Brasil com grau de investimento, mais uma revisão positiva do PIB e inflação dentro da meta? Tudo isso é possível, segundo Haddad
O ministro da Fazenda admitiu em evento nesta segunda-feira (14) que o governo pode revisar mais uma vez neste ano a projeção para o Produto Interno Bruto de 2024

Brasil com grau de investimento já nos próximos anos, inflação dentro da meta em 2024 e mais uma possível revisão positiva do PIB do país: essas são as projeções do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, traçadas em um dos mais tradicionais eventos do mercado financeiro brasileiro.
Do lado do crescimento econômico, Haddad admitiu nesta segunda-feira (14) que o governo pode revisar mais uma vez neste ano a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024.
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“Talvez a gente tenha que rever, ainda não, mas talvez a gente tenha que rever mais uma vez o PIB deste ano”, disse, durante o evento Itaú BBA MacroVision.
Para Haddad, o Brasil não deve crescer abaixo da média mundial neste ano. Ele também afirmou que é possível que o país mantenha um crescimento médio do PIB de 2,5% a longo prazo — e sem riscos.
“Do meu ponto de vista, não tem por que não mirar uma taxa de crescimento, no mínimo, equivalente à média mundial. Nós ficamos muito abaixo da média mundial por muitos anos. E eu penso que o Brasil pode mirar uma taxa de crescimento média acima de 2,5%, sem nenhum risco, na minha opinião, de desequilíbrios importantes.”
Brasil: de olho na inflação e no grau de investimento
Durante o evento, o ministro também afirmou que a inflação deste ano deve ficar dentro da faixa de tolerância da meta.
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Vale lembrar que o alvo estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2024 é de 3% ao ano, com uma margem de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos.
“A inflação — mesmo com o choque de oferta importante, por falta d'água, que impacta a produção de alimentos e energia elétrica; e pelo desastre que aconteceu no Rio Grande do Sul, que foi enfrentado, na minha opinião, com muita proficiência — mesmo com esses choques todos, nós estamos discutindo se a inflação vai ficar dentro do teto da banda ou não. Ou seja, temos alguma perspectiva de ficar ainda dentro do teto, ou seja, uma inflação menor do que a do ano passado”, falou.
O ministro também projetou que o Brasil pode alcançar o grau de investimento pela Moody’s em 2026.
Vale lembrar que a agência de classificação de risco elevou no início de outubro o rating do Brasil de Ba2 para Ba1, colocando o país a um passo do grau de investimento. A perspectiva da nota de crédito seguiu como positiva — mas com uma “pedra no meio do caminho”: o fiscal.
“Eu penso que nós estamos numa rota que pode nos dar o grau de investimento até 2026. Se acertar a mão, vai conseguir. Nós estávamos três degraus abaixo do grau de investimento quando nós tomamos posse. O que foi feito até aqui nos deu dois degraus, que não estão garantidos, diga-se de passagem. Porque, se você errar, você vai perder. Então, para manter e garantir o viés positivo, que é uma espécie de meio degrau, então são dois e meio, eu acredito que a receita está estabelecida.”
Haddad e a reforma no Imposto de Renda
Questionado sobre a proposta de reforma do Imposto de Renda, Haddad afirmou que não acredita ser possível que ela seja enviada ao Congresso Nacional ainda neste ano.
“No caso do Imposto sobre a Renda, os estudos são muito mais preliminares, dentro do governo e dentro do parlamento. Então, tem um trabalho a ser feito. E nós queremos acertar. Nós queremos, tanto do ponto de vista do consumo quanto da renda, aproximar o Brasil com o que tem de melhor no mundo”, disse.
Para o ministro, não há garantia de que será possível realizar a reforma no IR já neste ano. “Estamos com o calendário apertado e com tarefas inconclusas que nós gostaríamos de entregar esse ano, como o programa do Planejamento com a Fazenda de revisão do gasto”.
De acordo com o ministro, a reforma do Imposto de Renda precisa garantir que ela será neutra em termos de alíquota para não gerar risco fiscal associado nem ao imposto de consumo, nem ao imposto de renda.
“O pressuposto da reforma é que, para que a reforma saía, ela tem que ser neutra. O ajuste fiscal tem que estar em outro lugar, tem que ser buscado de outra forma. A reforma propriamente dita, tanto do consumo quanto da renda, tem que ser neutra, senão não passa”, afirmou.
*Com informações da Agência Brasil.
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