A diferença que uma letra faz: Ibovespa reage às sinalizações do Copom e do Fed; veja o que mais mexe com os mercados hoje
Copom cortou os juros para 10,75% e indicou mais um corte 0,5 ponto porcentual na próxima reunião de política monetária
Uma letra faz muita diferença — e eu posso provar. Certa vez, enquanto trabalhava em uma agência de notícias, uma de minhas atribuições era enviar aos assinantes do serviço as pautas com as notícias do dia.
Havia um template e, basicamente, era necessário apenas ajustar a data, escrever a pauta e apertar o botão de envio. Funcionou perfeitamente durante anos, exceto uma vez.
Por alguma falha tecnológica qualquer, o template não carregou direito e algumas palavras ficaram embaralhadas. Outras ficaram sem algumas letras.
Ajustei tudo o que percebi fora de lugar, escrevi a pauta e disparei. Alguns minutos depois, um profissional do atendimento aos clientes ligou no meu ramal e disse que havia um problema com a pauta.
Quando olhei na tela, suei frio. Eu havia revisado tudo, menos o campo da retranca, onde deveria estar escrito “PAUTA CONSOLIDADA”. Faltava o primeiro “a” da palavra pauta.
O procedimento padrão era enviar uma correção aos assinantes. Entretanto, somente a pessoa do atendimento aos clientes havia percebido. Nenhum cliente havia reclamado. Enviar uma correção amplificaria um erro de digitação a dimensões imprevisíveis.
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Não mandei a correção, ninguém mais percebeu e, passados tantos anos, fui lembrar disso apenas hoje pela manhã, ao ver a decisão de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC).
O Copom cortou a taxa Selic em 0,50 ponto porcentual, de 11,25% para 10,75% ao ano. Mas o mais importante é a sinalização quanto ao futuro do alívio monetário.
“Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do Comitê, unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião", escreveu o Copom.
Nos comunicados anteriores, o Copom antecipava uma “redução de mesma magnitude nas próximas reuniões”.
Embora essa possibilidade já estivesse no radar, esses três “s” a menos certamente terão um impacto muito mais relevante que o “a” omitido da pauta.
Afinal, a reformulação da frase será fundamental para que os investidores tentem se antecipar ao nível em que o Copom interromperá o atual ciclo de alívio monetário.
Horas antes do Copom, o Federal Reserve manteve a previsão de três cortes na taxa de juros dos Estados Unidos ao longo deste ano.
A projeção levou Wall Street a novos recordes ontem e impulsiona as bolsas de valores internacionais hoje pela manhã.
A dúvida é se o bom humor com o Fed vai se sobrepor aos ajustes esperados para hoje no Ibovespa, no dólar e nos DIs diante da possibilidade de uma Selic terminal ligeiramente mais alta que a projetada anteriormente.
De qualquer modo, essa resposta ainda está longe de ser conhecida, assim como não se sabe exatamente quando o Fed começará a cortar os juros.
O que você precisa saber hoje
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