovada, acreditamos que a relistagem de ADRs deverá melhorar a liquidez das ações da Latam, ajudando a desbloquear um volume adicional de negociação, dadas as restrições à negociação no Chile”, disse o BTG.
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