Ambev (ABEV3) deve pagar dividendos ou fazer aquisições? Itaú BBA responde qual é a melhor estratégia para a companhia após resultados do 2T24
Com a estrutura de capital da Ambev ainda incerta, os analistas mantiveram a recomendação market perform (neutra) para as ações da empresa

Nos últimos meses, a fabricante de bebidas Ambev (ABEV3) tem despertado o interesse crescente dos investidores em relação à sua estratégia de estrutura de capital ideal.
Afinal, a pergunta principal é se a empresa, dona de marcas como Skol, Brahma e Budweiser, deve priorizar o aumento de dividendos, executar recompras de ações ou buscar oportunidades de aquisições com sua controladora, a AB InBev (ABUD34).
Na visão do Itaú BBA, os dividendos e a recompra de ações devem ser prioridades para a fabricante de bebidas, de acordo com relatório divulgado nesta quarta-feira (04).
Nesse cenário, os analistas também ajustaram as estimativas para a Ambev, incorporando os resultados da empresa do 2T24, mas sem precificar otimização de estrutura de capital.
- Vale a pena apostar na Americanas? Analistas respondem se agora é um bom momento para investir na varejista.
Cenário desafiador e concorrência acirrada
Os analistas da instituição destacam as condições desafiadoras do mercado de cervejas no país, com a concorrência de preços com o Grupo Petrópolis, que produz Petra e Itaipava.
Diante disso, a receita líquida da indústria no geral teve um desempenho abaixo do esperado no 1T24, com as margens também expandindo menos do que o esperado.
Leia Também
“Embora acreditemos que essa abordagem da Petrópolis possa não ser sustentável no longo prazo, é provável que mantenha as margens da indústria comprimidas no curto prazo”, afirmam os analistas do BBA.
“Consequentemente, não estamos prevendo uma recuperação significativa da margem para as operações de cerveja da Ambev no Brasil até que haja uma mudança na dinâmica do mercado ou uma redução nas pressões competitivas.”
Entretanto, o BBA acredita que a estratégia da Ambev de manter um portfólio diversificado de marcas é uma abordagem sólida de longo prazo.
“Além disso, o foco em uma ampla gama de marcas permite que a Ambev navegue melhor na volatilidade do mercado e nas tendências de mudança do consumidor, fornecendo uma proteção contra potenciais quedas em segmentos específicos”, afirma o relatório.
Ambev (ABEV3): Mais dividendos ou novas aquisições?
Segundo o Itaú BBA, os resultados positivos da Ambev no 2T24 abriram opções para aumentar o retorno aos acionistas, especialmente após a aprovação da Reforma Tributária.
Os analistas acreditam que elevar os dividendos ou realizar uma recompra de ações também melhoraria a eficiência de capital sem os riscos associados às aquisições.
“Embora uma transação de M&A [fusões e aquisições] possa ter potencial sinérgico, ela também carrega incertezas quanto ao seu impacto no valor para os acionistas. O mercado permanece cauteloso, favorecendo dividendos e recompras como o caminho mais direto para aumentar os retornos”, dizem os analistas.
Vale lembrar que a companhia anunciou no final do mês passado uma troca no comando da fabricante. Carlos Lisboa — que atualmente lidera a operação da AB Inbev, controladora da Ambev, na América Central — será o novo CEO do grupo brasileiro a partir de janeiro.
Com a estratégia de estrutura de capital da Ambev ainda incerta, o Itaú BBA manteve recomendação market perform (neutra) para as ações da empresa e atualizou o preço-alvo de R$ 14 (2024) para R$ 15 (2025). O valor corresponde a uma alta de 17% em relação ao preço do fechamento de terça-feira (03).
Para o Itaú BBA, o valuation da Ambev parece atraente, mas não o suficiente para alterar significativamente a posição neutra em relação às ações ABEV3.
Nem toda boa notícia é favorável: entenda por que o UBS mudou sua visão sobre Itaú (ITUB4), mesmo com resultados fortes
Relatório aponta que valorização acelerada da ação e preço atual já incorporam boa parte dos ganhos futuros do banco
Azul (AZUL4) dá mais um passo na recuperação judicial e consegue aprovação de petições nos EUA
A aérea tem mais duas audiências marcadas para os dias 15 e 24 de julho que vão discutir pontos como o empréstimo DIP, que soma US$ 1,6 bilhão
A acusação séria que fez as ações da Suzano (SUZB3) fecharem em queda de quase 2% na bolsa
O Departamento do Comércio dos EUA identificou que a empresa teria exportado mercadorias com preço abaixo do normal por quase um ano
Uma brasileira figura entre as 40 maiores empresas com bitcoin (BTC) no caixa; confira a lista
A empresa brasileira tem investido pesado na criptomoeda mais valiosa do mundo desde março deste ano
Em um bom momento na bolsa, Direcional (DIRR3) propõe desdobramento de ações. Veja como vai funcionar
A proposta será votada em assembleia no dia 30 de julho, e a intenção é que o desdobramento seja na proporção de 1 para 3
Nvidia (NVDA34) é tetra: queridinha da IA alcança a marca inédita de US$ 4 trilhões em valor de mercado
A fabricante de chips já flertava com a cifra trilionária desde a semana passada, quando superou o recorde anteriormente estabelecido pela Apple
Cyrela (CYRE3) quase triplica valor de lançamentos e avança no MCMV; BTG reitera compra — veja destaques da prévia do 2T25
Na visão do banco, as ações são referência no setor, mesmo com um cenário macro adverso para as construtoras menos expostas ao Minha Casa Minha Vida
Ações da Braskem (BRKM5) saltam mais de 10% na bolsa brasileira com PL que pode engordar Ebitda em até US$ 500 milhões por ano
O que impulsiona BRKM5 nesta sessão é a aprovação da tramitação acelerada de um programa de incentivos para a indústria petroquímica; entenda
Tenda (TEND3): prévia operacional do segundo trimestre agrada BTG, que reitera construtora como favorita do setor, mas ação abre em queda
De acordo com os analistas do BTG, os resultados operacionais foram positivos e ação está sendo negociada a um preço atrativo; veja os destaques da prévia o segundo trimestre
Mais um acionista da BRF (BRFS3) pede a suspensão da assembleia de votação da fusão com a Marfrig (MRFG3). O que diz a Previ?
A Previ entrou com um agravo de instrumento na Justiça e com um pedido de arbitragem para contestar a relação de troca proposta, segundo jornal
Jeff Bezos vende mais US$ 666 milhões em ações da Amazon (AMZN34); saiba para onde está indo esse dinheiro
Fundador da Amazon já se desfez de quase 3 milhões de papéis só em julho; bilionário planeja vender cerca de 25 milhões de ações até maio de 2026
Ação do Inter (INTR) ainda tem espaço para subir bem, segundo o Citi — mas rentabilidade de 30% em 2027 ainda não convence
O Citi elevou estimativas para lucro e rentabilidade do Inter, além de aumentar o preço-alvo das ações, mas acha que plano 60-30-30 não deve se concretizar por completo
Produção pode salvar o segundo trimestre da Vale (VALE3)? Citi faz as contas e mantém cautela
Para o banco americano, os resultados do 2T25 devem apresentar melhora da produção e potencial alta no minério de ferro, que está sob pressão
BitChat: fundador do Twitter lança app que rivaliza com o WhatsApp e funciona sem internet
Aplicativo criado por Jack Dorsey permite trocar mensagens via Bluetooth ou Wi-Fi local; projeto mira privacidade, descentralização e resistência à censura
JBS (JBSS32) cai mais de 3% na B3 após previsões nada saborosas para o segundo trimestre
Goldman, XP e Itaú BBA cortam projeções e destacam a pressão nos EUA em um trimestre amargo para a gigante das carnes
Itaú BBA eleva projeção para o Ibovespa até o fim de 2025; saiba até onde o índice pode chegar
Banco destaca cenário favorável para ações brasileiras com ciclo de afrouxamento monetário e menor custo de capital
Falta de OPA na Braskem não é o que preocupa o BTG: o principal catalisador da petroquímica está em outro lugar — e não tem nada a ver com Tanure
Embora as questões de governança e mudança de controle não possam ser ignoradas, o verdadeiro motor (ou detrator) é outro; veja o que dizem os analistas
Enquanto Banco do Brasil (BBAS3) sofre o peso do agronegócio, Bradesco (BBDC4) quer aumentar carteira agrícola em até 15% na safra 2025/26
O Bradesco traçou uma meta ousada: aumentar sua carteira agrícola entre 10% e 15% para a safra 2025/2026; veja os detalhes da estratégia
XP cobra na Justiça a Grizzly Research por danos milionários após acusações de esquema de pirâmide
A corretora acusa a Grizzly Research de difamação e afirma que o relatório causou danos de mais de US$ 100 milhões, tanto em perdas financeiras quanto em danos à sua reputação
Fundador da Hypera (HYPE3) estabelece acordo para formar bloco controlador — e blindar a empresa contra a EMS; entenda
Mesmo com a rejeição da oferta pela Hypera em outubro do ano passado, a EMS segue demonstrando interesse pela aquisição da rival