Azul (AZUL4) arremete na bolsa em meio a negociações com bondholders — enquanto mercado continua de olho em potencial recuperação judicial nos EUA
Os papéis reagem a rumores de que a empresa iniciaria hoje negociações com detentores de títulos de dívida da companhia emitidos no mercado internacional para captar recursos
Depois de perder metade do valor de mercado em dois dias, a Azul (AZUL4) arremeteu e passou a subir forte na bolsa nesta terça-feira (3). As ações fecharam o pregão em alta de 10,20%, a R$ 4,86.
Os papéis reagiram a rumores de que a empresa iniciaria hoje negociações com bondholders — isto é, detentores de títulos de dívida da companhia emitidos no mercado internacional — para captação de recursos.
Segundo o jornal Valor Econômico, a companhia estaria usando a Azul Cargo, sua subsidiária de logística para encomendas expressas e remessas de cargas, como garantia nas negociações.
Em nota ao Seu Dinheiro, a assessoria da companhia informou que a Azul atualmente possui em andamento negociações com os arrendadores e que pretende antecipar as obrigações.
Apesar da recuperação de hoje, os papéis da Azul ainda marcam desvalorização de 33% desde o início dos rumores sobre uma potencial recuperação judicial da aérea nos Estados Unidos. No ano, a queda acumulada chega a 69% desde janeiro.
Preocupações com a situação financeira da Azul (AZUL4)
Mesmo com o alívio da pressão sobre as ações AZUL4 nesta sessão, as preocupações acerca do futuro da Azul continuam a fazer peso na aérea.
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Na noite de ontem, a agência de risco S&P Global Ratings cortou a classificação de crédito de emissor em escala global da Azul, de B- para CCC+, com perspectiva negativa.
Já em escala nacional, a agência cortou a nota da empresa de brBBB- para brBB-, também com perspectiva negativa.
As mudanças levaram em conta os resultados mais fracos do que o esperado no primeiro semestre, com a aérea ampliando o déficit de fluxo de caixa operacional livre para o ano e enfraquecendo a liquidez.
Segundo a agência, a depreciação do real e a redução na capacidade e nos rendimentos prejudicaram os resultados do segundo trimestre da Azul.
Isso porque a maior parte da dívida e dos custos da Azul — e das empresas áreas de modo geral — é lastreada em dólar. Por esse motivo, uma depreciação da moeda local resulta em impactos diretos na companhia.
“Nesse contexto, a empresa está buscando maneiras de fortalecer sua estrutura de capital e aumentar sua liquidez”, afirmou a S&P.
“A empresa confirmou que está em negociações com os locadores para converter parte (US$ 558 milhões) de seus passivos de arrendamento em patrimônio e também está trabalhando em algumas alternativas para obter novo financiamento garantido para fortalecer a liquidez.”
Segundo a S&P ainda que os vencimentos de dívida financeira nos próximos 12 meses não sejam substanciais, os arrendamentos operacionais e as necessidades de capex são significativos — em torno de R$ 5 bilhões por ano em 2024 e 2025.
Vem recuperação judicial?
Na última semana, temores de que a Azul (AZUL4) poderia trilhar o mesmo caminho da Gol (GOLL4) e entrar com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos fizeram peso sobre a companhia.
De acordo com a Bloomberg Línea, a empresa atualmente avaliava opções para cumprir com obrigações de dívida próximas do vencimento. Entre os caminhos avaliados, estariam um follow-on na B3 e um pedido de proteção contra credores nos EUA, conhecido como “Chapter 11”.
Outra opção que estaria em análise seria a emissão de novos títulos de dívidas por meio da unidade de carga da Azul.
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Porém, a própria Azul informou ao mercado que a notícia foi mal interpretada — e que, na verdade, estaria desenvolvendo um plano estratégico para melhorar sua própria estrutura de capital e liquidez.
A companhia informou ainda que possui capacidade adicional de captação de recursos, utilizando a Azul Cargo como garantia primária, de até US$ 800 milhões, além de outras fontes de liquidez.
*Com informações do Money Times e do Valor Investe.
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