Vale (VALE3) é a mais barata do setor de mineração e sai ganhando com futuro promissor do minério de ferro
Eu, Matheus Soares, enxergo um grande potencial na commodity independentemente da crise de sua maior exportadora: a China — e a mineradora brasileira sai ganhando com isso
Em meio às empresas ligadas à mineração na Bolsa brasileira, como CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR3), destaca-se a Vale (VALE3). A empresa está pagando dividendos gordos na faixa de 9% de dividend yield além de recomprar suas ações, o que mostra a confiança da companhia em si mesma.
Inclusive, é um dos papéis mais relevantes dentre as 13 ações com potencial de crescimento da carteira Market Makers, que entregamos à nossa Comunidade e que está rendendo 150% do Ibovespa.
Pois bem. Na terça (16), a Vale divulgou os dados de produção do 1º trimestre de 2024 e mostrou uma produção 3% acima do consenso. Excluindo efeito de compras de terceiros, a produção também aumentou ano contra ano.
Estocagem um pouco maior do que o esperado (4,3 milhões de toneladas), resultando em vendas de 63,8mt. Com preço realizado forte no relativo (~$101/ton vs $119/ton spot), existe espaço para revisão no EBITDA do consenso pro 1T24 entre 5%-10%.
Tudo isso sendo a empresa mais barata do setor em termos de múltiplo:
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Minério de ferro traz perspectivas interessantes para investir em VALE3
Uma preocupação entre investidores quando o assunto é o minério de ferro é a China. Afinal, sua economia está passando por um ponto de inflexão diante da crise no setor da construção civil.
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Mas nós, analistas do Market Makers, não vemos isso como um problema para os preços do minério de ferro, que tanto impactam nos preços de VALE3. Mostramos o porquê com números. Vamos lá:
Como 99% do minério de ferro é usado na fabricação de aço, é importante trazer alguns dados desse mercado. Em 2023, a produção de aço no mundo foi de 1,85 bilhão de tonelada sendo 1,02 bilhão (55% do total) produzido pela China.
E aqui vai o meu primeiro contraponto à narrativa de preocupação com China, que inclusive foi sustentada por Daniel Goldberg, sócio de Luis Stuhlberger, em bate-papo com o Market Makers: apesar da relevância chinesa para o setor, ela não é o único país que demanda minério de ferro no mundo. O segundo país que mais produz aço é a Índia e esse número vem crescendo ano após ano.
Neste gráfico de 2022 da Worldsteel Association, dá pra ver como a Índia e outros países asiáticos como Indonésia e Vietnã têm ganhado relevância no setor:
O consumo de aço na Índia aumentou 70% nos últimos 10 anos. Em 2023, o país não só cresceu seu consumo em 9%, virou importador líquido de aço e ainda ultrapassou a China em número de habitantes:
Alguns especialistas até acreditam na possibilidade da Índia tomar o lugar da China como o motor do crescimento mundial.
Outro país que chama atenção é o Vietnã: nos últimos 10 anos, o consumo de aço no país aumentou 716%. Apesar de consumir 17 milhões de toneladas de minério de ferro, o que é nada comparado à China, é um dado que mostra que outros países estão urbanizando sua população.
De acordo com a Wood Mackenzie, consultoria especializada no setor, o incremento do consumo de minério do resto do mundo deve compensar a queda do consumo chinês, já assumindo uma queda de 150 milhões de toneladas na demanda por minério até 2030. Para se ter uma ideia, só a Índia deve crescer 75 milhões de toneladas no mesmo período.
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China tem um longo ciclo de consumo no minério de ferro
Se a gente pegar o índice de urbanização na China - uma proxy de consumo de minério de ferro de um país - vemos que o país asiático é menos urbanizado até do que o Brasil, o que traz a ideia de que o país ainda tem um longo caminho de utilização do aço.
É verdade que o setor de construção na China tem passado por uma turbulência nos últimos anos, MAS veja que a demanda por aço no setor foi mais do que compensada por outros setores:
O setor de propriedades foi 41% da demanda em 2020. Agora, após Evergrande, em 2023, foi de "apenas" 30%. Ou seja, notícias ruins vindas do setor têm cada vez menos impacto na demanda por aço. Além de infraestrutura, o setor industrial pegou parte dessa participação, saindo de 17% para 19%. O ponto aqui é: China não é só setor imobiliário.
Muito se fala do aumento do estoque de minério nos portos chineses, mas se olhar um longo período de tempo, está na média dos últimos 5 anos:
Preço justo do minério de ferro
Para entender qual o ‘preço justo’ do minério de ferro, é preciso levar em conta duas informações:
1) o equilíbrio entre oferta e demanda; e
2) o custo marginal de produção da indústria, isto é, o nível de preço que faria a produção de maior custo sair do mercado.
Com relação ao primeiro ponto, vale dizer que a oferta do minério de ferro é ainda mais manipulada do que a oferta de petróleo controlada pela OPEP+. A oferta de minério é um oligopólio comandando por apenas 4 grandes empresas: Vale, BHP, Rio Tinto e Fortescue, responsáveis por quase 80% da produção no mundo, sendo as três últimas australianas.
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Com diversos grandes projetos tendo sido colocados no mercado até 2020, está previsto para a partir do primeiro trimestre de 2026 uma entrada de capacidade adicional de 60 milhões de toneladas de minério de ferro por conta do projeto Simandou, na Guiné. A China inclusive é sócia da Rio Tinto neste projeto e está colocando investindo para basicamente diminuir sua dependência ao Brasil e à Austrália.
Esse projeto vem sofrendo uma série de problemas envolvendo tanto desafios regulatórios, como também mudanças de regimes governamentais no país, mas é o único grande projeto em execução dentro do setor. Logisticamente é desafiador, tem corrupção e é difícil de acreditar que um projeto dessa relevância não sofrerá atrasos.
Já com relação ao custo marginal de produção da indústria, consultorias e funcionários do setor afirmam que as australianas estão perto de US$ 90-95. Isso porque não apenas a inflação afetou os custos das empresas, como também é muito mais raro e difícil a autorização de licenças regulatórias. Assim como o petróleo, o setor também vem passando por um cenário de restrição de investimentos para uma agenda mais sustentável.
Resumindo o cenário de China e minério de ferro, eu não discordo com que diz que a China está passando por mudanças nos seus pilares econômicos, mas não vejo indicação de uma catástrofe para os preços do minério de ferro, pelo menos não com os dados que temos à disposição hoje.
Por não vermos um colapso iminente acontecendo, seguimos comprados na Vale e acreditamos que estamos sendo bem remunerados por isso.
Comunidade Market Makers: invista melhor e conecte-se com os melhores
Essa análise do minério de ferro existe graças à Comunidade Market Makers, pois eu fiz esse material enquanto analisava a carteira recomendada de 13 ações da carteira, que, embora seja focada no longo prazo, acumula uma rentabilidade de 28% nos últimos 12 meses.
Em 2023, entregou 35% de rentabilidade aos membros ante 22% do Ibovespa. O melhor disso tudo é que se trata de uma carteira que é fortalecida pela troca que nossa Comunidade entrega:
- Análises e recomendações de investimento exclusivas;
- Happy Hours de investidores;
- Contato por WhatsApp com a equipe Market Makers;
- Convites para edições com platéia do podcast Market Makers;
- Acesso a conversas em vídeo com executivos das empresas em carteira;
- Cursos para formação de investidores: "Introdução ao Mercado de Ações" e "Do Zero ao Valuation na prática".
Com foco em oferecer um suporte de qualidade para o investidor, não é sempre que abrimos a Comunidade para novos integrantes, mas você pode entrar para a lista de espera clicando aqui para ser avisado em primeira mão quando reabrirmos e garantir sua vaga.
Isso é importante, pois abrimos a comunidade pontualmente e só quem está na lista é avisado.
Abaixo, deixo alguns prints do grupo do WhatsApp, mostrando a nossa proximidade diária com os membros. Na terceira imagem, por exemplo, respondemos a dúvida do Carlos, um dos nossos participantes, sobre os preços justos de ações que estão na carteira Market Makers.
Abaixo, dou uma palhinha sobre a plataforma que hospedamos as recomendações, análises, atualizações e lives. São mais de 100 vídeos e inúmeros documentos relevantes para fortalecer sua carteira de investimentos:
Na plataforma da comunidade, temos uma aba com os ativos e os percentuais recomendados para cada ativo, visando a otimização de um portfólio de ações vencedor.
Como deu para ver, isso mostra que o nosso podcast (que já conta com mais de 100.000 inscritos no YouTube) é só a ponta do iceberg de tudo que você pode aproveitar no ecossistema Market Makers.
Te aguardamos na lista de espera. Será um prazer ter você como um dos membros em breve.
Um abraço,
Matheus Soares
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