🔴 AÇÕES, FIIs, BDRs E CRIPTO – ONDE INVESTIR EM SETEMBRO? CONFIRA AQUI

Maria Eduarda Nogueira

Maria Eduarda Nogueira

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação em Comunicação e Marketing Digital na ESPM. Já trabalhou com comunicação institucional e jornalismo de viagens. Atualmente, é repórter de lifestyle do Seu Dinheiro. Está sempre disponível para falar sobre inovação, livros e cultura pop.

TOUROS E URSOS #201

Graças a Milei, Argentina vai melhorar muito mais que o Brasil em 2025 — e Lula deveria torcer pelos hermanos, diz economista do Insper

No episódio da semana do Touros e Ursos, Roberto Dumas Damas fala sobre a recuperação da economia argentina, impulsionada por medidas ultraliberais adotadas pelo presidente no primeiro ano de mandato

Maria Eduarda Nogueira
Maria Eduarda Nogueira
7 de dezembro de 2024
8:01 - atualizado às 17:52
touros e ursos podcast argentina javier milei brasil economia argentina

Quem te viu, quem te vê, Argentina. Após anos com a economia em ruínas, inflação em níveis estratosféricos e até mesmo a criação de uma economia paralela, representada pelo câmbio blue, a nação vizinha finalmente está vendo uma cura para a “patologia” que viveu durante tanto tempo. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O médico responsável por essa operação até agora bem-sucedida é Javier Milei, através de políticas ultraliberais – às vezes enunciadas com frases de impacto polêmicas. 

Antes de receber alta, o país vai precisar passar pela “dor de cura”, que não será fácil em um primeiro momento, mas que pode colocar a Argentina em um caminho melhor e mais promissor que o do Brasil a partir do ano que vem. 

Esta visão é corroborada pelo economista e professor do Insper, Roberto Dumas Damas, convidado da semana do podcast Touros e Ursos.

Um ano de Milei: sem preços congelados e o ‘estouro’ do Banco Central

Resolver a patologia argentina exigiu medidas drásticas de Milei até agora. Vale lembrar que a inflação acumulada do país atingiu 12.000%, uma cifra expressiva que, curiosamente, ainda é “pequena” em comparação com a do Brasil entre os anos de 1980 e 1994, que conviveu com 12 trilhões percentuais. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um dos primeiros atos ao assumir a Casa Rosada foi “estourar o Banco Central”, proibindo a emissão de mais pesos argentinos para financiamento do déficit fiscal. Além disso, Milei também fez um ajuste fiscal nos gastos e reduziu o número de ministérios e secretarias.  No frigir dos ovos, a Argentina saiu de um déficit fiscal de 5,4% para um superávit nominal de 0,5%.

Leia Também

Por fim, Milei também acabou com a política de congelamento de preços adotada por governos anteriores, chamada de "armadilha peronista" por Dumas Damas. 

Segundo o economista, essa política, que buscava controlar a inflação através do tabelamento de preços, acabou gerando escassez de produtos. "Não tinha oferta suficiente", explica Dumas.

Essa prática acabava mascarando a real extensão da pobreza na Argentina. A distorção nos preços controlados artificialmente impedia uma avaliação precisa da situação econômica da população. Ao assumir o governo, Milei optou por liberar a definição de preços de acordo com o mercado. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa medida, embora tenha gerado um choque inflacionário inicial de 25,5% em um mês e uma forte desvalorização do peso argentino (de 300 para 800 pesos por dólar), teve como objetivo, segundo Dumas, revelar a verdadeira situação da economia e permitir que o mercado se ajustasse.

"A pobreza aumentou sim. Aumentou, mas aquilo que a gente estava vendo estava encoberto", argumentou o convidado no podcast. 

Ao ancorar as expectativas fiscais, o setor privado viu novamente espaço para crescer. A expectativa é que a economia argentina siga o modelo "crowding-out effect", com o setor privado ocupando o espaço deixado pelo setor público, contrariamente ao que ocorre no Brasil.

Assista ao podcast na íntegra, clicando no vídeo abaixo. O Touros e Ursos também está disponível nas plataformas de áudio, como Spotify, Apple Podcasts e Deezer:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Entretanto, o sucesso do plano de Milei depende, em grande parte, da paciência da população argentina. Dumas destaca que a "dor da cura" pode gerar insatisfação popular e levar os argentinos a questionarem a continuidade do projeto liberalizante.

A grama do vizinho é mais verde?

Bem vistas ou não pelos hermanos, essas medidas liberais  estão levando a Argentina para um caminho próspero, na visão do convidado do Touros e Ursos. 

Na verdade, o país vizinho pode até deixar o Brasil “para trás”  em 2025.

Como parte de uma base muito baixa, a nação de Milei tem potencial para uma recuperação maior, enquanto o Brasil pode enfrentar um crescimento mais modesto, como consequência da Selic mais alta e da situação fiscal ainda complexa. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Comparações à parte, a prosperidade da Argentina acaba beneficiando diretamente a economia nacional, explica Dumas, por ser o quarto maior parceiro comercial do Brasil. 

"A gente exporta carro, autopeças, eles exportam para a gente", lembra o economista. Por esse motivo, a recuperação da economia argentina é interessante economicamente, pois significaria um aumento nas exportações brasileiras. 

Apesar das diferenças ideológicas e da "rivalidade” entre Lula e Milei, o professor do Insper acredita que o pragmatismo irá prevalecer nas relações bilaterais. "Países não têm amigos, países têm interesses", diz. 

No bloco dos touros e ursos da semana, a moeda dos BRICS foi considerada um urso por Dumas, por ser “impraticável no curto prazo”. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O economista ainda aconselhou que Donald Trump “escolhesse melhor as batalhas”, em referência à ameaça de taxação aos produtos dos BRICS caso estes países adotem uma moeda diferente do dólar para as suas transações comerciais, já que a desdolarização da economia é uma possibilidade muito remota no momento. 

Do lado dos touros, ganhou destaque o bitcoin, que bateu os US$ 100 mil essa semana; o crescimento do PIB brasileiro no terceiro trimestre e o Botafogo, campeão da Libertadores. 

* Este texto foi feito com ajuda de inteligência artificial.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
DEFESA DA SOBERANIA

Tarifaço de Trump ainda segura popularidade de Lula, e agora maioria dos brasileiros acredita que Bolsonaro participou de trama golpista

17 de setembro de 2025 - 17:08

Levantamento da Genial/Quaest também mostra que 64% do eleitorado consideram certa a defesa da soberania nacional por Lula

PATROPI

Terremotos no Brasil são menos incomuns do que imaginamos — e os tremores sentidos em BH são prova disso

17 de setembro de 2025 - 10:32

Dois abalos de baixa magnitude atingiram a Grande Belo Horizonte na noite de terça-feira; especialistas explicam por que pequenos tremores são comuns no Brasil

VEM AÍ O RESGATE?

Oncoclínicas (ONCO3) fará aumento de capital de até R$ 2 bilhões — mas não quer nem saber da proposta de reestruturação da Starboard

17 de setembro de 2025 - 9:04

O conselho de administração da Oncoclínicas aprovou um aumento de capital privado de até R$ 2 bilhões

BOLSA FAMÍLIA 2025

Bolsa Família: veja o calendário completo de pagamentos para setembro de 2025, quem tem direito e como sacar

17 de setembro de 2025 - 9:03

A Caixa começa a pagar nesta quarta-feira (17) o benefício do Bolsa Família de setembro; parte dos beneficiários também recebe o auxílio gás

LOTERIAS

Aposta simples fatura sozinha prêmio de mais de R$ 11 milhões na Quina 6828

17 de setembro de 2025 - 7:52

Depois de acumular por sete sorteios seguidos, a Quina pagou o maior prêmio da noite de terça-feira entre as loterias da Caixa

ALERTA LIGADO

Horário de verão vai voltar? O que se sabe até agora

17 de setembro de 2025 - 7:45

Horário de verão volta ao debate: governo avalia se vale adiantar os relógios para aliviar a rede elétrica

SD ENTREVISTA

Copom não tem pressa para cortar a Selic e não deve antecipar seus próximos passos, diz economista do Itaú

17 de setembro de 2025 - 7:10

Fernando Gonçalves acredita que o corte só deve vir em 2026 e que atividade e inflação não melhoraram o suficiente

LOTERIAS

Mega-Sena 2915 acumula e prêmio vai a R$ 33 milhões; Lotofácil 3488 deixa dois ‘quase vizinhos’ mais próximos do primeiro milhão

17 de setembro de 2025 - 6:49

Ao contrário do que aconteceu na segunda-feira, a Lotofácil não foi a única loteria a ter vencedores na faixa principal ontem

