Com janela de IPOs fechada na B3, Oceânica fecha captação de mais de R$ 2 bilhões com bonds em dólar no exterior
A própria Oceânica chegou a iniciar os estudos para realizar um IPO na bolsa brasileira em janeiro deste ano
A temporada de seca não se estende apenas ao território físico nacional, mas também para a bolsa brasileira. Sem novas ofertas iniciais de ações (IPOs, na sigla em inglês), as companhias buscam outras formas de se capitalizar, como é o caso da Oceânica Engenharia.
A empresa de prospecção de óleo e gás comunicou ao mercado nesta quinta-feira (26) a oferta de US$ 375 milhões (R$ 2,054 bilhões, nas cotações atuais) em títulos (bonds) no exterior por meio da sua subsidiária Oceanica Lux.
Assim, os títulos terão vencimento em 2029, remunerando os acionistas à taxa de cupom de 13% ao ano, garantidas pela própria Oceânica e suas subsidiárias.
Segundo o comunicado da empresa, os recursos captados por meio desses títulos serão voltados para o refinanciamento das obrigações da companhia, além de usos corporativos gerais. Por último, a liquidação dos bonds está prevista para acontecer na próxima quarta-feira (2).
Contudo, a oferta não será destinada ao público em geral. Apenas os investidores institucionais qualificados — e do exterior — poderão participar da nova emissão.
- Veja projeção de rendimento de R$ 5 mil em um ano. Ferramenta te ajuda a simular a melhor estratégia de investimentos para sua carteira. Confira aqui
Oceânica e o mercado brasileiro
A própria Oceânica chegou a iniciar os estudos para realizar um IPO na bolsa brasileira em janeiro deste ano. A empresa pretendia fazer uma oferta primária voltada para o caixa e uma secundária para a saída ou diminuição de algum acionista.
Leia Também
A construtora chegou a contratar bancos para organizar a oferta, e nomes como o BTG, Itaú BBA, UBS BB, Bradesco BBI, Santander e Banco ABC se mostraram dispostos a ajudar com o IPO. À época, a operação mirava em uma captação de R$ 1 bilhão.
De acordo com os resultados mais recentes, referentes ao segundo trimestre, a Oceânica tinha um ativo total de R$ 2,234 bilhões. No campo dos resultados, a empresa registrou prejuízo líquido de R$ 61,1 milhões no período, totalizando perdas de R$ 97,557 milhões no primeiro semestre de 2024.
A receita líquida caiu 22,9% em relação ao segundo trimestre de 2023 enquanto o Ebitda (medida utilizada pelo mercado para avaliar a geração de caixa de uma empresa) caiu 79,8% no mesmo intervalo.
Segundo a Oceânica, os resultados do período foram afetados principalmente pela decisão da empresa de antecipar a manutenção das máquinas e estruturas (docagem) dos complexos Oceanicasub VI e Oceanicasub XIII.
“Também tivemos atrasos no início de operação do Oceanicasub X por conta da greve dos servidores do Ibama que impossibilitou que a embarcação fosse inspecionada”, diz a companhia.
O culpado da seca de IPOs na bolsa
Quem afetou as ofertas de ações e os mercados financeiros no geral no começo de 2024 foi o próprio Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos).
Isso porque os investidores esperavam que o BC norte-americano começasse a cortar as taxas em março — o que só veio a acontecer em setembro deste ano.
Assim, há chances de que a bolsa saia dessa maré baixa de IPOs agora que o Fed já sinalizou que novos cortes nas taxas de juros estão a caminho.
