Azul (AZUL4) lança ofertas de troca de dívida com credores, mas ações caem na B3 hoje; saiba o que esperar da aérea daqui para frente
A conclusão desta etapa da renegociação de débitos com os credores pode garantir o acesso da companhia a mais de R$ 3 bilhões em financiamento já no mês que vem
A Azul (AZUL4) lançou nesta quarta-feira (18) as ofertas de troca de dívidas com credores com vencimentos em 2028, 2029 e 2030, em mais uma etapa da reestruturação de débitos.
No caso dos credores detentores de notas sêniores da Azul Secured Finance LLP garantidas em uma base de primeiro grau, com vencimento em 2028 e juros de 11,930%, a troca dos papéis se dará desta forma:
- VEJA MAIS: 3 características que o investidor precisa ter para comprar bolsa brasileira agora, segundo analista
Os investidores receberão novas notas sêniores garantidas em primeiro grau, com o mesmo vencimento em 2028 e juros de 11,930%.
Enquanto isso, dois tipos de credores se enquadrarão nesta segunda oferta:
- Detentores de notas sêniores da Azul garantidas em segundo grau e juros de 11,500% com vencimento em 2029; e
- Titulares de notas sêniores garantidas em segundo grau e juros de 10,875% com vencimento em 2030.
Os credores deverão fazer a troca destes investimentos por novas notas de 11,500%, com vencimento em 2029, e papéis com juros de 10,875%, com vencimento em 2030.
Em fato relevante à CVM, a aérea também afirmou que continua a solicitar aos credores a eliminação de termos “restritivos”, liberação de garantias e eliminação de eventos de inadimplência.
Leia Também
Essas operações estão relacionadas a duas captações de novos recursos da companhia junto aos credores anunciadas em outubro.
Uma delas é uma linha de crédito superprioritária no valor de US$ 500 milhões (em torno de R$ 3,07 bilhões, no câmbio atual). O outro é um financiamento sênior de curto prazo de US$ 150 milhões (pouco mais de R$ 921 milhões) em notas garantidas.
A conclusão desta etapa da renegociação de débitos com os detentores de títulos de dívida (bonds) pode garantir o acesso da companhia a mais de R$ 3 bilhões em financiamento já no mês que vem.
Apesar do anúncio, as ações da Azul (AZUL4) operam em queda nesta sessão. Por volta das 11h53, os papéis caíam 7,39%, negociados a R$ 3,76. No acumulado do ano, as perdas chegam a 75% na B3.
O que esperar da Azul (AZUL4) daqui para frente
O prazo para as ofertas de troca das notas da Azul (AZUL4) termina no dia 15 de janeiro de 2025, com possibilidade de prorrogação pela Azul Secured Finance.
A expectativa é que a liquidação das ofertas de troca aconteça em 22 de janeiro de 2025.
No entanto, o fechamento das operações está condicionado a questões como:
- A participação de pelo menos 66,67% do valor principal em aberto de cada série das notas existentes;
- A participação de pelo menos 95% do montante principal agregado das Notas 2L (com vencimento em 2029 e 2030); e
- A emissão das notas superprioritárias.
Vale lembrar que a negociação da Azul (AZUL4) com um grupo de credores prevê a concessão de até US$ 500 milhões em notas seniores superprioritárias, com vencimento em 2030, com uma oferta privada para esses investidores.
Assim que concluídas essas operações, a companhia aérea deve emitir as notas superprioritárias em meados de janeiro de 2025.
“A Azul continua a trabalhar de forma colaborativa com seus OEMs, arrendadores e fornecedores para obter melhorias adicionais no fluxo de caixa e para satisfazer outras condições do arrendador/fabricante precedentes à emissão das notas superprioritárias e à consumação das ofertas de troca”, disse a empresa.
A Azul atualmente espera cumprir com todos os requisitos das negociações com os credores na mesma época, o que garantiria à aérea o acesso total aos US$ 500 milhões em financiamento por volta do dia 22 de janeiro.
Vale destacar que cerca de US$ 100 milhões (R$ 614 milhões) desta cifra estão condicionados ao cumprimento de condições específicas.
Além disso, parte do montante milionário do financiamento será usada para pagar antecipadamente os US$ 157,5 milhões de notas-ponte em aberto, somados aos juros acumulados.
Quando acontecerá o pagamento de dívida em ações
Somente depois da consumação das ofertas de troca é que aconteceria a troca das dívidas dos arrendadores (lessores) e fabricantes de equipamentos originais (OEMs) por uma participação equivalente em ações AZUL4.
Com a conversão dos débitos em ações preferenciais, a Azul precisará emitir até 100 milhões de novos papéis AZUL4. A aérea prevê levantar pelo menos US$ 200 milhões (R$ 1,22 bilhão) de recursos líquidos com a nova oferta de ações específica para os credores.
De acordo com a empresa, a conversão será realizada em três fases, com um desconto de 15% em relação ao preço médio ponderado de 30 dias em ações ou ADRs.
Na primeira fase, em torno de 10% do montante principal da dívida serão trocados por ações AZUL4 até 30 de abril de 2025, desde que a companhia já tenha recebido US$ 400 milhões do total de US$ 500 milhões que estão previstos no novo financiamento
Na segunda etapa, outros 25% serão convertidos se a aérea receber o “saque posterior” de US$ 100 milhões, condicionado ao cumprimento de condições estabelecidas em contrato.
Já a terceira fase contemplará a conversão dos 12,5% restantes, depois que a Azul realizar uma oferta primária de ações de até US$ 200 milhões (ou mais) em papéis preferenciais AZUL4.
A Azul espera que as primeiras fases dessa mudança aconteçam, no mais tardar, em abril de 2025.
Game of Thrones, Friends, Harry Potter e mais: o que a Netflix vai levar em acordo bilionário com a Warner
Compra bilionária envolve HBO, DC, Cartoon Network e séries de peso; integração deve levar até 18 meses
A guerra entre Nubank e Febraban esquenta. Com juros e impostos no centro da briga, quais os argumentos de cada um?
Juros, inadimplência, tributação e independência regulatória dividem fintechs e grandes instituições financeiras. Veja o que dizem
Depois de escândalo com Banco Master, Moody’s retira ratings do BRB por risco de crédito
O rebaixamento dos ratings do BRB reflete preocupações significativas com seus processos e controles internos, atualmente sob investigação devido a operações suspeitas envolvendo a aquisição de carteiras de crédito, diz a agência
Cyrela (CYRE3) e SLC (SLCE3) pagam R$ 1,3 bilhão em dividendos; Eztec (EZTC3) aumentará capital em R$ 1,4 bilhão com bonificação em ações
A maior fatia da distribuição de proventos foi anunciada pela Cyrela, já o aumento de capital da Eztec com bonificação em ações terá custo de R$ 23,53 por papel e fará jus a dividendos
Gol (GOLL54) é notificada pelo Idec por prática de greenwashing a viajantes; indenização é de R$ 5 milhões
No programa “Meu Voo Compensa”, os próprios viajantes pagavam a taxa de compensação das emissões. Gol também dizia ter rotas neutras em carbono
Se todo mundo acha que é uma bolha, não é: veja motivos pelos quais o BTG acredita que a escalada da IA é real
Banco aponta fundamentos sólidos e ganhos de produtividade para justificar alta das empresas de tecnologia, afastando o risco de uma nova bolha
Produção de cerveja no Brasil cai, principalmente para Ambev (ABEV3) e Heineken (HEIA34); preço das bebidas subiu demais, diz BTG
A Ambev aumentou os preços de suas marcas no segundo trimestre do ano, seguida pela Heineken, em julho — justamente quando as vendas começaram a encolher
Vale (VALE3) desafia a ordem de pagar R$ 730 milhões à União; mercado gosta e ações sobem mais de 1%
Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a mineradora alega que a referida decisão foi proferida em primeira instância, “portanto, seu teor será objeto de recursos cabíveis”
De seguro pet a novas regiões: as apostas da Bradesco Seguros para destravar o próximo ciclo de crescimento num mercado que engatinha
Executivos da seguradora revelaram as metas para 2026 e descartam possibilidade de IPO
Itaú com problema? Usuários relatam falhas no app e faturas pagas aparecendo como atrasadas
Usuários dizem que o app do Itaú está mostrando faturas pagas como atrasadas; banco admite instabilidade e tenta normalizar o sistema
Limpando o nome: Bombril (BOBR4) tem plano de recuperação judicial aprovado pela Justiça de SP
Além da famosa lã de aço, ela também é dona das marcas Mon Bijou, Limpol, Sapólio, Pinho Bril, Kalipto e outras
Vale (VALE3) fecha acima de R$ 70 pela primeira vez em mais de 2 anos e ganha R$ 10 bilhões a mais em valor de mercado
Os papéis VALE3 subiram 3,23% nesta quarta-feira (3), cotados a R$ 70,69. No ano, os ativos acumulam ganho de 38,64% — saiba o que fazer com eles agora
O que faz a empresa que tornou brasileira em bilionária mais jovem do mundo
A ascensão de Luana Lopes Lara revela como a Kalshi criou um novo modelo de mercado e impulsionou a brasileira ao posto de bilionária mais jovem do mundo
Área técnica da CVM acusa Ambipar (AMBP3) de violar regras de recompra e pede revisão de voto polêmico de diretor
O termo de acusação foi assinado pelos técnicos cerca de uma semana depois da polêmica decisão do atual presidente interino da autarquia que dispensou o controlador de fazer uma OPA pela totalidade da companhia
Nubank (ROXO34) agora busca licença bancária para não mudar de nome, depois de regra do Banco Central
Fintech busca licença bancária para manter o nome após norma que restringe uso do termo “banco” por instituições sem autorização
Vapza, Wittel: as companhias que podem abrir capital na BEE4, a bolsa das PMEs, em 2026
A BEE4, que se denomina “a bolsa das PMEs”, tem um pipeline de, pelo menos, 10 empresas que irão abrir capital em 2026
Ambipar (AMBP3) perde avaliação de crédito da S&P após calote e pedidos de proteção judicial
A medida foi tomada após a empresa dar calote e pedir proteção contra credores no Brasil e nos Estados Unidos, alegando que foram descobertas “irregularidades” em operações financeiras
A fortuna de Silvio Santos: perícia revela um patrimônio muito maior do que se imaginava
Inventário do apresentador expõe o tamanho real do império construído ao longo de seis décadas
UBS BB rebaixa Raízen (RAIZ4) para venda e São Martinho (SMTO3) para neutro — o que está acontecendo no setor de commodities?
O cenário para açúcar e etanol na safra de 2026/27 é bastante apertado, o que levou o banco a rever as recomendações e preços-alvos de cobertura
Vale (VALE3): as principais projeções da mineradora para os próximos anos — e o que fazer com a ação agora
A companhia deve investir entre US$ 5,4 bilhões e US$ 5,7 bilhões em 2026 e cerca de US$ 6 bilhões em 2027. Até o fim deste ano, os aportes devem chegar a US$ 5,5 bilhões; confira os detalhes.
