Iguatemi (IGTI11) quer despejar Americanas (AMER3) de um dos principais shoppings de luxo de São Paulo
A companhia foi à Justiça contra o atraso no pagamento de aluguéis e pede, além do despejo, R$ 2,98 milhões para a causa*
Presente entre os lojistas do Iguatemi São Paulo há 43 anos, a Americanas (AMER3) ocupa um dos espaços mais cobiçados dentro do empreendimento, que é um principais shoppings voltados à classe A do país.
Mas a varejista corre o risco de ter que deixar o ponto em breve caso a Iguatemi (IGTI11), que é dona de 58,8% do ativo, saia vitoriosa de uma ação de despejo movida contra a companhia.
De acordo com o processo obtido pelo Seu Dinheiro, a Iguatemi foi à Justiça contra o atraso no pagamento de aluguéis e pede, além do despejo, R$ 2,98 milhões para a causa. A cifra corresponde a doze vezes o valor previsto no contrato de locação.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Vale destacar que na lista de débitos divulgada pela companhia em janeiro do ano passado dentro do processo de recuperação judicial aparece uma dívida de R$ 741,8 mil com o condomínio Shopping Center Iguatemi.
Prateleiras vazias e desempenho abaixo: os argumentos contra a varejista
Além da inadimplência, os advogados do condomínio citam outros descumprimentos contratuais por parte da Americanas.
Um deles seriam as prateleiras vazias e desorganizadas. O contrato prevê que a varejista deve manter permanentemente em estoque "mercadorias de qualidade, espécie e preço".
Leia Também
Mas, segundo o processo, que inclui vídeos e fotos da unidade, a loja do Iguatemi São Paulo "tem estado desabastecida de produtos, com prateleiras vazias, denotando ausência de estoque de mercadorias para atendimento à demanda do público frequentador".
Já a Americanas afirmou que as prateleiras ficaram vazias apenas em "dias notoriamente excepcionais" e de consumo elevado, incluindo as temporadas de Black Friday e Natal, e foram preenchidas em tempo adequado.
Outro argumento para o despejo utilizado pela Iguatemi é que as vendas da Americanas vem caindo e apresentando um "desempenho muitíssimo inferior aos demais lojistas". "Em comparativo com o ano de 2013, as vendas da ré no ano de 2023 caíram 26%, e o ano de 2024 segue no mesmo caminho".
"Em resumo, uma loja desabastecida prejudica não apenas o mix do shopping e sua imagem perante os clientes, mas também no equilíbrio financeiro do contrato de locação, posto que baixas vendas representam menor base de cálculo para o aluguel percentual devido ao locador", dizem os advogados.
- Ibovespa 137 mil pontos? Veja as 10 ações mais recomendadas para investir com a onda de otimismo da bolsa, segundo o BTG Pactual.
A fila pelo ponto da Americanas (AMER3)
Segundo apurou o jornal Valor Econômico, a única dívida da varejista com a companhia faz parte do processo de recuperação judicial da Americanas. E, portanto, teria que seguir o cronograma de pagamento do plano aprovado pelos credores em dezembro do ano passado.
Mas, de acordo com as fontes ouvidas pelo jornal, a ação visa principalmente retomar o ponto para locá-lo novamente.
A área em questão está bem próxima à entrada do empreendimento que é voltada para a Avenida Faria Lima. A região é considerada o coração financeiro de São Paulo e atrai o interesse de diversos varejistas locais e estrangeiros.

Ainda segundo as fontes consultadas pelo jornal, marcas internacionais em busca de um ponto para estrear no Brasil estariam dispostas a pagar mais caro do que o valor atual do contrato com a Americanas para ficar com o espaço.
Vale destacar que o Iguatemi São Paulo é o carro-chefe da companhia de shoppings quando se trata dos ganhos com aluguéis.
O balanço do segundo trimestre mostra que o empreendimento arrecadou R$ 167,1 milhões no primeiro semestre deste ano. A cifra é mais que o dobro da registrada pelo segundo maior ativo do portfólio no mesmo quesito, o JK Iguatemi.
Procurada pelo Seu Dinheiro, a Iguatemi informou que não comenta processos em andamento. Já a Americanas destacou "que segue pagando seus fornecedores rigorosamente em dia e sem atrasos".
"A companhia informa que a unidade localizada no shopping em questão segue operando normalmente e que já apresentou defesa contra a ação mencionada. A Americanas reitera que os créditos concursais referentes à recuperação judicial estão devidamente endereçados no cronograma de pagamentos já em execução", diz a nota enviada pela varejista ao portal.
*Correção: ao contrário do que informava a versão anterior da linha fina, o valor da dívida da Americanas não é de R$ 2,98 milhões. Essa é a cifra atribuída pela Iguatemi à ação.
Bancos oferecem uma mãozinha para socorrer os Correios, mas proposta depende do sinal verde do Tesouro Nacional
As negociações ganharam fôlego após a entrada da Caixa Econômica Federal no rol de instituições dispostas a emprestar os recursos
Mais de R$ 9 bilhões em dividendos e JCP: Rede D’Or (RDOR3) e Engie (EGIE3) preparam distribuição de proventos turbinada
Os pagamentos estão programados para dezembro de 2025 e 2026, beneficiando quem tiver posição acionária até as datas de corte
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento