Efeito borboleta: Investidores monitoram ata do Fed, falas de dirigentes e IPCA de setembro para antecipar rumos do Ibovespa e dos juros
Participantes do mercado esperam aceleração da inflação oficial no Brasil em meio a temores de ciclo de alta de juros ainda maior

O bater das asas de uma borboleta no oriente pode causar uma tempestade no ocidente? Não tento insinuar que o furacão Milton esteja avançando sobre os Estados Unidos por causa desse belo artrópode. Já explico.
Originalmente, a metáfora foi usada pelo meteorologista Edward Lorenz para explicar porque é impossível prever fenômenos atmosféricos com pouco mais do que alguns dias de antecedência.
No entanto, o chamado “efeito borboleta” tem grandes chances de dar as caras na taxa de juros. Ele só precisaria ser reformulado. Afinal, uma interrupção do corte de juros nos EUA pode levar o Copom a elevar ainda mais a taxa Selic no Brasil.
No momento, os participantes do mercado financeiro preveem mais dois cortes de 0,25 ponto porcentual pelo Federal Reserve em 2024. Mas isso pode mudar.
O Fed divulga nesta quarta-feira a ata de sua última reunião de política monetária. Também hoje, sete dirigentes do banco central dos EUA têm aparições públicas programadas. Não bastasse tudo isso, a inflação ao consumidor norte-americano será divulgada amanhã.
Em um cenário no qual a economia dos Estados Unidos segue bastante aquecida, os investidores estão em alerta para a possibilidade de o Fed simplesmente não cortar os juros no início de novembro.
Leia Também
Nem todo mundo em pânico: Ibovespa busca recuperação em meio a reação morna dos investidores a ataque dos EUA ao Irã
É tempo de festa junina para os FIIs
Se isso acontecer, aumentam as chances de um ciclo de alta dos juros ainda mais acentuado por aqui.
Nesse sentido, as atenções se voltam hoje para a inflação oficial no Brasil. A expectativa é de que o IPCA de setembro mostre aceleração.
Depois de registrar deflação de 0,02% em agosto, analistas projetam alta de 0,45% na leitura mensal. No acumulado em 12 meses, estima-se uma aceleração de 4,24% para 4,44% — quase no teto, mas dentro da margem de tolerância da meta de inflação.
O fato é que, com ou sem efeito borboleta, a alta da Selic no Brasil já fez com que um FII de papel destronasse o BTLG11 do posto de fundo imobiliário mais recomendado pelas corretoras.
O que você precisa saber hoje
HÁ ESPAÇO PARA MAIS?
A ÚLTIMA PENDÊNCIA CAIU!
O X está de volta: STF autoriza operação da rede social no país após pagamento de multas. Rede social cumpriu as exigências legais estipuladas pelo ministro Alexandre de Moraes e poderá voltar a ser utilizada pelos brasileiros.
RENDA FIXA
Títulos públicos como garantia e investimento coletivo: as novidades do Tesouro Direto nos próximos meses. Segundo coordenador-geral do Tesouro Direto, novos títulos públicos não estão na pauta no curto prazo, mas haverá novidades em outras frentes.
FIM DE UMA ERA
Intelbras (INTB3) anuncia plano de sucessão após saída de Altair Silvestri do comando da empresa; saiba quem será o novo CEO. Após 45 anos na companhia, dos quais 20 foram como presidente, Silvestri deixará o cargo em abril de 2025 e será recomendado para uma posição no conselho.
PRÉVIA DO BALANÇO
Vendas e lançamentos da Cyrela (CYRE3) crescem e superam os R$ 3 bilhões no terceiro trimestre; confira os destaques operacionais. O Valor Geral de Vendas (VGV) lançado foi de pouco mais de R$ 3,1 bilhões, enquanto as vendas somaram R$ 3,2 bilhões.
RESERVA DE VALOR
Bitcoin (BTC) perde para o ouro em retorno ajustado ao risco em 2024 e testa sua tese de “ouro digital”. Segundo dados monitorados pelo Goldman Sachs, o bom desempenho do bitcoin em termos absolutos não é suficiente para compensar a volatilidade da criptomoeda.
COMPRADOR MISTERIOSO
Multiplan (MULT3) fecha acordo milionário para venda de fatia em shopping no interior de São Paulo. A companhia, atualmente dona de 100% do JundiaíShopping, negociou a alienação de 25% do ativo por pouco mais de R$ 251 milhões.
