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Felipe Miranda: Sensação térmica: 60 graus

A semana é recheada de reuniões de política monetária, com decisões de juros na Austrália, Turquia, México, Rússia, Inglaterra e no Brasil

18 de março de 2024
20:02 - atualizado às 14:06
taxa de juros
Imagem: Shutterstock

Não há trégua para o investidor. Se a vida plena depende da noção de ataraxia (ausência de preocupações, ansiedades ou inquietações), estamos perdidos. Se houvesse uma próxima vida, gostaria de voltar como dentista.

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Dada a sensibilidade demonstrada pelos mercados brasileiros às taxas de juros de mercado nos EUA, nada mais preocupante do que a possibilidade de o Fed atualizar seu prognóstico para a política monetária norte-americana.

Depois de muito tempo, o mercado voltou a ter uma visão parecida ao Banco Central dos EUA para o comportamento de sua taxa básica de juros, projetando início da flexibilização em junho e três cortes até o final do ano.

Como chama atenção Mohammed El-Erian em sua coluna na Bloomberg hoje, isso é boa notícia, mas não é tudo. Mais inquietante, inclusive, é a possibilidade de mudança iminente nas estimativas.

Diante da força da economia e da persistência da inflação, acompanhadas de um vigor inesperado nos preços do petróleo (hoje em sua máxima em quase cinco meses), teme-se uma mudança no gráfico de pontos do Fed, com a visão majoritária do BC dos EUA sugerindo, na sua reunião de quarta-feira, apenas dois cortes até o final do ano.

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Ainda não é o cenário-base, mas poderia ser particularmente ruim para mercados emergentes, passageiros da agonia pendurados na Fed Funds Rate.

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Em relatório recente, o Bank of America Merrill Lynch alertou para o risco de o núcleo da inflação dos EUA voltar a rodar a 4% em junho. Não só abandonaríamos a convergência para a meta de 2% como passaríamos a divergir. Como resultado, teríamos muito mais dificuldade de afrouxar o torniquete monetário.

Em paralelo, Michael Wilson, do Morgan Stanley, chamou atenção para o nível de 4,35% do yield dos Treasuries de 10 anos. Segundo ele, essa é uma referência técnica importante, cuja superação poderia disparar uma correção das ações nos EUA. Hoje, estamos ali nos 4,30%, dançando à beira do vulcão, portanto.

O Copom e os próximos passos dos juros

A semana é recheada de reuniões de política monetária. Hoje à noite, o Japão atualiza seu juro básico, com possibilidade de abandono das taxas negativas.

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Ainda teremos eventos semelhantes em Austrália, Turquia, México, Rússia e Inglaterra, além, claro, do nosso próprio Copom.

Não há muita dúvida sobre a definição em si envolvendo a Selic nesta quarta-feira. A expectativa consensual sugere novo corte de 50 pontos-base, para 10,75% ao ano.

A principal dúvida repousa sobre a comunicação do colegiado do BC, mais precisamente sobre a preservação ou não do plural para a sinalização de novos cortes de 50 pontos-base nas próximas reuniões.

Parte dos analistas antevê a supressão do forward guidance, ou seja, mudando o texto de maneira a contemplar uma indicação apenas para o próximo encontro; outra parcela espera a preservação da sinalização de continuidade do ritmo por mais duas reuniões.

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Juros e o efeito sobre os mercados

Embora reconheçamos existir probabilidade não desprezível para os dois cenários, atribuímos mais chance para a preservação do plural, contratando o mesmo ritmo para os próximos dois encontros, seguida da afirmação de que o forward guidance será abandonado na reunião seguinte.

Famosa decisão salomônica. Em resumo, achamos que o Copom deve cortar 50 pontos, indicar mais duas doses dessa magnitude e abandonar sinalizações muito mais à frente.

Nesse sentido, a decisão da Selic e os comentários associados teriam pouca capacidade de mover os mercados.

Na esfera doméstica, o intervencionismo na economia, o risco de guinada populista para recuperar índices de aprovação ao governo, a cacofonia presidencial e o que fazer a partir das surpresas positivas vindas da arrecadação geram muito mais ansiedade.

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Se não há meios de escaparmos à inquietação sistêmica, talvez possa recorrer à outra abordagem para a vida plena: a eudaimonia, estado em que se é habitado por um “bom gênio" (ou espírito, não necessariamente no sentido metafísico), também definido como harmonia da alma, por sua vez atingida a partir da perseguição do caminho da virtude.

A verdade é que, na esfera macro, estamos em mares nunca dantes navegados. Apesar de vários chutes por aí, alguns até razoavelmente bem direcionados, ninguém sabe ao certo qual o esforço necessário para percorrermos esta última milha da inflação global em direção à meta.

Atenção a empresas virtuosas e balanços financeiros

Se o macro é difícil, recorremos ao micro e às empresas virtuosas. Algumas coisas parecem não ter recebido a devida atenção nessa temporada de resultados:

  • Direcional está com uma margem REF de 42%. Isso indica uma margem bruta para os próximos trimestres de 38/39%.

    Ocorre que todo mundo modela isso com margem convergindo para 34/35%, inclusive porque foi a sinalização histórica do management.

    Mas as vendas estão assustadoramente fortes e o controle de custos e despesas acontece de maneira surpreendente.

    Basta você somar as coisas para ver como o consenso subestima o lucro da companhia para o ano. Se você aplicar uma margem bruta de 38,5% para Direcional neste ano, vai chegar a um lucro líquido perto de R$ 570 milhões, cerca de 15% acima do projetado pelo consenso.

    Aí você pega o upside risk de a companhia voltar a vender projetos neste ano e praticamente matar a dívida.

    Como corolário, será um excepcional pagador de dividendos. Melhor operador de baixa renda em escala nacional, surfando todos os benefícios de um setor cada vez mais subsidiado. 
  • Eletrobras soltou um Ebitda cerca de 15% acima do consenso, numa demonstração inequívoca de que o turnaround está acontecendo e é só o começo.

    Ação apanhou na sexta-feira por notícia que a própria companhia negou ao final do dia. 
  • Localiza voltou a mostrar que, apesar do ambiente extremamente difícil, consegue atravessar com vantagens competitivas importantes.

    Preço de carro usado não cai mais na ponta há dois meses e o crédito está voltando.

    Safra de carros comprados caros na pandemia vai saindo do balanço, enquanto a operação de aluguel de carros continua remarcando preços sem impactos relevantes sobre volumes.

    Poucas compras são tão convictas quanto uma excelente empresa passando por um mau momento, em que os preços reagem muito mais proporcionalmente do que o valor intrínseco.

Conversas de taxa de desemprego natural ou juro neutro no Brasil são, por definição, absolutamente platônicas, construídas a partir da abstração dos economistas.

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Poucas coisas são tão concretas quanto bons ativos, comprados com desconto. O prêmio da virtude é a própria virtude.

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