🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Estadão Conteúdo

FOCO NAS MAQUININHAS

Juros ‘disfarçados’? Entenda por que a Senacon está de olho no Mercado Pago, na Stone e no PicPay

A secretaria deu um prazo para as empresas apresentarem um relatório de transparência detalhando as medidas adotadas para cumprir a decisão cautelar; as companhias respondem

Estadão Conteúdo
15 de janeiro de 2024
16:31 - atualizado às 18:04
Point Pro, maquininha de cartões do Mercado Pago
Point Pro, maquininha de cartões do Mercado Pago - Imagem: Sergio Zacchi/Divulgação

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) abriu uma medida cautelar contra o PagBank (ex-PagSeguro), Mercado Pago, Stone e PicPay para que as empresas suspendam a oferta do “parcelado sem juros pirata”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A decisão da Senacon vem na esteira da denúncia da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) feita no ano passado. De acordo com a Febraban, as quatro empresas cobram juros dos consumidores de forma dissimulada em alguns de seus produtos.

Em nota publicada pela Senacon, a entidade destaca que as companhias supostamente cobravam juros remuneratórios disfarçados na modalidade ‘parcelado sem juros’.

A denúncia da Febraban foi feita em meio às discussões sobre o crédito rotativo em 2023 entre a entidade, as maquininhas independentes e as fintechs sobre as mudanças no crédito rotativo. 

Na época, os bancos exigiam uma restrição ao parcelado sem juros, argumentando que o produto é subsidiado pelos juros do rotativo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por sua vez, os demais agentes da indústria afirmavam que não havia relação entre os produtos, e que os bancos tentavam implementar uma agenda anticompetitiva.

Leia Também

Os parcelamentos de maquininhas como o Mercado Pago

No caso das maquininhas independentes PagBank, Stone e Mercado Pago, as plataformas permitiriam que os estabelecimentos repassassem ao consumidor os custos adicionais da maquininha através do chamado “parcelado comprador” — que são de responsabilidade do estabelecimento comercial.

Com esse mecanismo, os consumidores pagariam os juros, mas a maquininha inseria a transação no sistema da bandeira de cartão como se fosse um parcelado sem juros. 

Os juros seriam de até 2,99% ao mês, de acordo com a Febraban, equivalente a aproximadamente 42,41% ao ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Enquanto isso, as carteiras digitais Mercado Pago e o PicPay foram denunciadas pela Febraban por supostamente cobrarem  juros dos consumidores “disfarçados pelos mais diversos nomes” em transações parceladas, mas que também seriam inseridas nos sistemas das bandeiras como parcelados sem juros.

Segundo a nota da Senacom, esses juros seriam disfarçados como ‘’taxas de serviços’’ ou "taxas de uso do cartão." 

Além disso, as carteiras digitais supostamente estariam concedendo empréstimos aos consumidores — e cobrando juros — de forma dissimulada.

De acordo com a denúncia, as empresas desenvolveram um produto denominado "Parcelado Sem Juros Pirata", no qual cobram juros dos consumidores, mas registram na fatura do cartão de crédito como se fosse uma modalidade de parcelamento sem juros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Apesar de cobrar juros do consumidor, a ‘maquininha independente’ insere, nos sistemas da bandeira do cartão, uma transação não verdadeira de ‘Parcelado sem Juros’”, afirma a nota. 

Segundo a Febraban, na prática, as carteiras digitais estariam supostamente “registrando pagamento parcelado sem juros no cartão de crédito, mas sem qualquer relação com a venda de mercadoria ou prestação de serviço”. 

“As carteiras digitais, utilizam o limite do cartão de crédito das pessoas, antecipam recursos ao consumidor para transferências de dinheiro, pagamentos de contas, boletos bancários ou fatura de cartão, para depois serem pagos de forma parcelada, acrescidos de juros, mas lançando no cartão de crédito uma compra parcelada sem juros.”

A decisão da Senacon

A Senacon determinou que as empresas devem apresentar em até 10 dias um relatório de transparência detalhando as medidas adotadas para cumprir a decisão cautelar, incluindo a forma como é realizada a cobrança de tarifas e juros remuneratórios, se os consumidores são avisados previamente e se houve restituição de tarifas ou juros.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Caso as companhias não atendam as solicitações dentro do prazo estipulado, os efeitos da cautelar devem ser aplicados. 

Entre eles, estão a suspensão da cobrança de juros remuneratórios na modalidade 'parcelado sem juros', sob pena de multa diária de R$ 5 mil pelo descumprimento.

Além disso, a entidade ordenou que as companhias deixem claro ao consumidor todas as informações relativas às operações.

