O que aconteceu em Nova York hoje? Dow Jones tem a pior sequência de perdas em quase 50 anos
Por aqui, o Ibovespa sobreviveu à montanha-russa do câmbio e à pressão dos juros e terminou o dia em alta
Se um dia Frank Sinatra cantou que um gostaria de ser parte da cidade que nunca dorme, nesta terça-feira (17) ele repensaria os planos se olhasse para Wall Street e talvez longe de Nova York é onde a estrela da música — e os investidores — gostariam de estar.
Isso porque o Dow Jones entrou para a história hoje e não foi por um bom motivo. O índice que reúne 30 das ações mais importantes da bolsa norte-americana alcançou a maior sequência de perdas registrada desde 1978 — foram nove quedas seguidas.
Só hoje, o Dow recuou 0,61%, para terminar a sessão aos 43.449,90 pontos — bem longe dos dias de glória do início deste mês e que fazem jus à Nova York cantada por Sinatra, quando o índice superou a marca dos 45 mil pontos pela primeira vez.
A derrocada de hoje do Dow foi acompanhada pelos outros dois principais índices de ações de Wall Street: o S&P 500 e o Nasdaq. O primeiro recuou 0,39%, aos 6.050,61 pontos, enquanto o segundo perdeu 0,32%, aos 20.109,06 pontos.
O que deu errado em Nova York
Nos versos de Sinatra é fácil entender que Nova York não é para qualquer um — não à toa ele canta que se conseguir ser bem-sucedido lá, será capaz de ser bem-sucedido em qualquer lugar. E se tem um grupo de ações que é capaz de chegar longe é o de tecnologia.
Uma rotação para ações do setor e para longe de alguns papéis da chamada velha economia — que ganharam espaço nas carteiras dos gringos com a eleição de Donald Trump em novembro — foi a responsável por embalar as perdas do Dow.
Leia Também
A última dança de Warren Buffett: 'Oráculo de Omaha' vai deixar a Berkshire Hathaway com caixa em nível recorde
- Vale destacar que a Nvidia — que se juntou ao Dow em novembro — é uma exceção depois que a ação da fabricante de chips deslizou para o território de correção — quando um papel cai 10% ao mais do pico do fechamento — na segunda-feira (16).
Algumas das preocupações que impulsionam a realização de lucros nas ações de fora do setor de tecnologia giram em torno da decisão do Federal Reserve (Fed) de amanhã (18).
De acordo com a ferramenta Fed Watch do CME Group, a probabilidade de um corte de 25 pontos-base é de 95%.
No entanto, há preocupação entre investidores de que o banco central norte-americano possa estar cometendo um erro e arriscando criar uma bolha no mercado de ações ou provocando mais inflação.
SELIC ALTA e AJUSTE FISCAL podem AFETAR ações PAGADORAS de DIVIDENDOS?
Enquanto isso, por aqui…
Se Sinatra deu o tom das negociações em Nova York hoje, por aqui, as negociações foram mais ao estilo heavy metal com o mercado se questionando sobre as intervenções do banco central no câmbio.
O dólar chegou ao pico de R$ 6,20 no mercado à vista mais cedo e encerrou o dia em novo recorde: a moeda norte-americano fechou a R$ 6,0961 (+0,04%). O Seu Dinheiro contou os detalhes do movimento do câmbio e você pode conferir aqui.
O Ibovespa, por sua vez, sobreviveu à montanha-russa do dólar e à pressão na curva de juros. O principal índice de ações da bolsa brasileira subiu 0,92%, aos 124.698,04 pontos.
As principais ações de commodities — Vale e Petrobras — e as de grandes bancos — Itaú, Santander e Bradesco — deram suporte ao índice, em sessão positiva também para alguns nomes do setor metálico como Gerdau e para as utilities como Eletrobras.
Na ponta ganhadora da sessão, destaque pelo segundo dia para a estreante Automob e, do lado oposto, Hapvida, Pão de Açúcar e Marfrig.
Além do câmbio, uma fonte de estresse por aqui foi a ata da Copom, pela ala política do PT liderada por Gleise Hoffmann como “carta de sequestro da política econômica do governo”.
O alívio o mercado brasileiro veio no meio da tarde de hoje, depois que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), confirmou que a casa vota ainda hoje em plenário o projeto de lei complementar (PLP) que estabelece gatilhos para o arcabouço fiscal e prevê o bloqueio de emendas.
Montanha-russa da bolsa: a frase de Powell que derrubou Wall Street, freou o Ibovespa após marca histórica e fortaleceu o dólar
O banco central norte-americano cortou os juros pela segunda vez neste ano mesmo diante da ausência de dados econômicos — o problema foi o que Powell disse depois da decisão
Ouro ainda pode voltar para as máximas: como levar parte desse ganho no bolso
Um dos investimentos que mais renderam neste ano é também um dos mais antigos. Mas as formas de investir nele são modernas e vão de contratos futuros a ETFs
Ibovespa aos 155 mil pontos? JP Morgan vê três motores para uma nova arrancada da bolsa brasileira em 2025
De 10 de outubro até agora, o índice já acumula alta de 5%. No ano, o Ibovespa tem valorização de quase 24%
Santander Brasil (SANB11) bate expectativa de lucro e rentabilidade, mas analistas ainda tecem críticas ao balanço do 3T25. O que desagradou o mercado?
Resultado surpreendeu, mas mercado ainda vê preocupações no horizonte. É hora de comprar as ações SANB11?
Ouro tomba depois de máxima, mas ainda não é hora de vender tudo: preço pode voltar a subir
Bancos centrais globais devem continuar comprando ouro para se descolar do dólar, diz estudo; analistas comentam as melhores formas de investir no metal
IA nas bolsas: S&P 500 cruza a marca de 6.900 pontos pela 1ª vez e leva o Ibovespa ao recorde; dólar cai a R$ 5,3597
Os ganhos em Nova York foram liderados pela Nvidia, que subiu 4,98% e atingiu uma nova máxima. Por aqui, MBRF e Vale ajudaram o Ibovespa a sustentar a alta.
‘Pacman dos FIIs’ ataca novamente: GGRC11 abocanha novo imóvel e encerra a maior emissão de cotas da história do fundo
Com a aquisição, o fundo imobiliário ultrapassa R$ 2 bilhões em patrimônio líquido e consolida-se entre os maiores fundos logísticos do país, com mais de 200 mil cotistas
Itaú (ITUB4), BTG (BPAC11) e Nubank (ROXO34) são os bancos brasileiros favoritos dos investidores europeus, que veem vida ‘para além da eleição’
Risco eleitoral não pesa tanto para os gringos quanto para os investidores locais; estrangeiros mantêm ‘otimismo cauteloso’ em relação a ativos da América Latina
Gestor rebate alerta de bolha em IA: “valuation inflado é termo para quem quer ganhar discussão, não dinheiro”
Durante o Summit 2025 da Bloomberg Linea, Sylvio Castro, head de Global Solutions no Itaú, contou por que ele não acredita que haja uma bolha se formando no mercado de Inteligência Artificial
Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa, enquanto Fleury (FLRY3) fica na lanterna; veja as maiores altas e quedas da semana
Com a ajuda dos dados de inflação, o principal índice da B3 encerrou a segunda semana seguida no azul, acumulando alta de 1,93%
Ibovespa na China: Itaú Asset e gestora chinesa obtêm aprovação para negociar o ETF BOVV11 na bolsa de Xangai
Parceria faz parte do programa ETF Connect, que prevê cooperação entre a B3 e as bolsas chinesas, com apoio do Ministério da Fazenda e da CVM
Envelhecimento da população da América Latina gera oportunidades na bolsa — Santander aponta empresas vencedoras e quem perde nessa
Nova demografia tem potencial de impulsionar empresas de saúde, varejo e imóveis, mas pressiona contas públicas e produtividade
Ainda vale a pena investir nos FoFs? BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos no IFIX e responde
Em meio ao esquecimento do segmento, o analista do BB-BI avalia as teses de seis Fundos de Fundos que possuem uma perspectiva positiva
Bolsas renovam recordes em Nova York, Ibovespa vai aos 147 mil pontos e dólar perde força — o motivo é a inflação aqui e lá fora. Mas e os juros?
O IPCA-15 de outubro no Brasil e o CPI de setembro nos EUA deram confiança aos investidores de que a taxa de juros deve cair — mais rápido lá fora do que aqui
Com novo inquilino no pedaço, fundo imobiliário RBVA11 promete mais renda e menos vacância aos cotistas
O fundo imobiliário RBVA11, da Rio Bravo, fechou contrato de locação com a Fan Foods para um restaurante temático na Avenida Paulista, em São Paulo, reduzindo a vacância e ampliando a diversificação do portfólio
Fiagro multiestratégia e FoFs de infraestrutura: as inovações no horizonte dos dois setores segundo a Suno Asset e a Sparta
Gestores ainda fazem um alerta para um erro comum dos investidores de fundos imobiliários que queiram alocar recursos em Fiagros e FI-Infras
FIIs atrelados ao CDI: de patinho feio à estrela da noite — mas fundos de papel ainda não decolam, segundo gestor da Fator
Em geral, o ciclo de alta dos juros tende a impulsionar os fundos imobiliários de papel. Mas o voo não aconteceu, e isso tem tudo a ver com os últimos eventos de crédito do mercado
JP Morgan rebaixa Fleury (FLRY3) de compra para venda por desinteresse da Rede D’Or, e ações têm maior queda do Ibovespa
Corte de recomendação leva os papéis da rede de laboratórios a amargar uma das maiores quedas do Ibovespa nesta quarta (22)
“Não é voo de galinha”: FIIs de shoppings brilham, e ainda há espaço para mais ganhos, segundo gestor da Vinci Partners
Rafael Teixeira, gestor da Vinci Partners, avalia que o crescimento do setor é sólido, mas os spreads estão maiores do que deveriam
Ouro cai mais de 5% com correção de preço e tem maior tombo em 12 anos — Citi zera posição no metal precioso
É a pior queda diária desde 2013, em um movimento influenciado pelo dólar mais forte e perspectiva de inflação menor nos EUA