Gerdau compra controle total da Gerdau Summit, por US$ 32,6 milhões; entenda a estratégia por trás disso
Valor da aquisição será pago à vista, com recursos próprios até o fechamento da transação, previsto para o início de 2025
A Gerdau (GGBR4) desembolsou US$ 32,6 milhões pelas participações restantes do Gerdau Summit, de aços fundidos e forjados, que pertenciam a Sumitomo Corporation (39,53%) e The Japan Steel Works (1,74%). Com isso, a gigante brasileira passa a deter a totalidade do capital social da companhia.
O valor da aquisição será pago à vista, com recursos próprios até o fechamento da transação, previsto para o início de 2025, depois da aprovação de órgãos reguladores.
Com capacidade de produzir 40 milhões de toneladas de aços fundidos e forjados, a Gerdau Summit está localizada em Pindamonhangaba (SP) e atende setores como aço, alumínio, sucroalcooleiro e energia. Com a compra do controle, a ideia é que a Gerdau aumente a sinergia dos negócios que já possui e amplie a oferta de produtos de maior valor agregado.
Esforço concentrado
A estratégia da Gerdau inclui um maior controle de suas operações estratégicas de olho em setores com maior potencial de inovação, como é o caso do uso da energia eólica para produção dentro e fora do Brasil. Assim, a companhia consegue direcionar os esforços para diversificar as apostas em tecnologias avançadas em aços, como bem entender.
Também acaba sendo um reflexo do esforço de concentrar as atenções em menos ativos. Em janeiro deste ano, em um movimento contrário ao da recém-aquisição, a Gerdau surpreendeu o mercado ao se desfazer de ativos -- depois de anos de um processo de desalavancagem e desinvestimentos.
Na época, vendeu seu total da participação em duas joint ventures com atuação na Colômbia, República Dominicana, Panamá e Costa Rica. Com isso, o Grupo Inicia, sócio da siderúrgica brasileira em ambos os negócios, ficou com os 49,85% da Diaco e os 50% da Gerdau Metaldom Corp.
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As ações da Gerdau estavam sendo negociadas a R$ 19,42, por volta das 11h30 desta quinta, queda de 1%.
Maior competitividade, menor custo
A aquisição de hoje também foi um dos movimentos de readequação das operações da empresa no Brasil em busca de maior competitividade aliada à disciplina na gestão de custos, fórmula que tem levado à melhora da eficiência operacional.
No terceiro trimestre deste ano, a Gerdau registrou um Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de R$ 3 bilhões, com margem Ebitda ajustada de 17,4%. “Destaco que o Ebitda e a margem Ebitda da Operação de Negócio Brasil no período entre julho e setembro tiverem o melhor desempenho dos últimos oito trimestres”, disse Rafael Japur, CFO da Gerdau, no último balanço publicado pela companhia.
O lucro líquido ajustado no período foi de R$ 1,4 bilhão, enquanto a receita líquida somou R$ 17,4 bilhões e as vendas físicas de aço alcançaram 2,8 milhões de toneladas.
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Quando a Gerdau vai pagar dividendos
Vale lembrar que falta pouco para o pagamento de dividendos da Gerdau e da Metalúrgica Gerdau para quem tinha ações da companhia até 18 de novembro. As duas vão pagar dividendos nos dias 16 e 17 de dezembro de 2024, respectivamente.
A Gerdau anunciou a distribuição de dividendos no valor de aproximadamente R$ 751,2 milhões, sendo R$ 619,3 milhões destinados aos acionistas da Gerdau (R$ 0,30 por ação) e R$ 131,9 milhões para os detentores de ações da holding Metalúrgica Gerdau (R$ 0,13 por ação).
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