Fim do sigilo: Light (LIGT3) revela os segredos da negociação com credores
A empresa de energia abriu nesta quinta-feira (21) os detalhes das propostas que estiveram sobre a mesa desde novembro do ano passado; confira os principais pontos

O fim de um acordo de confidencialidade entre a Light (LIGT3) e seus credores levou à divulgação, nesta quinta-feira (21), dos termos e condições propostas pela companhia para a reestruturação de dívidas.
A empresa, atualmente em recuperação judicial, tem negociado os termos da RJ nos últimos meses. A Light chegou a apresentar um plano para pagar as dívidas, que somam R$ 11 bilhões, em julho do ano passado, mas ele não foi bem recebido por todos os credores.
Desde então, a companhia reajusta os termos, mas chegou a negar, em dezembro, que ainda não havia uma nova versão. Agora, a empresa de energia deu mais detalhes sobre as discussões com os detentores das dívidas, especialmente as ligadas a debêntures e bonds.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
Os principais consensos e onde mora a discórdia
As condições de renegociação com os credores da Light envolvem oito pontos. Há consenso para quatro deles, como aumento de capital e ausência de deságio, e outros quatro ainda estão pendentes, incluindo a taxa da nova dívida e o preço de conversão em ações.
Um dos pontos mais importantes da negociação é o aumento de capital. A Light propôs R$ 1,5 bilhão, com a condição de que Nelson Tanure, Ronaldo Cézar Coelho e Beto Sicupira — os três acionistas de referência da companhia — respondendo por R$ 1 bilhão desse total.
Segundo os documentos apresentados hoje, esse item da proposta não mudou, mantendo a warrant de duas ações adicionais para cada nova ação.
Leia Também
Não há consenso, no entanto, sobre o preço da conversão: a Light defende a média de cotação de 45 dias, enquanto os credores, querem a ação emitida ao preço médio de 360 dias, com desconto de 15%.
A queda de braço da Light com os credores
Jogando mais luz sobre os documentos que até então eram confidenciais também é possível encontrar mais pontos de embate entre a Light e os credores.
A companhia propôs, por exemplo, uma conversão de 40% do volume de debêntures. Os credores pediram 25% e, finalmente, aceitaram 30%.
Outra queda de braço entre a Light e os credores aparece na linha de prazo da dívida. Os debenturistas aceitaram o prazo final da nova dívida em oito anos e o médio, em torno de cinco anos.
Mas não há acordo sobre as taxas. Enquanto a Light ofereceu 3,5% nos bonds e IPCA mais 4% para as debêntures, a Moelis — que presta assessoria financeira nas negociações da dívida da companhia — propôs IPCA mais 7,5%.
Há ainda uma terceira proposta na mesa, no qual a Light oferece taxa de 5%, mas ainda não há consenso.
No caso dos credores de fora do grupo de apoiadores, a Light propôs inicialmente IPCA mais 2%, mas acabou elevando a oferta para 3%. Do lado dos credores, houve um pedido de inflação mais 5% e depois uma contraproposta de 3% em dólar.
Mais uma vez, o prazo para esse grupo é consensual: média de oito anos, podendo chegar até 12 anos.
Vale lembrar que a divulgação do documento é uma formalidade e significa que não houve um acordo final sobre a reestruturação da dívida da Light, portanto, as negociações estão em andamento e podem sofrer mudanças.
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real
Bradesco (BBDC4) surpreende, mas o pior ficou para trás na Cidade de Deus? Mercado aumenta apostas nas ações e diretor revela o que esperar
Ações disparam após balanço e, dentro da recuperação “step by step”, banco mira retomar níveis de rentabilidade (ROE) acima do custo de capital
Despedida da Wilson Sons (PORT3) da bolsa: controladora registra OPA; veja valor por ação
Os acionistas que detém pelo menos 10% das ações em circulação têm 15 dias para requerer a realização de nova avaliação sobre o preço da OPA
A Vamos (VAMO3) está barata demais? Por que Itaú BBA ignora o pessimismo do mercado e prevê 50% de valorização nas ações
Após um evento com os executivos, os analistas do banco reviram suas premissas e projetam crescimento de lucro para 2025 e 2026
A notícia que derruba a Braskem (BRKM5) hoje e coloca as ações da petroquímica entre as maiores baixas do Ibovespa
A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, e o empresário Nelson Tanure falaram sobre o futuro da companhia e preocuparam os investidores
T4F (SHOW3) propõe pagar R$ 1,5 milhão para encerrar processo sobre trabalho análogo à escravidão no Lollapalooza, mas CVM rejeita
Em 2023, uma fiscalização identificou que cinco funcionários da Yellow Stripe, contratada da T4F para o festival, estavam dormindo no local em colchonetes de papelão
Em meio ao ânimo com o Minha Casa Minha Vida, CEO da Direcional (DIRR3) fala o que falta para apostar mais pesado na Faixa 4
O Seu Dinheiro conversou com o CEO Ricardo Gontijo sobre a Faixa 4 do Minha Casa Minha Vida, expectativas para a empresa, a Riva, os principais desafios para a companhia e o cenário macro
Petrobras (PETR4) respira: ações resistem à queda do petróleo e seguem entre as maiores altas do Ibovespa hoje
No dia anterior, a estatal foi rebaixada por grandes bancos, que estão de olho das perspectivas para os preços das commodity
AgroGalaxy (AGXY3) reduz prejuízo no 1T25, mas receita despenca 80% em meio à recuperação judicial
Tombo no faturamento decorre do cancelamento da carteira de pedidos da safrinha de milho, tradicionalmente o principal negócio do período para distribuidoras de insumos agrícolas