Bola dividida na Sabesp (SBSP3): veja três concorrentes ao posto de acionista de referência na privatização da companhia
O cobiçado posto está em disputa; afinal, o acionista de referência poderá apontar o nome do futuro presidente da Sabesp, bem como ter outras regalias dentro da companhia
Que a Sabesp (SBSP3) é a jóia da coroa quando o assunto é privatização, todos os investidores já sabem. E o processo de desestatização da companhia de águas está sendo acompanhado com bastante ansiedade pelo mercado em geral.
- Leia também: Escolha de investidor de referência da Sabesp (SBSP3) terá direito a “truco” da concorrência
Depois de receber sinal verde dos municípios para o plano de privatização, os investidores e analistas agora aguardam pela indicação de um investidor de referência para o processo.
Voltando alguns passos: no começo de junho, o governador da capital paulista, Tarcísio de Freitas, afirmou que o processo de privatização se dará por uma oferta inteiramente secundária — isto é, sem emissão de novos papéis, como era a ideia original.
Além do modelo da oferta, o governo de SP definiu também a configuração do novo Conselho de Administração da companhia. Assim, o órgão terá nove membros, com três deles indicados pelo governo, três por um acionista de referência e três independentes.
E o cobiçado posto de acionista de referência está em disputa. Afinal, ele poderá apontar o nome do futuro presidente da Sabesp, bem como direito a 15% do capital social da empresa e indicar três conselheiros, além de outras regalias dentro da companhia.
O prazo para declarar interesse em se tornar acionista de referência da Sabesp acabou na última segunda-feira (17) e, de acordo com informações do Valor Econômico, Aegea — do ramo de saneamento — e Equatorial (EQTL3) — de geração e transmissão de energia — estariam na disputa.
Leia Também
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
Também é citado o nome do empresário Nelson Tanure como um dos possíveis acionistas de referência.
Contudo, o executivo arrematou a Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae) no começo deste ano e, segundo o jornal, o processo contou com “condições pouco usuais”, o que fez investidores questionarem uma possível participação de Tanure na Sabesp.
- “Preferimos estar concentrados em empresas de alta qualidade de execução”, diz a analista Larissa Quaresma; veja as 10 ações que compõem seu portfólio atual
Sabesp (SBSP3): o futuro da privatização
Como arrematar uma fatia da SBSP3 custaria um montante expressivo, Tanure estaria costurando um acordo com o braço de investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o BNDESPar.
Apesar disso, o banco diz que “não celebrou e nem está em vias de negociar qualquer acordo, convênio ou parceria com terceiros para participação na oferta pública” da Sabesp, segundo a reportagem.
Contudo, o processo de bookbuilding — jargão do mercado para coleta das intenções dos investidores — poderia ser comprometido no caso de uma eventual oferta de Tanure.
Dessa forma, vencerá o acionista de referência que formar o bookbuilding mais vantajoso. Os critérios para levar a oferta incluem combinar o maior preço ponderado com o maior volume de demanda — o que, no fim, significa que não necessariamente vencerá aquele que apresentar o melhor preço.
- Leia também: Dividendos da Sabesp (SBSP3) no bolso: conselho aprova na política; saiba quando passa a valer
Ajuste na rota
Ainda que outras empresas tenham apresentado interesse no processo de se tornarem investidores de referência, há um entrave questionado por elas.
A chamada poison pill, que visa proteger os minoritários de ofertas hostis de investidores maiores, desagradou parte dos interessados.
Essa "pílula de veneno" é um mecanismo por meio do qual um acionista é obrigado a realizar uma Oferta Pública de Aquisição de Ações (OPA) a todos os demais sócios ao atingir uma determinada participação em uma empresa.
No caso da Sabesp, o mecanismo estipula que o acionista que alcançar 30% de participação na companhia precisa realizar uma oferta de aquisição pelas demais ações por um valor 200% maior.
Quanto cada um tem — e terá — da Sabesp (SBSP3)
Atualmente, o Estado de São Paulo detém 50,3% da Sabesp e poderá vender as ações ordinárias SBSP3 que possui direta ou indiretamente — desde que mantenha o mínimo de 18% do capital social da Sabesp. O percentual pode ser ainda maior, a depender das condições de mercado.
Do mesmo modo, o governo paulista ainda deverá manter 10% do capital social da Sabesp da ação preferencial de classe especial (golden share).
Já o acionista de referência, que deverá ser selecionado no follow-on após a desestatização, contará com uma alocação prioritária de 15% do capital social da Sabesp, como dito anteriormente.
O Governo de São Paulo se pronunciou dizendo que a “oferta pública se encontra em período de silêncio” e que “toda divulgação neste período se dará por meio do prospecto e fatos relevantes da empresa”.
Mesmo em crise e com um rombo bilionário, Correios mantêm campanha de Natal com cartinhas para o Papai Noel
Enquanto a estatal discute um empréstimo de R$ 20 bilhões que pode não resolver seus problemas estruturais, o Papai Noel dos Correios resiste
Com foco em expansão no DF, Smart Fit compra 60% da rede de academias Evolve por R$ 100 milhões
A empresa atua principalmente no Distrito Federal e, segundo a Smart Fit, agrega pontos comerciais estratégicos ao seu portfólio
Por que 6 mil aviões da Airbus precisam de reparos: os detalhes do recall do A320
Depois de uma falha de software expor vulnerabilidades à radiação solar e um defeito em painéis metálicos, a Airbus tenta conter um dos maiores recalls da sua história
Os bastidores da crise na Ambipar (AMBP3): companhia confirma demissão de 35 diretores após detectar “falhas graves”
Reestruturação da Ambipar inclui cortes na diretoria e revisão dos controles internos. Veja o que muda até 2026
As ligações (e os ruídos) entre o Banco Master e as empresas brasileiras: o que é fato, o que é boato e quem realmente corre risco
A liquidação do Banco Master levantou dúvidas sobre possíveis impactos no mercado corporativo. Veja o que é confirmado, o que é especulação e qual o risco real para cada companhia
Ultrapar (UGPA3) e Smart Fit (SMFT3) pagam juntas mais de R$ 1,5 bilhão em dividendos; confira as condições
A maior fatia desse bolo fica com a Ultrapar; a Smartfit, por sua vez, também anunciou a aprovação de aumento de capital
RD Saúde (RADL3) anuncia R$ 275 milhões em proventos, mas ações caem na bolsa
A empresa ainda informou que submeterá uma proposta de aumento de capital de R$ 750 milhões
Muito além do Itaú (ITUB4): qual o plano da Itaúsa (ITSA4) para aumentar o pagamento de dividendos no futuro, segundo a CFO?
Uma das maiores pagadoras de dividendos da B3 sinaliza que um novo motor de remuneração está surgindo
Petrobras (PETR4) amplia participação na Jazida Compartilhada de Tupi, que detém com Shell e a portuguesa Petrogal
Os valores a serem recebidos pela estatal serão contabilizados nas demonstrações financeiras do quarto trimestre de 2025
Americanas (AMER3) anuncia troca de diretor financeiro (CFO) quase três anos após crise e traz ex-Carrefour e Dia; veja quem assume
Sebastien Durchon, novo diretor financeiro e de Relações com Investidores da Americanas, passou pelo Carrefour, onde conduziu o IPO da varejista no Brasil e liderou a integração do Grupo Big, e pelo Dia, onde realizou um plano de reestruturação
Essa empresa aérea quer que você pague mais de R$ 100 para usar o banheiro do avião
Latam cria regras para uso do banheiro dianteiro – a princípio, apenas passageiros das 3 primeiras fileiras terão acesso ao toalete
Ambipar (AMBP3): STJ suspende exigência de depósito milionário do Deutsche Bank
Corte superior aceitou substituir a transferência dos R$ 168 milhões por uma carta de fiança e congelou a ordem do TJ-RJ até a conclusão da arbitragem
Sinal verde: Conselho dos Correios dá aval a empréstimo de R$ 20 bilhões para reestruturar a estatal
Com aprovação, a companhia avança para fechar o financiamento bilionário com cinco bancos privados, em operação que ainda depende do Tesouro e promete aliviar o caixa e destravar a reestruturação da empresa
Oi (OIBR3) consegue desbloqueio de R$ 517 milhões após decisão judicial
Medida permite à operadora acessar recursos bloqueados em conta vinculada à Anatel, enquanto ações voltam a oscilar na bolsa após suspensão da falência
WEG (WEGE3) pagará R$ 1,9 bilhão em dividendos e JCP aos acionistas; veja datas e quem recebe
Proventos refletem o desempenho resiliente da companhia, que registrou lucro em alta mesmo em cenário global incerto
O recado da Petrobras (PETR4) para os acionistas: “Provavelmente não teremos dividendos extraordinários entre 2026 e 2030”
Segundo o diretor financeiro da companhia, Fernando Melgarejo, é preciso cumprir o pré-requisito de fluxo de caixa operacional robusto, capaz de deixar a dívida neutra, para a distribuição de proventos adicionais
A ação do Assaí virou um risco? ASAI3 cai mais de 6% com a chegada dos irmãos Muffato; saiba o que fazer com o papel agora
Na quinta-feira (27), companhia informou que fundos controlados pelos irmãos Muffato adquiriram uma posição acionária de 10,3%
Anvisa manda recolher lotes de sabão líquido famoso por contaminação; veja quais são e o que fazer
Medida da Anvisa vale para lotes específicos e inclui a suspensão de venda e uso; produto capilar de outra marca também é retirado do mercado
O “bom problema” de R$ 40 bilhões da Axia Energia (AXIA3) — e como isso pode chegar ao bolso dos acionistas
A Axia Energia quer usar parte de seus R$ 39,9 bilhões em reservas e se preparar para a nova tributação de dividendos; entenda
Petrobras (PETR3) cai na bolsa depois de divulgar novo plano para o futuro; o que abalou os investidores?
Novo plano da Petrobras reduz capex para US$ 109 bi, eleva previsão de produção e projeta dividendos de até US$ 50 bi — mas ações caem com frustração do mercado sobre cortes no curto prazo
