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Liliane de Lima
É repórter do Seu Dinheiro. Jornalista formada pela PUC-SP, já passou pelo portal DCI e setor de análise política da XP Investimentos.
NAS ALTURAS

Dólar a R$ 5,20: os motivos por trás da forte alta da moeda norte-americana hoje

Mais cedo, o dólar à vista atingiu máxima a R$ 5,2138, com alta de 1,16%, de olho na política monetária dos Estados Unidos e fiscal do Brasil

Liliane de Lima
29 de maio de 2024
16:08 - atualizado às 17:03
Cédulas de real e dólar
Cédulas de real e dólar - Imagem: Barbara Cosme/Shutterstock

A véspera do feriado poderia ser uma boa data para quem deseja aproveitar alguns dias no exterior. Mas quem deixou para comprar dólares na última hora, a cotação não é convidativa para viagens internacionais. 

Mais cedo, o dólar à vista atingiu máxima a R$ 5,2138, com alta de 1,16%. A moeda norte-americana terminou o dia a R$ 5,2084, com avanço de 1,06%. 

O indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais como euro e libra, avançou 0,49%, aos 105.128 pontos.

O principal motivo para a alta da moeda norte-americana é a escalada dos rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasurys), ou seja, os juros projetados para a dívida do governo norte-americano. 

Nesta quarta-feira (29), os Treasurys de 10 anos atingiram 4,6%, no nível mais alto desde o início de maio. Já os juros projetados para 30 anos, que são referência para o mercado de hipotecas norte-americano, operam em alta de 4,738% — próximo, portanto, da marca psicológica de 5%. 

Mas a culpa não é só dos Treasurys. Além das incertezas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos, a divulgação de novos dados econômicos locais também aumentou a aversão ao risco dos investidores — que pode indicar também a proximidade do fim do ciclo de cortes na taxa básica de juros brasileira, a Selic.

E, nesse caso, a busca por dólares é uma forma de “proteção”. 

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), considerado a inflação do aluguel, avançou a 0,89% em maio, após alta de 0,31% em abril, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado veio acima do ganho de 0,84% esperado pelo mercado.

No ano, a inflação do aluguel acumula alta de 0,28%.

Outro dado importante divulgado hoje foi a taxa de desemprego, que caiu de 7,9% para 7,5% no trimestre encerrado em abril, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou abaixo da mediana das estimativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que projetavam a taxa de desemprego a 7,7%.

“A força do mercado de trabalho mostra que, embora os juros estejam elevados, a atividade econômica segue relativamente bem, o que também acaba sendo um ponto importante para as percepções do Banco Central”, afirma relatório do Banco Master. 

Por fim, há também uma pressão de um movimento técnico antecipado sobre o real, com a liquidez do mercado local reduzida por conta do feriado de Corpus Christi, que coincide com o fim do mês de maio. Siga os mercados.

Por que os Treasurys mexem com o dólar? 

Em linhas gerais, os Treasurys são considerados o investimento mais seguro do mundo, pelo fato de o governo dos EUA nunca ter dado calote na história e ainda ser o emissor da moeda — no caso, o dólar. 

Assim como os títulos do Tesouro brasileiro, os Treasurys possuem diferentes vencimentos, sendo os mais relevantes os de 2, 10 e 30 anos.

Ou seja, ao comprar Treasurys o investidor empresta dinheiro para o governo dos Estados Unidos, com a perspectiva de receber algum retorno financeiro nesses períodos, dada uma taxa negociada diariamente.

Essas taxas, também chamadas de yields (rendimentos) variam de acordo com a perspectiva dos investidores para a trajetória da taxa de juros da maior economia do planeta. Vale lembrar que a faixa atual dos juros está entre 5,25% e 5,50% ao ano. 

Sendo assim, o juro norte-americano ajuda a estabelecer o valor do dólar no mercado internacional — o que pode ser considerado também como custo de oportunidade de investimento em dólar. 

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