2026 será o ano do Banco do Brasil (BBAS3)? Safra diz o que esperar e o que fazer com as ações
O Safra estabeleceu preço-alvo de R$ 25 para as ações, o que representa um potencial de valorização de 17%
Hasta la vista! Itaú (ITUB4) vende ativos na Colômbia e no Panamá; entenda o plano por trás da decisão
Itaú transfere trilhões em ativos ao Banco de Bogotá e reforça foco em clientes corporativos; confira os detalhes da operação
Virada de jogo para a Cosan (CSAN3)? BTG vê espaço para ação dobrar de valor; entenda os motivos
Depois de um ano complicado, a holding entra em 2026 com portfólio diversificado e estrutura de capital equilibrada. Analistas do BTG Pactual apostam em alta de 93% para CSAN3
Atraso na entrega: empreendedores relatam impacto da greve dos Correios às vésperas do Natal
Comunicação clara com clientes e diversificação de meios de entregas são estratégias usadas pelos negócios
AUAU3: planos da Petz (PETZ3) para depois da fusão com a Cobasi incluem novo ticker; confira os detalhes
Operação será concluída em janeiro, com Paulo Nassar no comando e Sergio Zimerman na presidência do conselho
IPO no horizonte: Aegea protocola pedido para alterar registro na CVM; entenda a mudança
A gigante do saneamento solicitou a migração para a categoria A da CVM, passo que abre caminho para uma possível oferta pública inicial
Nelson Tanure cogita vender participação na Alliança (ALLR3) em meio a processo sancionador da CVM; ações disparam na B3
Empresa de saúde contratou assessor financeiro para estudar reorganização e possíveis mudanças no controle; o que está em discussão?
Pílula emagrecedora vem aí? Investidores esperam que sim e promovem milagre natalino em ações de farmacêutica
Papéis dispararam 9% em Nova York após agência reguladora aprovar a primeira pílula de GLP-1 da Novo Nordisk
AZUL4 dá adeus ao pregão da B3 e aérea passa ter novo ticker a partir de hoje; Azul lança oferta bilionária que troca dívidas por ações
Aérea pede registro de oferta que transforma dívida em capital e altera a negociação dos papéis na bolsa; veja o que muda
Hapvida (HAPV3) prepara ‘dança das cadeiras’ com saída de CEO após 24 anos para tentar reverter tombo de 56% nas ações em 2025
Mudanças estratégicas e plano de sucessão gerencial será implementado ao longo de 2026; veja quem assume o cargo de CEO
Magazine Luiza (MGLU3) vai dar ações de graça? Como ter direito ao “presente de Natal” da varejista
Acionistas com posição até 29 de dezembro terão direito a novas ações da varejista. Entenda como funciona a operação
Tupy (TUPY3) azeda na bolsa após indicação de ministro de Lula gerar ira de conselheiro. Será mais um ano para esquecer?
A indicação do ministro da Defesa para o conselho do grupo não foi bem recebida por membros do colegiado; entenda
Santander (SANB11), Raia Drogasil (RADL3), Iguatemi (IGTI11) e outras gigantes distribuem mais de R$ 2,3 bilhões em JCP e dividendos
Santander, Raia Drogasil, JHSF, JSL, Iguatemi e Multiplan somam cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos, com pagamentos previstos para 2025 e 2026
Eztec (EZTC3) renova gestão e anuncia projeto milionário em São Paulo
Silvio Ernesto Zarzur assume nova função na diretoria enquanto a companhia lança projeto de R$ 102 milhões no bairro da Mooca
Dois bancos para lucrar em 2026: BTG Pactual revela dupla de ações que pode saltar 30% nos próximos meses
Para os analistas, o segmento de pequenos e médios bancos concentra oportunidades interessantes, mas também armadilhas de valor; veja as recomendações
Quase 170% em 2025: Ação de banco “fora do radar” quase triplica na bolsa e BTG vê espaço para mais
Alta das ações em 2025 não encerrou a tese: analistas revelam por que ainda vale a pena comprar PINE4 na bolsa
Tchau, B3! Neogrid (NGRD3) pode sair da bolsa com OPA do Grupo Hindiana
Holding protocolou oferta pública de aquisição na CVM para assumir controle da Neogrid e cancelar seu registro de companhia aberta
A reorganização societária da Suzano (SUZB3) que vai redesenhar o capital e estabelecer novas regras de governança
Companhia aposta em alinhamento de grupos familiares e voto em bloco para consolidar estratégia de longo prazo
Gafisa, Banco Master e mais: entenda a denúncia que levou Nelson Tanure à mira dos reguladores
Uma sequência de investigações e denúncias colocou o empresário sob escrutínio da Justiça. Entenda o que está em jogo
Bilionária brasileira que fez fortuna sem ser herdeira quer trazer empresa polêmica para o Brasil
Semanas após levantar US$ 1 bilhão em uma rodada de investimentos, a fundadora da Kalshi revelou planos para desembarcar no Brasil
