Dólar supera mais uma vez os R$ 5 — agora para ficar? Saiba o que mexe com as cotações da moeda norte-americana
A dólar avança mais de 3% no ano, com os investidores de olho na trajetória dos juros da maior economia do mundo
O tema da semana é política monetária. Os bancos centrais do Brasil, dos Estados Unidos e do Japão divulgam as suas decisões nos próximos dias e a espera — que parece ser longa para os investidores — repercute no desempenho do dólar.
Na comparação com o real, a moeda norte-americana operava a R$ 5,0255, com alta de 0,53% no mercado à vista, por volta das 12h (horário de Brasília). Já em relação a moedas mais fortes, o indicador DXY registrava avanço de 0,09%, aos 103.523 pontos.
No ano, o dólar acumula alta de 3,53%. Siga os mercados.
O principal motivo para a alta do dólar é a escalada dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos, ou seja, os juros projetados para a dívida do governo norte-americano.
Hoje, os Treasurys de 10 anos sobem a 4,332%, enquanto os juros projetados para 30 anos avançam a 4,460%, próximos da marca psicológica de R$ 5.
Esse movimento acontece devido às preocupações dos investidores sobre a trajetória dos juros, após dados de atividade econômica mais fortes que o esperado.
Entre eles, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) avançou 0,4% em fevereiro na comparação com janeiro, em linha com o esperado. O núcleo do CPI, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, registrou alta de 0,4% em fevereiro ante janeiro, também de acordo com as projeções.
Na base anual, a inflação subiu 3,2%, levemente acima da alta de 3,1% esperada pelo mercado. Já o núcleo avançou 3,8% na comparação anual de fevereiro, também acima dos 3,7% projetados.
Embora o CPI não seja o índice de preços preferido do Federal Reserve (Fed), mas é um dos indicadores para calibrar as expectativas sobre a trajetória de juros do país.
Na visão do mercado, o dado apontou que a economia segue ainda resiliente e crescendo, mesmo com os juros no maior nível em 22 anos, o que coloca em risco a perspectiva de três cortes até o fim de 2024.
Além disso, os olhos dos investidores estão concentrados na ‘Super Quarta’. O Comitê Federal de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) se reúne na próxima quarta-feira (20). A expectativa é de manutenção do intervalo de juros, mas com expectativa de sinalização de início de corte em junho.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BCB) se reúne no mesmo dia.
- VOCÊ JÁ DOLARIZOU SEU PATRIMÔNIO? A Empiricus Research está liberando uma carteira gratuita com 10 ações americanas pra comprar agora. Clique aqui e acesse.
Por que os Treasurys mexem com o dólar?
Em linhas gerais, os Treasurys são considerados o investimento mais seguro do mundo, pelo fato de o governo dos EUA nunca ter dado calote na história e ainda ser o emissor da moeda — no caso o dólar.
Assim como os títulos do Tesouro brasileiro, os Treasurys possuem diferentes vencimentos, sendo os mais relevantes os de 2, 10 e 30 anos.
Ou seja, ao comprar Treasurys o investidor empresta dinheiro para o governo dos Estados Unidos, com a perspectiva de receber algum retorno financeiro nesses períodos, dada uma taxa negociada diariamente.
Essas taxas, também chamadas de yields (rendimentos) variam de acordo com a perspectiva dos investidores para a trajetória da taxa de juros da maior economia do planeta. Vale lembrar que a faixa atual dos juros está entre 5,25% a 5,50% ao ano.
Sendo assim, o juro norte-americano ajuda a estabelecer o valor do dólar no mercado internacional. Em linhas gerais, pode ser considerado também como custo de oportunidade de investimento em dólar.
IFIX: Dez fundos imobiliários que devem entrar e três que podem sair da carteira do principal índice de FIIs da B3
A prévia de hoje confirmou a tendência de crescimento da carteira: apesar da saída de três FIIs, o índice deve ganhar nove novos integrantes
Fundo imobiliário Riza Terrax (RZTR11) compra trio de imóveis por mais de R$ 130 milhões e já tem outros cinco ativos na mira
O FII, que é focado em propriedades agrícolas, anunciou a aquisição de três ativos em operações de sale & leaseback, no qual o próprio vendedor torna-se o locatário
Adeus, Bartolomeo? Vale (VALE3) já definiu os próximos passos para a sucessão do comando da mineradora
A data de término do mandato de Eduardo Bartolomeo como CEO já estava definida desde março; uma lista tríplice será apresentada em setembro
Casas Bahia (BHIA3) deixa o Ibovespa e vai para o ‘banco de reservas’ da bolsa; veja qual ação será a nova titular
Exclusão da ação da Casas Bahia do Ibovespa ocorre apenas alguns depois de anúncio de recuperação extradjudicial da varejista
Bolsa hoje: Ibovespa sobe com elevação de perspectiva de crédito e decisão dos juros nos EUA; Bradesco (BBDC4) recua quase 2% após balanço e limita ganhos do índice
RESUMO DO DIA: Na volta do feriado, o mercado acionário se ajusta às movimentações do exterior enquanto a bolsa brasileira estava fechada. Por aqui, os investidores reagem à elevação da perspectiva para positiva, mesmo com a manutenção da nota de crédito Ba2, pela Moody’s. Também reagem à decisão de juros do Fed. Ontem, o Federal […]
O dólar já era? Campos Neto diz quem vence a disputa como moeda da vez no mundo — e não é quem você pensa
O presidente do BC brasileiros avaliou a possibilidade de o yuan substituir a moeda norte-americana e sugere qual caminho o mundo vai escolher daqui para frente
Agrogalaxy (AGXY3) aprova aumento de capital de até R$ 277 milhões com preferência para atuais acionistas; veja como participar
Acionistas do bloco de controle garantiram a subscrição de R$ 150 milhões em novas ações; saiba quem terá direito à preferência
Teve de tudo em Nova York hoje: o sobe e desce das bolsas na carona dos juros e do Fed
A virada dos principais índices de ações dos EUA foi proporcionada pelas declarações de Jerome Powell, mas não durou muito tempo
As horas que precedem o Fed: bolsas em Nova York em compasso de espera de um sinal sobre os juros
O cenário corporativo está movimentado lá fora, com ações de algumas empresas que divulgaram balanço recuando quase 20%; indicadores importantes também foram publicados nesta quarta-feira (1)
Futuros de Nova York operam em baixa com cautela pré-Fed em dia cheio de indicadores econômicos no exterior
A bolsa brasileira permanece fechada, assim como vários outros mercados ao redor do mundo, mas Wall Street opera normalmente e está de olho na decisão de juros
Leia Também
-
IFIX: Dez fundos imobiliários que devem entrar e três que podem sair da carteira do principal índice de FIIs da B3
-
Fundo imobiliário Riza Terrax (RZTR11) compra trio de imóveis por mais de R$ 130 milhões e já tem outros cinco ativos na mira
-
Bradesco (BBDC4): CEO diz que inadimplência deve seguir em queda — mas outro indicador pesa sobre as ações na B3
Mais lidas
-
1
O dólar já era? Campos Neto diz quem vence a disputa como moeda da vez no mundo — e não é quem você pensa
-
2
Bradesco (BBDC4) tem nova queda no lucro no 1T24, mas supera previsões; veja os destaques do balanço
-
3
Subsidiária da Oi (OIBR3) anuncia emissão de 14,9 bilhões de ações a um preço total de R$ 4; operação renderá economia de R$ 1,78 bi à tele