Compra com desconto e potencial de alta de 55%: por que o JP Morgan recomenda você ter Inter (INBR32) na carteira
Com isso, a expectativa do JP Morgan é de uma valorização dos BDRs da ordem de 55%, com o preço-alvo de R$ 42,00 para o fim de 2025
A Black Friday já passou, mas ainda é possível encontrar algumas promoções por aí, especialmente na bolsa brasileira. E, para os analistas do JP Morgan, o Banco Inter (INBR32) é um daqueles itens que você deve colocar na sacola.
Em um relatório publicado na última quinta-feira (12), com o título “compre na baixa” — onde, dentre outras coisas, é reiterada a recomendação de compra —, os analistas se debruçam sobre os dados e as perspectivas para o banco digital.
Começando pelo preço de tela, as ações e BDRs (recibos de ações do exterior negociados no Brasil) do Inter acumulam uma forte desvalorização no último mês, com a INTR e o INBR32 recuando 27% e 23,5% no período, respectivamente.
Essa queda poderia ligar um sinal amarelo para os investidores em um primeiro momento, ainda mais se colocar ao lado do desempenho do Ibovespa no mesmo período, que cai 1%.
“É verdade, não é fácil defender ações de crescimento em meio a um cenário de maior custo de capital com volatilidade adicional e preocupações com o ciclo de crédito”, dizem os analistas do JP Morgan.
“Ainda assim, a empresa passou por mudanças importantes, como a estratégia de hedge ativa e reprecificação de produtos, e acreditamos que está melhor posicionada para navegar neste ciclo.”.
Leia Também
Com isso, a expectativa do JP Morgan é de uma valorização dos BDRs da ordem de 55%, com o preço-alvo de R$ 42,00 para o fim de 2025, o que faria o Inter ser negociado a uma relação de 8,1 vezes preço sobre lucros (P/L).
O modelo do Inter (INTBR32) para navegar pela crise
O banco digital atingiu a marca de 30 milhões de clientes em 2023 e vem mantendo um patamar parecido desde então.
A plataforma do Inter oferece desde operações bancárias até contas globais e serviços de marketplace, com uma base de depósitos sólida e barata, na visão do JP Morgan.
Um dos pontos que os analistas ressaltam no relatório é a melhora contínua do retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do Inter. Ainda que a projeção (guidance) da fintech seja de um ROE de 30% até 2027 — meta considerada ousada pelo JP Morgan —, o valor mais factível para o indicador é de algo em torno de 20%.
Ainda, o JP Morgan acredita na tese de vantagens de custos dos bancos digitais em comparação às instituições tradicionais. “Embora mantenhamos uma abordagem conservadora, acreditamos que a correção atual com a empresa negociando a 10 vezes os lucros esperados para 2025 fornece um bom ponto de entrada”, diz o relatório.
Esses resultados devem se sustentar pela expansão da margem líquida de juros (NIM), de 7,5% para 8,0% na comparação anual, além de um crescimento acelerado na concessão de crédito. Para os analistas do JP Morgan, os empréstimos devem crescer 23% (ex-contas a receber), contra as projeções do Inter de ampliação de 30% a 35%.
Especialmente produtos como crédito com garantia do FGTS devem continuar crescendo acima de 30% — no terceiro trimestre de 2024, esse segmento avançou 77% na comparação anual.
Além disso, produtos relacionados ao PIX devem continuar sua expansão, após crescerem 52% do segundo para o terceiro trimestre. Dessa forma, o segmento de cartões e empréstimos pessoais também deve avançar cerca de 30%.
O segmento de pequenas e médias empresas (PME) e agro somados deve crescer algo em torno de 20%, em especial porque a carteira do último será descontinuada.
Visão conservadora para o futuro
Ainda que o Inter tenha uma série de predicados positivos, o JP Morgan entende que a intenção da fintech de entrar no ramo de empréstimos pessoais sem garantia precisa ganhar alguma confiança.
Vale lembrar que os empréstimos com garantia, como consignados ou garantidos pelo saldo do FGTS, são uma das formas das instituições financeiras se protegerem de eventuais calotes.
Assim, o JP Morgan estima um crescimento de 6% no custo de risco para 2025, acima do guidance do Inter de um aumento entre 5,0% e 5,5%.
“Dado o crescimento mais rápido do PIX, cartões de crédito e incertezas macroeconômicas, acreditamos que o custo do risco, que tem estado relativamente estável recentemente, deve subir”, dizem os analistas.
Os riscos de baixa incluem:uma diminuição no número de clientes ativos devido a uma piora na qualidade do serviço e uma dificuldade em materializar o ganho de eficiência em um curto espaço de tempo — isto é, transformar isso em resultados no balanço.
Também podem influenciar negativamente no resultado do banco os custos legais mais altos devido ao aumento das provisões para ações judiciais, além do gasto com segurança de dados dos clientes e a aceleração da competição no ramo bancário no Brasil.
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
Stranger Things vira máquina de consumo: o que o recorde de parcerias da Netflix no Brasil revela sobre marcas e comportamento do consumidor
Stranger Things da Netflix parece um evento global que revela como marcas disputam a atenção do consumidor; entenda
Ordinários sim, extraordinários não: Petrobras (PETR4) prevê dividendos de até US$ 50 bilhões e investimento de US$ 109 bilhões em 5 anos
A estatal destinou US$ 78 bilhões para Exploração e Produção (E&P), valor US$ 1 bilhão superior ao do plano vigente (2025-2029); o segmento é considerado crucial para a petroleira
Vale (VALE3) e Itaú (ITUB4) pagarão dividendos e JCP bilionários aos acionistas; confira prazos e quem pode receber
O banco pagará um total de R$ 23,4 bilhões em proventos aos acionistas; enquanto a mineradora distribui R$ 3,58 por ação