COMBUSTÍVEL VERDE
O que é o Combustível do Futuro aprovado por Lula e como a nova lei afeta postos de gasolina. A expectativa do governo é que esse tipo de combustível destrave até R$ 250 bilhões em investimentos.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
Parceria poderosa: Nvidia e Foxconn se unem para desenvolver novo supercomputador que será usado para pesquisas sobre câncer. Projeto vai utilizar os novos chips de inteligência artificial da Nvidia; implantação completa está prevista para 2026.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
Reality show do Tesouro Direto colocará 100 mulheres para aprender a investir e a lidar melhor com suas emoções e finanças. Participantes da competição “Garota do Tesouro” serão testadas em suas habilidades de criação de riqueza e deverão compartilhar conhecimentos financeiros com seus seguidores.
APROVADO PELO SENADO
Gabriel Galípolo no Senado: como o indicado a comandar o Banco Central enxerga a Selic, a meta de inflação e a relação com Lula. Galípolo respondeu perguntas dos senadores em sabatina e teve o nome aprovado pela CAE para assumir o BC.
DESTAQUES DA BOLSA
É hora de comprar Cogna (COGN3)? Ação sobe forte na B3 após se tornar favorita do Bradesco BBI no setor de educação. O banco elevou a recomendação dos papéis COGN3 para “outperform” — equivalente a compra — e fixou um preço-alvo de R$ 2,40 para o fim de 2025.
PETROLEIRAS
Prio (PRIO3) eleva expectativas com aquisição do Campo de Peregrino e BTG Pactual reajusta preço-alvo. É hora de comprar ou vender a ação? Apesar dos números fracos na produção de setembro, os analistas BTG veem uma valorização de 74% para os papéis da petroleira no ano que vem.
NEM MORNO E NEM FRIO
UBS BB lista as ações mais “quentes” do momento na América Latina, com a B3 (B3SA3) no topo; veja o ranking. A dona da bolsa brasileira não é a única a aparecer na lista; confira quais são os outros papéis que mais foram comprados por fundos qualificados em setembro.
VAI PASSAR DE ANO?
Yduqs (YDUQ3) se torna a ação favorita dos analistas do Santander no setor de educação após a “nota vermelha” recente na B3. O que está por trás do otimismo? Para o banco, as ações YDUQ3 poderiam mais do que dobrar em relação ao último fechamento, com uma valorização potencial implícita de 116% até o fim de 2025.
FIIs HOJE
Fundo imobiliário RCRB11 eleva dividendos após acordo com a WeWork; veja quanto o FII distribuirá neste mês. O FII distribuirá R$ 1 por cota na próxima terça-feira (15), cifra que representa uma alta de quase 10% ante o valor pago no mês passado.
NÃO DEIXOU BARATO
A retaliação da China: veja quem vai ‘pagar a conta’ pela taxação de carros elétricos chineses na União Europeia. Exportadores de um determinado bem de consumo terão que fazer depósitos de segurança para a alfândega chinesa, como parte de medida antidumping.
FRUSTRANTE
China prometeu muito e entregou pouco? Pacote de medidas de estímulo à economia decepciona o mercado. Anúncio do governo frustrou os investidores, que esperavam medidas na casa dos trilhões de yuans.
DE OLHO NO AGRO
Preocupado com a “crise no agro”? BB Investimentos revela uma ação que pode subir quase 70% até 2025 mesmo com o momento difícil para o setor. Na avaliação do banco, a companhia representa uma “oportunidade interessante” em uma empresa bem posicionada para manter um crescimento sustentável e rentável.
Rodolfo Amstalden: São tudo pequenas coisas de 25 bps, e tudo deve passar
Vimos um build up da Selic terminal para 15,00%, de modo que a aposta em manutenção na reunião de hoje virou zebra (!). E aí, qual é a Selic de equilíbrio para o contexto atual? E qual deveria ser?
Olhando para cima: Ibovespa busca recuperação, mas Trump e Super Quarta limitam o fôlego
Enquanto Copom e Fed preparam nova decisão de juros, Trump cogita envolver os EUA diretamente na guerra
Do alçapão ao sótão: Ibovespa repercute andamento da guerra aérea entre Israel e Irã e disputa sobre o IOF
Um dia depois de subir 1,49%, Ibovespa se prepara para queimar a gordura depois de Trump abandonar antecipadamente o G-7
Acima do teto tem um sótão? Copom chega para mais uma Super Quarta mirando fim do ciclo de alta dos juros
Maioria dos participantes do mercado financeiro espera uma alta residual da taxa de juros pelo Copom na quarta-feira, mas início de cortes pode vir antes do que se imagina
Felipe Miranda: O fim do Dollar Smile?
Agora o ouro, e não mais o dólar ou os Treasuries, representa o ativo livre de risco no imaginário das pessoas
17 X 0 na bolsa brasileira e o que esperar dos mercados hoje, com disputa entre Israel e Irã no radar
Desdobramentos do conflito que começou na sexta-feira (13) segue ditando o humor dos mercados, em semana de Super Quarta
Sexta-feira, 13: Israel ataca Irã e, no Brasil, mercado digere o pacote do governo federal
Mercados globais operam em queda, com ouro e petróleo em alta com aumento da aversão ao risco
Labubu x Vale (VALE3): quem sai de moda primeiro?
Se fosse para colocar o meu suado dinheirinho na fabricante do Labubu ou na mineradora, escolho aquela cujas ações, no longo prazo, acompanham o fundamento da empresa
Novo pacote, velhos vícios: arrecadar, arrecadar, arrecadar
O episódio do IOF não é a raiz do problema, mas apenas mais uma manifestação dos sintomas de uma doença crônica
Bradesco acerta na hora de virar o disco, governo insiste no aumento de impostos e o que mais embala o ritmo dos mercados hoje
Investidores avaliam as medidas econômicas publicadas pelo governo na noite de quarta e aguardam detalhes do acordo entre EUA e China
Rodolfo Amstalden: Mais uma anomalia para chamar de sua
Eu sou um stock picker por natureza, mas nem precisaremos mergulhar tanto assim no intrínseco da Bolsa para encontrar oportunidade; basta apenas escapar de tudo o que é irritantemente óbvio
Construtoras avançam com nova faixa do Minha Casa, e guerra comercial entre China e EUA esfria
Seu Dinheiro entrevistou o CEO da Direcional (DIRR3), que falou sobre os planos da empresa; e mercados globais aguardam detalhes do acordo entre as duas maiores potências
Pesou o clima: medidas que substituem alta do IOF serão apresentadas a Lula nesta terça (10); mercados repercutem IPCA e negociação EUA-China
Entre as propostas do governo figuram o fim da isenção de IR dos investimentos incentivados, a unificação das alíquotas de tributação de aplicações financeiras e a elevação do imposto sobre JCP
Felipe Miranda: Para quem não sabe para onde ir, qualquer caminho serve
O anúncio do pacote alternativo ao IOF é mais um reforço à máxima de que somos o país que não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Insistimos num ajuste fiscal centrado na receita, sem anúncios de corte de gastos.
Celebrando a colheita do milho nas festas juninas e na SLC Agrícola, e o que esperar dos mercados hoje
No cenário global, investidores aguardam as negociações entre EUA e China; por aqui, estão de olho no pacote alternativo ao aumento do IOF
Azul (AZUL4) no vermelho: por que o negócio da aérea não deu samba?
A Azul executou seu plano com excelência. Alcançou 150 destinos no Brasil e opera sozinha em 80% das rotas. Conseguiu entrar em Congonhas. Chegou até a cair nas graças da Faria Lima por um tempo. Mesmo assim, não escapou da crise financeira.
A seleção com Ancelotti, e uma empresa em baixa para ficar de olho na bolsa; veja também o que esperar para os mercados hoje
Assim como a seleção brasileira, a Gerdau não passa pela sua melhor fase, mas sua ação pode trazer um bom retorno, destaca o colunista Ruy Hungria
A ação que disparou e deixa claro que mesmo empresas em mau momento podem ser ótimos investimentos
Às vezes o valuation fica tão barato que vale a pena comprar a ação mesmo que a empresa não esteja em seus melhores dias — mas é preciso critério
Apesar da Selic, Tenda celebra MCMV, e FII do mês é de tijolo. E mais: mercado aguarda juros na Europa e comentários do Fed nos EUA
Nas reportagens desta quinta, mostramos que, apesar dos juros nas alturas, construtoras disparam na bolsa, e tem fundo imobiliário de galpões como sugestão para junho
Rodolfo Amstalden: Aprofundando os casos de anomalia polimórfica
Na janela de cinco anos podemos dizer que existe uma proporcionalidade razoável entre o IFIX e o Ibovespa. Para todas as outras, o retorno ajustado ao risco oferecido pelo IFIX se mostra vantajoso