Cruzeiro do Sul (CSED3) vai às compras pela primeira vez desde o IPO, em negócio de R$ 171 milhões. Foi uma boa pedida?
De olho nos vestibulares de medicina, a companhia fechou a compra de 100% do Centro de Ensino de Pinhais — e BTG Pactual vê negócio com bons olhos; confira
Na noite da última quinta-feira (6), a Cruzeiro do Sul Educacional (CSED3) decidiu ir às compras — e anunciou sua primeira aquisição desde a abertura de capital (IPO), em 2021.
De olho nos vestibulares de medicina, a companhia fechou a compra de 100% do Centro de Ensino de Pinhais, por meio de sua subsidiária Positivo.
Localizado no Paraná, o Centro de Ensino de Pinhais possui um valor de firma (enterprise value) estimado de aproximadamente R$ 184,3 milhões, considerando as dívidas.
A cifra representa um pagamento de aproximadamente R$ 1,197 milhão por vaga autorizada ou R$ 1,002 milhão por vagas totais, considerando as autorizadas, Prouni e FIES.
Segundo fato relevante enviado à CVM, a transação representa um “importante passo para a CSED na região metropolitana de Curitiba”, já que permitirá a expansão da atuação da companhia para o lado leste da região.
“Além de reforçar sua presença em uma das principais capitais do país, a CSED ampliará a oportunidade de matrículas em medicina em seu concorrido vestibular na região”, disse a empresa.
Leia Também
Isso porque a transação acrescentará 154 vagas de medicina ao portfólio da Cruzeiro do Sul — em adição às 169 vagas já autorizadas no campus Ecoville da Universidade Positivo. Com isso, a operação da companhia em cursos de medicina subiu para 839 vagas.
As ações da Cruzeiro do Sul abriram em alta nesta sexta-feira (7). Por volta das 10h15, os papéis subiam 3,04%, negociados a R$ 4,07. No ano, os ativos ainda marcam desvalorização da ordem de 23%.
- 10 ações para investir neste mês: veja a carteira recomendada da analista Larissa Quaresma, baixando este relatório gratuito.
Quanto a Cruzeiro do Sul (CSED3) vai desembolsar na compra
Controlada da Cruzeiro do Sul (CSED3), a Positivo se comprometeu a pagar inicialmente cerca de R$ 171,25 milhões aos vendedores.
Desse total, aproximadamente R$ 161,25 milhões serão desembolsados na conclusão da operação, enquanto os R$ 10 milhões restantes serão pagos em até 10 dias úteis após a definição do valor do ajuste de preço, corrigidos pelo CDI.
A cifra ainda poderá ser acrescida de R$ 11,31 milhões, atualizada pela inflação (IPCA), em uma parcela adicional caso não haja contingências a partir do anúncio da aquisição;
Os vendedores também poderão receber um valor adicional, a título de earn-out, na quantia de até R$ 167,9 milhões, atualizada pelo IPCA e que poderá ser paga em três parcelas anuais.
O earn-out está condicionado à obtenção do direito de ofertar até 146 vagas adicionais no curso de medicina.
- [Carteira recomendada] 10 ações brasileiras para investir agora e buscar lucros – baixe o relatório gratuito
O que dizem os analistas?
Na avaliação do BTG Pactual, a compra do Centro de Ensino de Pinhais foi “um grande negócio” para a Cruzeiro do Sul (CSED3).
“Esse movimento parece a aquisição mais barata no segmento de medicina nos últimos quatro anos”, destacam os analistas, em relatório.
Além disso, o negócio pode aumentar as expectativas dos investidores para mais movimentos inorgânicos nesse sentido, segundo o banco.
O BTG manteve a recomendação de compra para os papéis CSED3, com preço-alvo de R$ 6,50 para os próximos 12 meses, implicando em um potencial de valorização de xx% em relação ao último fechamento.
Para os analistas, a companhia oferece uma “boa combinação” de exposição diversificada a diferentes segmentos de ensino superior, um rendimento sólido de fluxo de caixa livre (FCF) de mais de 10% em 2024, um balanço menos alavancado.
Além disso, o banco vê um valuation atrativo na companhia, que atualmente negocia a um múltiplo de 4 vezes a relação dívida líquida sobre Ebitda (EV/Ebitda) de 2024 e a 6 vezes a relação preço/lucro (P/E) deste ano.
Já para o Itaú BBA, a cifra de R$ 1,2 milhão por assento parece “um múltiplo atraente” em relação aos montantes já pagos por cadeiras de medicina no país.
“A transação ressalta a estratégia da empresa em direção a cursos de alta qualidade e reforça o modelo de negócios resiliente da Cruzeiro do Sul”, escreveu o banco.
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
Embraer (EMBJ3) pede truco: brasileira diz que pode rever investimentos nos EUA se Trump não zerar tarifas
A companhia havia anunciado em outubro um investimento de R$ 376 milhões no Texas — montante que faz parte dos US$ 500 milhões previstos para os próximos cinco anos e revelados em setembro
A Rede D’Or (RDOR3) pode mais: Itaú BBA projeta potencial de valorização de mais de 20% para as ações
O preço-alvo passou de R$ 51 para R$ 58 ao final de 2026; saiba o que o banco vê no caminho da empresa do setor de saúde
Para virar a página e deixar escândalos para trás, Reag Investimentos muda de nome e de ticker na B3
A reestruturação busca afastar a imagem da marca, que é considerada uma das maiores gestoras do país, das polêmicas recentes e dos holofotes do mercado
BRB ganha novo presidente: Banco Central aprova Nelson Souza para o cargo; ações chegam a subir mais de 7%
O então presidente do banco, Paulo Henrique Costa, foi afastado pela Justiça Federal em meio a investigações da Operação Compliance Zero
Raízen (RAIZ4) perde grau de investimento e é rebaixada para Ba1 pela Moody’s — e mais cortes podem vir por aí
A agência de classificação de risco avaliou que o atual nível da dívida da Raízen impõe restrições significativas ao negócio e compromete a geração de caixa
Dividendos robustos e corte de custos: o futuro da Allos (ALOS3) na visão do BTG Pactual
Em relatório, o banco destacou que a companhia tem adotado cautela ao considerar novos investimentos, na busca por manter a alavancagem sob controle
Mercado torce o nariz para Casas Bahia (BHIA3): ações derretem mais de 20% com aumento de capital e reperfilamento de dívidas
Apesar da forte queda das ações – que aconteceu com os investidores de olho em uma diluição das posições –, os analistas consideraram os anúncios positivos
Oncoclínicas (ONCO3): grupo de acionistas quer destituir conselho; entenda
O pedido foi apresentado por três fundos geridos pela Latache — Latache IV, Nova Almeida e Latache MHF I — que, juntos, representam cerca de 14,6% do capital social da companhia
Por que o Itaú BBA acredita que a JBS (JBSS32) ainda pode mais? Banco elevou o preço-alvo e vê alta de 36% mesmo com incertezas no horizonte
Para os analistas Gustavo Troyano, Bruno Tomazetto e Ryu Matsuyama, a tese de investimento permanece praticamente inalterada e o processo de listagem nos EUA segue como um potencial catalisador
Black Friday 99Pay e PicPay: R$ 70 milhões em recompensas, até 250% do CDI e descontos de até 60%; veja quem entrega mais vantagens ao consumidor
Apps oferecem recompensas, viagens com cashback, cupons de até R$ 8 mil e descontos de 60% na temporada de descontos
