Guerra no Oriente Médio: o que está em jogo agora pode mudar de vez o mercado de petróleo. Como fica a ação da Petrobras (PETR4)? A resposta não é óbvia
A guerra ganhou novos contornos com o ataque do Irã a Israel na terça-feira (01). Especialistas acreditam que, dessa vez, o mercado não vai ignorar a implicância dos riscos geopolíticos para o petróleo; saiba se é hora de colocar os papéis da Petrobras na carteira para aproveitar esse avanço
Quando a Rússia entrou em guerra com a Ucrânia, o mercado de petróleo logo acusou o golpe: os preços dispararam temendo cortes no fornecimento de um dos maiores produtores do mundo. Quase três anos após a invasão, essa realidade não se confirmou. Depois veio o ataque do Hamas a Israel. Mais uma vez, as cotações dispararam, mas a produção da commodity se manteve. Agora, o cenário pode ser outro.
A guerra no Oriente Médio ganhou novos contornos com o ataque do Irã a Israel — e especialistas acreditam que o jogo pode mudar de vez para o mercado de petróleo.
O ataque do Irã contra Israel aconteceu em retaliação ao recente assassinato do líder do Hezbollah Hassan Nasrallah e de um comandante iraniano no Líbano.
A tese agora é de que os cerca de 200 mísseis lançados na terça-feira (01) pelo Irã desencadeie uma resposta ainda mais pesada de Israel, colocando na mira a infraestrutura de petróleo de Teerã. O Irã é um dos principais produtores de petróleo do mundo, à frente, por exemplo, do Brasil e do México.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? Enzo Pacheco participa de entrevista no SD Select e libera uma carteira gratuita com 10 ações americanas para comprar agora. Clique aqui e acesse.
A escalada da guerra patrocina a alta do petróleo
O último ataque de mísseis do Irã ocorreu após o envio de tropas terrestres de Israel para o sul do Líbano, intensificando a ofensiva contra o Hezbollah — grupo militante apoiado pelo Irã.
A maioria dos cerca de 200 mísseis lançados foi interceptada pelas defesas israelenses e dos EUA, e não houve fatalidades relatadas em Israel como resultado do ataque.
Leia Também
Os preços do petróleo subiram mais de 5% após o evento, antes desacelerar para uma alta de 2% no início desta manhã. Agora, o Brent — referência global — está sendo negociado com ganho de 0,35% e o WTI, dos EUA, de +0,44%.
Os analistas, no entanto, acreditam que o novo capítulo do conflito no Oriente Médio pode mudar o jogo de um mercado que já operava fatigado por questões geopolíticas, ignorando as guerras entre Rússia e Ucrânia e entre Israel e o Hamas.
Isso porque a infraestrutura de petróleo iraniana pode em breve se tornar um alvo para Israel como uma contramedida.
"O conflito no Oriente Médio pode finalmente impactar o fornecimento de petróleo", disse Saul Kavonic, analista sênior de energia da MST Marquee. "O escopo para uma interrupção material no fornecimento de petróleo é agora iminente."
De acordo com Kavonic, até 4% do fornecimento global de petróleo está em risco, já que o conflito agora envolve diretamente o Irã, e um ataque ou sanções mais rígidas podem elevar os preços para US$ 100 por barril novamente.
Selic em alta e risco fiscal no radar, ainda vale a pena investir em ações?
Chegou a hora de comprar Petrobras (PETR4)?
Diante da possibilidade de os preços do petróleo terem potencial para voltar à casa dos US$ 100 o barril, parece uma boa ideia comprar as ações da Petrobras (PETR4) agora, certo?
Os papéis subiram mais de 2% ontem, figurando entre as maiores altas do Ibovespa depois do ataque do Irã a Israel, e hoje continuam avançando, com ganhos superiores a 1%.
- Ação de petróleo pode saltar até 89% (não é PETR4): BTG Pactual revela 5 motivos para investir neste papel agora – veja de graça
Para o analista da Empiricus Research, Ruy Hungria, no entanto, comprar Petrobras agora não é a melhor opção para quem quer ter exposição ao setor de petróleo e gás.
Hungria reconhece o potencial que a escalada dos conflitos no Oriente Médio tem na disparada dos preços do petróleo — embora alerte que não é possível prever o valor que o barril pode chegar. Ele, no entanto, chama atenção para outros riscos que envolvem a Petrobras neste momento.
“A escalada de conflitos no Oriente Médio é sinônimo de petróleo em alta e essa é uma boa notícia para a Petrobras. No entanto, dado os riscos políticos no Brasil, a melhor opção para quem quer ter exposição ao setor de petróleo e gás é a Prio (PRIO3)”, afirma.
O analista da Empiricus chama atenção ainda para a decisão de produção da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep) e seus aliados. O grupo conhecido como Opep+ tem reunião marcada para amanhã e, segundo a Reuters, deve manter o aumento de oferta planejado para dezembro.
“É importante ter em mente que uma alta dos preços do petróleo pode fazer a Opep+ abrir a torneira do petróleo um pouco mais sem correr o risco de desequilíbrio do mercado. Muitos países do grupo estão querendo ampliar a produção dentro da aliança há algum tempo”, disse Hungria.
*Com informações da CNBC
O golpe do cashback: como consultores aproveitaram uma falha no sistema para causar prejuízo milionário à Natura (NATU3)
Uma fraude sofisticada, que explorava falhas no sistema de cashback e distribuição de brindes da Natura, causou um prejuízo estimado em R$ 6 milhões à gigante brasileira de cosméticos
‘Ultra-hard-discount’: Como funciona o modelo de desconto extremo do atacarejo que vai desembarcar no Brasil em breve
Rede russa Vantajoso promete revolucionar o varejo alimentar brasileiro com o modelo ultra-hard-discount, que aposta em lojas compactas, margens mínimas e preços ainda mais baixos que os atacarejos
Embraer (EMBJ3): “Acionistas não devem esperar o pagamento de dividendos adicionais”, diz CEO; tarifaço também preocupa investidores, e ações caem
Ações estão em queda hoje depois da divulgação de resultados da fabricante de aeronaves. Tarifaço e dividendos afetam as ações EMBJ3
O que a Vale (VALE3) disse à CVM sobre o pagamento de dividendos extraordinários
Questionada pela CVM, a mineradora respondeu sobre o que pode levá-la a pagar dividendos extraordinários no último trimestre do ano
Itaú Unibanco (ITUB4) deve entregar mais um trimestre previsível — e é exatamente isso que o mercado quer ver no 3T25
Enquanto concorrentes tentam lidar com carteiras mais arriscadas e provisões pesadas, o Itaú deve entregar previsibilidade e rentabilidade acima dos 20%; veja o que os analistas esperam para o balanço
Por que a XP reduziu as projeções para Prio (PRIO3), Brava (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3) às vésperas dos resultados do 3T25
A XP alerta que os principais riscos incluem queda do Brent abaixo de US$ 65 por barril e fatores específicos de cada empresa
BB Seguridade (BBSE3) supera expectativas com lucro de R$ 2,6 bilhões; confira os números
No ano, a seguradora do Banco do Brasil (BBAS3) vive questionamentos por parte do mercado em meio à queda dos prêmios da BrasilSeg, também agravada pela piora do agronegócio
Quando começa a Black Friday? Confira a data das promoções e veja como se preparar
Black Friday 2025 começa oficialmente em 28 de novembro, mas promoções já estão no ar em gigantes do e-commerce; veja o calendário e se programe
Apple (AAPL), Amazon (AMZN) e outras: o que esperar das Sete Magníficas depois do balanço e como investir
Entre as sete, apenas uma, a Nvidia, ainda não divulgou seus resultados trimestrais: os números devem sair no dia 19 de novembro
No topo, o único caminho é para baixo: BTG corta recomendação da Marcopolo (POMO4) para neutro
Na visão do banco, o terceiro trimestre mostrou margens fortes com melhora do mix doméstico e contribuição relevante de ônibus elétricos. Apesar disso, o guidance da administração sugere que o trimestre marcou o pico de rentabilidade de 2025
Grupo Toky (TOKY3) quer reduzir a dívida com aumento de capital — mas ainda falta o aval dos acionistas; entenda o que está em jogo
Após concluídas, as operações devem reduzir as dívidas da empresa dona das marcas Tok&Stok e Mobly em aproximadamente R$ 212 milhões
Renault anuncia que grupo chinês Geely, dono da Volvo, comprará 26,4% da sua operação no Brasil, com fortalecimento das montadoras chinesas no país
A Renault do Brasil ficará responsável por distribuir o portfólio elétrico e híbrido da Geely no país, abrindo novas oportunidades em vendas, financiamento e serviços
Ele serve café, limpa janelas e aprende sozinho: robô do futuro entra em pré-venda, mas ainda sem previsão de chegar ao Brasil
Após quase uma década de desenvolvimento, empresa de robótica 1X lança o humanoide Neo, capaz de realizar tarefas domésticas e aprender com o tempo
EMBR3 vai ‘sumir’ da B3 hoje. Entenda o que acontece com as ações da Embraer nesta segunda-feira
A Embraer estreia nesta sessão os novos códigos de negociação nas bolsas do Brasil e dos EUA; veja como ficam os novos tickers
O que a Raízen (RAIZ4) pretende consolidar com a reorganização societária recém-aprovada pelos acionistas
Primeira etapa do plano aprovado por unanimidade envolve a cisão parcial da Bioenergia Barra, cuja parcela patrimonial será incorporada pela Raízen Energia
Azul (AZUL4) anuncia acordo global com credores e apresenta plano revisado de reestruturação
Azul (AZUL4) qualifica acordo com credores como um passo significativo no âmbito do processo de recuperação judicial iniciado em julho nos Estados Unidos
Reorganização na Porto Seguro (PSSA3) abrange incorporação de empresas e acordo com o BTG Pactual
Em fato relevante, Porto Seguro (PSSA3) afirma que objetivo de reorganização interna aprovada ontem em assembleia extraordinária é simplificar sua estrutura de negócios
Por que o BB Investimentos resolveu cortar o preço-alvo da MRV (MRVE3) às vésperas do balanço do terceiro trimestre?
Segundo analistas do banco, a base forte de comparação com o terceiro trimestre do ano passado é um elemento por trás na revisão do preço-alvo; recomendação ainda é de compra
Zuckerberg sai do top 3 e vê Bezos e Page ultrapassarem sua fortuna
A fortuna do criador do Facebook encolheu R$ 157 bilhões em um único dia, abrindo espaço para Jeff Bezos e Larry Page no pódio dos bilionários
Lemann, cerveja e futebol: Dona da Ambev desbanca a Heineken e fatura a Champions League
AB InBev vai substituir a Heineken como patrocinadora do principal campeonato de futebol da Europa por € 200 milhões por ano