SUPER QUARTA

Última chamada para Selic de 15% ao ano? Como corte de juros pelo Fed pode redesenhar a estratégia de investimentos em renda fixa e ações 

17 de setembro de 2025 - 6:02

Juros no Brasil não devem mudar nesta Super Quarta, mas a virada na estratégia de investimentos pode começar muito antes do ajuste pelo Copom

POTENCIAL ELETRIZANTE

Ações de duas elétricas estão com ‘descontos excessivos’, segundo banco Safra; saiba quais são e se é hora de comprar

16 de setembro de 2025 - 20:10

Para a instituição financeira, Energisa e Equatorial têm “a faca e o queijo na mão”, mas uma dessas ações é a preferida

IMPASSE FUTURO

Eleições 2026 limitam até onde a Selic pode cair, diz economista-chefe do BNP Paribas 

16 de setembro de 2025 - 19:20

Para Fernanda Guardado, parte da desancoragem das expectativas de inflação se deve à incerteza quanto à responsabilidade fiscal do próximo governo

MULHERES NO TOPO

Fortuna familiar e filantropia: a história por trás da primeira mulher norte-americana a superar US$ 100 bilhões

16 de setembro de 2025 - 16:08

Herdeira do Walmart, Alice Walton se torna centibilionária e consolida sua posição como a mulher mais rica do mundo

TOUROS E URSOS #239

Super Quarta vem aí: corte de juros nos EUA abre espaço para o Copom cortar a Selic? 

16 de setembro de 2025 - 13:29

Luís Otávio Leal, economista-chefe da G5 Partners, fala sobre o início do ciclo de afrouxamento monetário nos EUA e o debate sobre os efeitos no Brasil

VEM AÍ FECHAMENTO DE CAPITAL

Por que a Cogna (COGN3) quer fechar o capital da Vasta e tirar as ações da subsidiária de Wall Street

16 de setembro de 2025 - 12:08

A companhia tem intenção de realizar uma oferta para aquisição de até 100% das ações da controlada Vasta na Nasdaq; entenda

TEM SALVAÇÃO?

Banco do Brasil já salta 18% desde as mínimas na B3. Com ajuda do governo e do BC, a ação BBAS3 pode reconquistar os R$ 30?

16 de setembro de 2025 - 11:02

Depois de chegar a ocupar lugar de destaque entre os papéis menos queridos pelos investidores na B3, o Banco do Brasil (BBAS3) pode voltar aos tempos de ouro?

NÃO DÁ PARA RECLAMAR

Bolão leva prêmio acumulado da Lotofácil 3487 e ninguém fica milionário; Quina acumula e Mega-Sena pode pagar R$ 27 milhões hoje

16 de setembro de 2025 - 6:42

Mais uma vez, a Lotofácil foi a única loteria da Caixa a ter vencedores na faixa principal na segunda-feira; Quina, Dupla Sena, Lotomania e Super Sete acumularam

LOTERIAS

Lotofácil acumulada pode pagar R$ 6 milhões hoje, mas não oferece o maior prêmio do dia entre as loterias da Caixa

15 de setembro de 2025 - 7:31

Lotofácil inicia a semana depois de acumular pela primeira vez em setembro, mas Quina e Dupla Sena oferecerem prêmios superiores

ANOTE NO CALENDÁRIO

Supersemana na agenda econômica: decisões de juros nos EUA, no Brasil, no Reino Unido e no Japão são destaques junto com indicadores

15 de setembro de 2025 - 7:01

A semana conta ainda com a publicação da balança comercial mensal da zona do euro e do Japão, fluxo cambial do Brasil, IBC-Br e muitos outros indicadores

PARA OS PROFESSORES

Professores já podem se cadastrar para emitir a Carteira Nacional de Docente

15 de setembro de 2025 - 6:01

Carteira Nacional de Docente começará a ser emitida em outubro e promete ampliar acesso a vantagens para docentes

BRASILEIRO MAIS RICO DO MUNDO

O homem mais rico do Brasil não vive no país desde criança e foi expulso da empresa que fundou; conheça Eduardo Saverin

14 de setembro de 2025 - 12:00

Expulso do Facebook por Mark Zuckerberg, Eduardo Saverin transformou sua fatia mínima na empresa em bilhões e hoje é o brasileiro mais rico do mundo.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar