Itaú BBA iniciou cobertura da Latam com recomendação de compra e chances de ação decolar 41%; os motivos você confere aqui
São três pilares que sustentam uma visão positiva sobre a empresa, e quase todos têm a ver com ajustes após a saída do chapter 11

Os céus do inverno tendem a ser limpos e azuis, perfeitos para viagens de avião. O tal “céu de brigadeiro” mostra que o passeio não deve ter turbulências — e é esse cenário que se desenha para a Latam, na visão dos analistas do Itaú BBA.
Em um relatório publicado na última quarta-feira (10), a instituição iniciou a cobertura da empresa que nasceu da fusão entre a TAM e a chilena Lan, lá em 2011.
E com perspectivas de outperform, isto é, uma recomendação de compra das ações, com um potencial de alta de 41% em relação às cotações da última terça-feira (9). O preço-alvo estipulado pelo banco é de 17,50 pesos chilenos.
São três pilares que sustentam uma visão positiva sobre a empresa, e quase todos têm a ver com ajustes após a saída do chapter 11, o primeiro passo para a falência de uma companhia.
Além deles, há a perspectiva de relistagem na bolsa de Nova York (NYSE), o que pode trazer ainda mais liquidez para os ADRs (recibos de ações, na sigla em inglês) da empresa. Atualmente, a Latam é negociada apenas na bolsa de Santiago, no Chile, e no OTC (mercado de balcão, não o pregão tradicional), da NYSE.
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Latam vai alçar voos mais altos?
O Itaú BBA aponta que a saída do chapter 11 permitiu uma reestruturação da dívida da empresa, fazendo-a atingir uma relação dívida líquida/Ebitda de 2x.
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Vale lembrar que o Ebitda é uma medida do mercado financeiro para avaliar a geração de caixa de uma empresa.
Essa relação está abaixo dos patamares entre 2018 e 2019, quando a relação dívida/Ebitda chegou a 4x.
Além disso, a Latam tem uma perspectiva de ser negociada em 2025 com uma relação de valor 4,5x EV/Ebitda (“valor da empresa sobre Ebitda”, uma medida utilizada para buscar um “preço justo” da companhia), que é 35% abaixo dos níveis históricos.
Uma fatia maior de um bolo que “desandou”
Vale lembrar que boa parte das empresas aéreas também sofreram com a pandemia de covid-19. Inclusive, parte da crise de gigantes como Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) veio dessa época.
Dessa forma, algumas companhias aéreas saíram do mercado ou viram sua participação diminuir. “Isso resultou em um aumento da relevância da Latam em seus principais mercados nos últimos anos”, escrevem os analistas.
Com isso, a Latam lidera o mercado brasileiro, com 39% do tráfego doméstico em 2023, e também é a companhia aérea dominante no Chile (61%) e Peru (63%).
Desafios da Latam pela frente
Apesar das perspectivas positivas, o tempo pode mudar para a Latam.
Os analistas reconhecem que o aumento no preço do petróleo, bem como as altas taxas de juros no exterior e flutuações do câmbio podem criar um cenário desafiador para a empresa.
“Mas acreditamos que o balanço patrimonial mais forte da Latam possa sustentar um bom desempenho para a ação”, escrevem os analistas.
Vale destacar ainda que a indústria aeroespacial continua enfrentando gargalos na cadeia de suprimentos, em especial no que diz respeito à vida útil do motor, menor que o esperado. Além disso, comentários recentes da Airbus e Boeing indicam que a situação não deve se normalizar no curto prazo.
Embora isso possa significar alguma volatilidade para as expectativas de expansão da capacidade da Latam Airlines (a companhia prevê uma frota 7% maior em 2024 em relação a 2023), o impacto não deve ser tão grande, tendo em vista as expectativas de dinâmica aquecida do setor.
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