“Considerando o impacto nacional que essas empresas possuem no mercado brasileiro, a medida cautelar da Senacon visa proteger os consumidores e garantir a transparência nas operações financeiras”, afirma o secretário Nacional do Consumidor, Wadih Damous.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A Senacon afirmou que também solicitará uma manifestação do Banco Central, do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e do Conar a respeito do tema e de outras instituições.

O que dizem o Mercado Pago e outras instituições

O Mercado Pago está analisando o pedido de esclarecimentos da Senacon sobre o ‘parcelado comprador’. A fintech afirma que a denúncia da Febraban contra o produto é uma tentativa de frear a concorrência no setor financeiro.

"O Mercado Pago está analisando o pedido de esclarecimento da Senacon e seguirá colaborando com a autoridade, que suspendeu os efeitos da ordem cautelar até que mais informações sejam oferecidas", disse a empresa.

De acordo com a fintech, todas as modalidades e condições de pagamento que oferece aos clientes são oferecidas de acordo com a regulamentação do setor, e apresentadas ao consumidor e aos vendedores de forma transparente e clara.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Considerando que o tema já foi debatido e superado no passado junto à indústria e ao regulador, o Mercado Pago entende que se trata de mais uma tentativa de frear a concorrência por meio de uma ofensiva direcionada exclusivamente a empresas que não pertencem a grandes conglomerados financeiros", afirma a companhia.

Por sua vez, a Stone afirmou ao Broadcast que não recebeu um comunicado formal da Senacon sobre o parcelado comprador.

“Consideramos a denúncia da Febraban sobre o parcelado comprador improcedente. A diferenciação de preços é direito dos varejistas e contribui para a concorrência”, disse.

Já a Associação Brasileira de Instituições de Pagamentos (Abipag) afirmou que a denúncia contra o parcelado comprador vem de “interesses contrários à competição”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

“Repudiamos o uso da expressão parcelado pirata e distorção da atuação de independentes.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DUELO DA BLACK FRIDAY

Laranjinha vs. Roxinho na Black Friday: Inter (INBR32) turbina crédito e cashback enquanto Nubank (ROXO34) aposta em viagens

7 de novembro de 2025 - 6:44

Inter libera mais de R$ 1 bilhão para ampliar poder de compra no mês de novembro; Nubank Ultravioleta reforça benefícios no Nu Viagens

DÍVIDAS COM A UNIÃO

Cemig (CMIG4) vira ‘moeda de troca’ de Zema para abater dívidas do Estado e destravar privatização

6 de novembro de 2025 - 20:34

O governador oferta a participação na elétrica para reduzir a dívida de MG; plano só avançaria com luz verde da assembleia para o novo modelo societário

BALANÇO

Petrobras (PETR4) ignora projeção, tem lucro 2,7% maior no 3T25 e ainda pagará R$ 12,6 bilhões em dividendos

6 de novembro de 2025 - 19:52

Nos cálculos dos analistas ouvidos pela Bloomberg, haveria uma queda do lucro entre julho e setembro, e os proventos viriam na casa dos R$ 10 bilhões

SD ENTREVISTA

Banco ABC Brasil (ABCB4) quer romper o teto histórico de rentabilidade e superar os 15% de ROE: “nunca estamos satisfeitos”, diz diretor

6 de novembro de 2025 - 19:30

Mesmo com ROE de 15,5%, o diretor financeiro, Ricardo Moura, afirma que está “insatisfeito” e mapeia as alavancas para entregar retornos maiores

BALANÇO

Magazine Luiza (MGLU3) tem lucro quase 70% menor no 3T25 e CFO culpa a Selic: “ainda não estamos imunes”

6 de novembro de 2025 - 18:55

A varejista registrou lucro líquido ajustado de R$ 21 milhões entre julho e setembro; executivo coloca o desempenho do período na conta dos juros elevados

ENTREVISTA EXCLUSIVA

“Estamos vivendo um filme de evolução”, diz CFO da Espaçolaser (ESPA3). Receita e Ebitda crescem, mas 3T25 ainda é de prejuízo

6 de novembro de 2025 - 18:51

A rede de depilação fechou o trimestre no vermelho, mas o diretor Fabio Itikawa vê 2025 como um ano de reconstrução: menos dívida, mais caixa e expansão apoiada em franquias

BOLETIM AZUL

Cogna (COGN3) acerta na lição de casa no 3T25 e atinge menor alavancagem em 7 anos; veja os destaques do balanço

6 de novembro de 2025 - 18:11

A companhia atribui o resultado positivo do terceiro trimestre ao crescimento e desempenho sólido das três unidades de negócios da empresa: a Kroton, a Vasta e a Saber

DEPOIS DO BALANÇO DO 3T25

Axia (ELET3): após o anúncio de R$ 4,3 bilhões em dividendos, ainda vale comprar a ação da antiga Eletrobras?

6 de novembro de 2025 - 17:27

Bancos consideraram sólido o desempenho da companhia no terceiro trimestre, mas um deles alerta para a perda de valor do papel; saiba o que fazer agora

ESCRITÓRIOS MAIORES

Adeus home office: Nubank (ROXO34) volta ao escritório por “custos invisíveis”; funcionários terão tempo para se adaptar ao híbrido

6 de novembro de 2025 - 16:10

O Nubank se une a diversas empresas que estão chamando os funcionários de volta para os escritórios

NÃO VAI TER CHURRASCO

Minerva (BEEF3) tem receita líquida e Ebitda recordes no 3T25, mas ações desabam na bolsa. Por que o mercado torce o nariz para o balanço?

6 de novembro de 2025 - 14:21

Segundo o BTG Pactual, com um trimestre recorde para a Minerva, o que fica na cabeça dos investidores é: o quão sustentável é esse desempenho?

INJEÇÃO DE LUCRO

Rede D’Or (RDOR3) brilha com lucro 20% acima das expectativas, ação é a maior alta da bolsa hoje e ainda pode subir mais

6 de novembro de 2025 - 12:13

No segmento hospitalar, a empresa vem conseguindo manter uma alta taxa de ocupação dos leitos, mesmo com expansão

MEGABAIRRO EM SÃO PAULO

Vai caber tudo isso na Raposo Tavares? Maior empreendimento imobiliário do Brasil prepara “cidade própria”, mas especialistas alertam para riscos

6 de novembro de 2025 - 10:33

Reserva Raposo prevê 22 mil moradias e até 80 mil moradores até 2030; especialistas alertam para mobilidade, infraestrutura e risco de sobrecarga urbana

VALE A PENA?

iPhone, iPad, MacBook e mais: Black Friday da iPlace tem produtos da Apple com até 70% de desconto, mas nem tudo vale a pena

6 de novembro de 2025 - 9:27

Rede autorizada Apple anuncia descontos em iPhones, MacBooks, iPads e acessórios, mas valores finais ainda exigem avaliação de custo-benefício

BALANÇO

Banco ABC Brasil (ABCB4) corta guidance e adota tom mais cauteloso para 2025, mesmo com lucro e rentabilidade em alta no 3T25

6 de novembro de 2025 - 8:56

O banco entregou mais um trimestre previsível, mas decidiu ajustar as metas para o ano; veja os principais números do resultado

SAIBA O QUE ESPERAR

O melhor está por vir para a Petrobras (PETR4)? Balanço do 3T25 pode mostrar que dividendo de mais de R$ 10 bilhões é apenas o começo

6 de novembro de 2025 - 7:03

A produção de petróleo da estatal deve seguir subindo, de acordo com bancos e corretoras, abrindo caminho para novas distribuições robustas de proventos aos acionistas

QUE PAÍS É ESSE?

Empreender na América Latina exige paciência, mas o país menos burocrático da região vai deixar você de queixo caído

5 de novembro de 2025 - 15:48

Estudo internacional mostra que este país reduziu o tempo para abrir empresas e agora lidera entre os países latino-americanos, enquanto outro enfrenta o maior nível de burocracia

MAIS UM ADEUS À B3

Serena Energia (SRNA3) está mais perto de se unir à lista de empresas que deram adeus à bolsa, após Ventos Alísios comprar 65% da empresa

5 de novembro de 2025 - 14:35

A operação é resultado do leilão realizado no âmbito da oferta pública de aquisição (OPA) para fechamento de capital e saída da Serena do segmento Novo Mercado da B3

ABUSE E USE

C&A (CEAB3) dá close no Ibovespa: ações figuram entre as maiores altas do dia, e bancos apontam a tendência do 4T25

5 de novembro de 2025 - 14:01

A expectativa é de que a C&A continue reduzindo a diferença em relação à sua maior concorrente, a Lojas Renner — e os números do terceiro trimestre de 2025 mostram isso

HAJA SAÚDE

RD Saúde (RADL3), dona da Raia e Drogasil, é vítima do próprio sucesso: ação chegou a ser a maior queda do Ibovespa e agora se recupera do tombo

5 de novembro de 2025 - 13:45

Receita com medicamentos como Ozempic e Mounjaro engordou os resultados da rede de farmácias, mas essas vendas podem emagrecer quando genéricos chegarem ao mercado

RÉGUA LÁ EM CIMA

Itaú (ITUB4) não quer juros altos e seguirá com ROE acima de 20%, diz CEO: “A barra subiu faz tempo”

5 de novembro de 2025 - 11:58

Milton Maluhy Filho afirma que o banco segue confortável com o atual nível de rentabilidade e projeta cortes na Selic a partir de 2026; veja o que esperar daqui para frente

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar