Fim do imbróglio? O “acordo nuclear” da Eletrobras (ELET3) que pode resolver disputas com governo sobre a privatização — e faz as ações subirem forte na B3
A expectativa de negociação animou os investidores nesta quarta-feira (31) e colocam as ações ordinárias da Eletrobras (ELET3) entre as maiores altas da bolsa brasileira
A disputa do governo federal envolvendo a participação na Eletrobras (ELET3; ELET6) ganhou novos capítulos. E, pelo menos na visão do mercado, pode ganhar um desfecho positivo para ambos os lados.
Isso porque o governo Lula negocia um acordo para trocar parte das ações que detém na gigante do setor elétrico para assumir o controle da Eletronuclear, de acordo com informações do Estadão. A Eletrobras confirmou as negociações sobre a participação, mas não deu detalhes.
A negociação do “acordo nuclear” animou os investidores nesta quarta-feira (31). Às 12h45, as ações ordinárias da Eletrobras (ELET3) saltavam 4,47% (R$ 39,69) enquanto as preferenciais ELET6 subiam 3,56%, a R$ 43,92.
DIVIDENDOS: Veja 5 ações para comprar agora e buscar pagamentos extras na sua conta ainda em 2024
Eletronuclear: acordo ganha-ganha com o governo
Atualmente, a Eletrobras detém cerca de 35% das ações da Eletronuclear, que controla as usinas nucleares de Angra 1 e 2 e também deve construir a terceira, Angra 3.
Já a União, por meio da estatal ENBPar, possui os outros 65% da Eletronuclear. Com o possível acordo, a União assumiria 100% da Eletronuclear.
Leia Também
Além disso, o governo negocia aumentar a participação no conselho da Eletrobras e o recebimento de cerca de R$ 20 bilhões antecipados para reduzir encargos sobre a conta de luz.
Do lado da Eletrobras, a ideia de se desfazer da participação na Eletronuclear faz parte da estratégia da Eletrobras em concentrar esforços em energia renovável. Esse assunto também foi proposto pelo governo nas tratativas sobre o comando da empresa.
Outro fator importante é que a Eletrobras não quer desenvolver o projeto Angra 3, em razão do alto investimento necessário e à alta tarifa para tornar o projeto economicamente viável.
Vale lembrar que o projeto Angra 3 começou em 1980 e até hoje não foi finalizado. Segundo estimativas do Itaú BBA, a obra foi paralisada diversas vezes, com um gasto de quase R$ 8 bilhões.
Dessa forma, a visão do mercado é que a transferência da participação na Eletronuclear para o governo seria positiva para a Eletrobras.
Em um relatório divulgado no início do mês, os analistas do Itaú BBA ressaltaram como fatores positivos que os possíveis acordos resolveriam a disputa de votos entre o governo e a Eletrobras, incluindo a desobrigação pela construção de Angra 3.
Segundo informações do Estadão, para pagar pela participação na Eletronuclear, o governo deseja usar parte das ações da que detém na própria Eletrobras. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da Eletrobras, Ivan Monteiro, se reuniram nesta semana para discutir o preço dos papéis na negociação – o governo quer um deságio em relação às cotações atuais.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Eletrobras (ELET3) pede ao STF prorrogação das negociações com a União
A Eletrobras confirmou a discussão com o governo sobre a participação na Eletronuclear em fato relevante ao mercado nesta quarta-feira (31).
A ex-estatal informou que vai solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação por 45 dias, a partir de 1º de agosto de 2024, para que o governo e a Eletrobras cheguem a um acordo.
Lembrando que essa é apenas uma entre as várias pendências da privatização da Eletrobras, que ocorreu em 2022.
No ano passado, a União ingressou com uma ação direta de inconstitucionalidade contra o dispositivo do estatuto da ex-estatal que limita a 10% o poder de voto de qualquer acionista.
Com isso, o maior afetado pela medida tem sido o governo federal, que permaneceu com quase 47% das ações com direito a voto após a privatização da gigante do setor elétrico.
A empresa e a União discutem também a antecipação de recursos devidos à Conta de Desenvolvimento Energético e, por fim, a participação do governo nos conselhos de administração e fiscal da Eletrobras.
“A companhia reitera que deliberações eventualmente decorrentes dos trabalhos na CCAF [Câmara de Mediação e de Conciliação da Administração Pública Federal] serão submetidas à aprovação das instâncias de governança da Companhia, conforme previsto em seu Estatuto e na Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, inclusive de sua assembleia geral”, finalizou a destacou a companhia em comunicado enviado à CVM.
*Com informações do Estadão
Fitch elevou rating da Equatorial Transmissão e de suas debêntures; veja o que baseou essa decisão
Sem grandes projetos à vista, a expectativa é de forte distribuição de dividendos, equivalente a 75% do lucro líquido regulatório a partir de 2026, afirma a Fitch.
Correios vetam vale-natal de R$ 2,5 mil a funcionários, enquanto aguardam decisão da Fazenda
A estatal negocia uma dívida de R$ 20 bilhões com bancos e irá fazer um programa de desligamento voluntário
Por que o Itaú BBA acredita que há surpresas negativas na compra da Warner pela Netflix (NTFLX34)
Aquisição bilionária amplia catálogo e fortalece marca, mas traz riscos com alavancagem, sinergias e aprovação regulatória, diz relatório
3tentos (TTEN3): veja por que Bank of America, XP e BBA compartilham otimismo com a ação, que já avança 30% em 2025
Vemos a 3tentos como uma história de crescimento sólida no setor agrícola, com um forte histórico, como demonstrado pela sua expansão no MT nos últimos 4 anos, diz Bank of America
Petrobras (PETR4) diz que é “possível” assumir operação na Braskem, prepara projeto de transição energética e retomará produção de fertilizantes
A presidente da estatal afirmou que não há nada fechado, mas que poderia “exercer mais sinergias” entre a atividade de uma petroquímica, Braskem, com a de uma petroleira, a Petrobras
ANS nega recurso da Hapvida (HAPV3), e empresa terá de reapresentar balanço à agência com ajustes de quase R$ 870 milhões
A empresa havia contabilizado o crédito fiscal relacionado ao programa, que prevê a negociação com desconto de dívidas das empresas de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS)
Super ricaços na mira: Lifetime acelera a disputa por clientes que têm mais de R$ 10 milhões para investir e querem tratamento especial, afirma CEO
O CEO Fernando Katsonis revelou como a gestora pretende conquistar clientes ‘ultra-high’ e o que está por trás da contratação de Christiano Ehlers para o Family Office
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito
O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência
Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações
A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo