CEO da Danone não tem medo do Ozempic e ainda diz que as canetas emagrecedoras vão atrair mais consumidores de iogurte
O Ozempic vem tirando o sono de executivos do setor alimentício, mas a Danone aposta no aumento da procura pelos produtos saudáveis da companhia
Os novos medicamentos que inibem o apetite como o Ozempic estão deixando os executivos do setor de alimentos em polvorosa. Mas a Danone não parece preocupada. Ao contrário, o CEO da companhia francesa conhecida pelos iogurtes minimizou os impactos do novo medicamento na venda dos produtos.
Para Antoine de Saint-Affrique, o medicamento da Novo Nordisk incentiva a procura por alimentos mais nutritivos, o que beneficiaria a marca.
“Nós nos vemos como extremamente complementares ao GLP-1s”, afirmou Antoine de Saint-Affrique, CEO da companhia.
Traduzindo, o GLP-1 é o hormônio responsável pelo aumento da sensação de saciedade. O Ozempic tem como princípio ativo a semaglutida, que replica esse hormônio.
Danone sai fortalecida?
Segundo o Conselho Internacional de Informação Alimentar, 72% dos consumidores estão tentando diminuir ou evitar o consumo de alimentos com altos níveis de açúcar.
A procura por produtos mais saudáveis aumentou em 17,9% o consumo de iogurtes com baixo teor de açúcar, de acordo com dados da Nielsen, companhia norte-americana de informações e medição de mercado.
Leia Também
É nesse setor que a Danone sai ganhando. A empresa tem em seu portfólio marcas como Activia, voltada para a oferta de iogurtes saudáveis.
Segundo o CEO Antoine de Saint-Affrique, por ser rico em proteínas, o produto também ajuda a aliviar a perda muscular experimentada por alguns consumidores do Ozempic.
Além disso, a companhia possui outras linhas, como a de leites vegetais Alpro, que são componentes importantes para quem iniciou novas dietas devido ao medicamento, de acordo com o CEO.
A avaliação Saint-Affrique não é compartilhada pelos outros executivos da companhia, que já expressaram preocupação com o impacto do Ozempic nas vendas dos produtos da Danone.
Apesar da insegurança no setor de consumo, a Kepler Cheuvreux, empresa europeia de pesquisa de serviços financeiros, nomeou a empresa francesa e a Nestlé como possíveis beneficiárias no novo cenário.
Em março, o banco de investimentos norte-americano, Jefferies, também nomeou a Danone como uma opção de compra em meio a uma recessão mais ampla no setor. A instituição projeta que o corte de gastos dos consumidores, impulsionado pela alta da inflação, irá afetar o segmento de alimentos.
- Análises aprofundadas, relatórios e recomendações de investimentos, entrevistas com grandes players do mercado: tenha tudo isso na palma da sua mão, entrando em nossa comunidade gratuita no WhatsApp. Basta clicar aqui.
O impacto do Ozempic
A previsão que o Ozempic vai gerar impactos negativos na indústria alimentícia vem tirando o sono de executivos do setor. Segundo o CEO da Novo Nordisk, eles estão pegando o telefone e ligando para a empresa para entender a dimensão dos efeitos do remédio.
“Alguns CEOs de, digamos, empresas de alimentos têm me telefonado”, disse o CEO, Lars Fruergaard Jorgensen. Ele relatou que as perguntas eram direcionadas para questões sobre como os medicamentos funcionam e na rapidez com que seriam lançados.
Apesar do temor do mercado, analistas da Kepler Cheuvreux afirmaram que as preocupações podem ser exageradas.
“Os usuários de medicamentos replicadores de GLP-1 podem consumir menos calorias, mas não vemos um impacto material na procura global de alimentos”, afirmou a empresa europeia de pesquisa de serviços financeiros.
*Com informações da CNBC, Bloomberg, Axios e QZ
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
São Paulo às escuras: quando a Enel assumiu o fornecimento de energia no estado? Veja o histórico da empresa
Somente no estado, a concessionária atende 24 municípios da região metropolitana, sendo responsável por cerca de 70% da energia distribuída