O saldo do estrago: S&P 500 tem o pior dia desde 2022 e Dow tomba 1.000 pontos; Ibovespa sustenta os 125 mil pontos e dólar sobe a R$ 5,7414
Pela segunda sessão seguida, o ouro terminou em queda, se afastando das máximas; petróleo também recua, embora as perdas tenham sido limitadas por um dado positivo do setor de serviços norte-americano
Parecia um vale a pena ver de novo — que ninguém queria assistir. A liquidação de sexta-feira (2) em Wall Street se estendeu aos mercados globais nesta segunda-feira (5) e o estrago foi ainda maior do que antes: bolsas no vermelho ao redor do mundo, dólar em alta por aqui e uma fuga para ativos considerados mais seguros.
Os temores de uma recessão nos EUA foram os principais culpados pelo colapso dos mercados ao redor do mundo após o decepcionante relatório de empregos de julho divulgado na semana passada.
O Dow Jones chegou a cair 1.200 pontos na mínima do dia e encerrou o pregão com queda de 2,7%. O Nasdaq Composto perdeu 3,7% e o S&P 500 recuou 3,2%. Tanto o Dow como o S&P 500 tiveram as maiores perdas desde setembro de 2022.
Por aqui, o Ibovespa recuou 0,46%, mas conseguiu manter os 125 mil pontos, encerrando a 125.269,54 pontos. No mercado de câmbio, o dólar subiu 0,56%, encerrando o dia a R$ 5,7414, depois de alcançar os R$ 5,8656.
- Quer saber qual é a carteira ideal para você? Ferramenta simula carteira de acordo com seu perfil, objetivo e valor inicial. Confira aqui
A aversão a risco também levou o petróleo a acelerar as perdas. O Brent — usado como referência no mercado internacional — para novembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 0,66%, a US$ 76,30 o barril. Já o WTI — a referência do mercado norte-americano — para setembro o fechou em queda de 0,79%, a US$ 72,94 o barril.
A desvalorização do petróleo, no entanto, foi limitada pelo dado que sugeriu que o setor de serviços ainda segue resiliente nos EUA, enquanto investidores monitoram as tensões no Oriente Médio.
Leia Também
O ouro também foi arrastado pelas perdas de hoje e fechou em queda, em sessão marcada pela busca por segurança diante da forte valorização do iene e da demanda por Treasurys. Com isso, o contrato do metal para dezembro caiu 1,02%, a US$ 2.444,40 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
Essa foi a segunda sessão seguida de perdas do ouro, que acabou se afastando da máxima histórica alcançada na semana passada apesar do clima de aversão a risco global.
O estrago do dia nos outros mercados:
- Os yields (rendimentos) do título do Tesouro dos EUA de 10 anos, considerado um dos ativos mais seguros do mundo, caiu a 3,76% na segunda-feira — o menor nível desde junho de 2023;
- O bitcoin caiu de quase US$ 62.000 na sexta-feira para cerca de US$ 52.000
- O índice de referência Stoxx 600 da Europa recuou 2,2%;
- Na Ásia, o Nikkei recuou 12,4% no pior dia para o índice desde que a "Segunda-feira Negra" de 1987.
- O Índice de Volatilidade Cboe chegou a subir até 65, o maior nível desde os primeiros dias da pandemia de covid-19 em 2020.
- Leia também: Do Japão ao Ibovespa: 3 coisas que você precisa saber para entender o terremoto financeiro que derruba as bolsas hoje
O derrubou os mercados de novo
Temores em relação à possível recessão da economia norte-americana derrubaram mercados acionários da Ásia, Europa, nos EUA e no Brasil, depois de leitura fraca do payroll na última sexta-feira.
A abertura de vagas no mês passado desacelerou mais do que o esperado nos EUA, enquanto a taxa de emprego subiu para o maior nível desde outubro de 2021.
A economia norte-americana criou em julho 114 mil postos de trabalho, segundo o Departamento do Trabalho, uma desaceleração em relação aos 179 mil de junho e abaixo dos 185 mil esperados pelos economistas consultados pela Dow Jones. A taxa de desemprego, por sua vez, aumentou para 4,3%.
Os dados fracos de emprego levaram muitos investidores a acreditar que talvez o Federal Reserve devesse ter agido nesta quarta-feira (31), quando manteve os juros no maior patamar em 23 anos.
O temor é de que, com os juros tão altos — entre 5,25% e 5,50% ano — a economia dos EUA entre em recessão.
OS MELHORES INVESTIMENTOS PARA AGOSTO: AÇÕES, FIIS, DIVIDENDOS E BDRS I ONDE INVESTIR NESTE MÊS
O Fed vai cortar os juros logo?
Na sexta-feira (2), quando Wall Street passou por uma forte liquidação, o presidente da unidade do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, veio à público tentar acalmar os investidores — mas não adiantou.
Na ocasião, ele reconheceu que o payroll de julho apontou para um esfriamento que pode ligar o alerta do comitê de política monetária, mas destacou que não se pode reagir excessivamente a dados econômicos de um único mês.
Hoje, em meio à liquidação nos mercados de ações, a chance de o Federal Reserve cortar juros em 50 pontos-base em setembro caiu, de acordo com dados compilados pelo CME Group.
Durante a sessão de hoje, havia 83,5% de probabilidade de os juros caírem do intervalo atual de 5,25% a 5,50% para a faixa de 4,75% a 5,00% no próximo encontro do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês). Mais cedo, essa hipótese chegou a superar a casa dos 90%. Na contramão, o risco de um corte menor, de 25 pontos-base, subiu para 16,5%.
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
Seca dos IPOs na bolsa vai continuar mesmo com Regime Fácil da B3; veja riscos e vantagens do novo regulamento
Com Regime Fácil, companhias de menor porte poderão acessar a bolsa, por meio de IPOs ou emissão dívida
Na onda do Minha Casa Minha Vida, Direcional (DIRR3) tem lucro 25% maior no 3T25; confira os destaques
A rentabilidade (ROE) anualizada chegou a 35% no entre julho e setembro, mais um recorde para o indicador, de acordo com a incorporadora
O possível ‘adeus’ do Patria à Smart Fit (SMFT3) anima o JP Morgan: “boa oportunidade de compra”
Conforme publicado com exclusividade pelo Seu Dinheiro na manhã desta quarta-feira (12), o Patria está se preparando para se desfazer da posição na rede de academias, e o banco norte-americano não se surpreende, enxergando uma janela para comprar os papéis
Forte queda no Ibovespa: Cosan (CSAN3) desaba na bolsa depois de companhia captar R$ 1,4 bi para reforçar caixa
A capitalização visa fortalecer a estrutura de capital e melhorar liquidez, mas diluição acionária preocupa investidores