🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Carolina Gama

Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.

TÁ DANDO FAROL ALTO

Com Trump pedindo passagem, Fed reduz calibre do corte de juros para 0,25 pp — e Powell responde o que fará sob novo governo

A decisão acontece logo depois que o republicano, crítico ferrenho do banco central norte-americano, conseguiu uma vitória acachapante nas eleições norte-americanas — e na esteira de dados distorcidos do mercado de trabalho por furacões e greves

Carolina Gama
7 de novembro de 2024
16:10 - atualizado às 14:16
Em um fundo com a bandeira dos EUA e gráfico da bolsa, o presidente do Fed, Jerome Powell, está de pé em frente a um púlpito. Ele veste terno azul marinho. Atrás dele, está Donald Trump, também vestindo terno azul marinho.
Jerome Powell (primeiro plano) e Donald Trump - Imagem: Casa Branca/Montagem: Seu Dinheiro

Imagine dirigir um carro com uma neblina tão densa que a única opção é reduzir a velocidade e aumentar a distância de frenagem para ter mais tempo de reação em caso de perigo. Ao julgar o que fazer com os juros nesta quinta-feira (7), o Federal Reserve (Fed) não precisou de manobras. 

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Seguindo a trilha de uma economia mais brilhante do que há um mês, de dados distorcidos do mercado de trabalho e de uma eleição presidencial que acabou de acontecer — e que colocou Donald Trump, um crítico do Fed, na Casa Branca novamente —, o banco central norte-americano realizou um corte menor de juros hoje, de 0,25 ponto percentual (pp), colocando a taxa entre 4,50% e 4,75% ao ano. 

Diferente de setembro, a decisão foi unânime e não houve mudanças na política de redução da participação do Fed nos títulos do Tesouro e nos títulos lastreados em hipotecas, os chamados MBS.

O mercado não foi pego na curva com a decisão, embora tenha perdido um pouco do suporte. Dados compilados pelo CME Group já mostravam 97% de chance de a redução deste encontro ser inferior à de setembro, quando o BC dos EUA cortou os juros em 0,50 pp e deu início ao ciclo de afrouxamento monetário depois de quatro anos. 

Em Wall Street, o S&P 500 subia 0,59%, enquanto o Nasdaq avançava 1,31% e o Dow Jones operava próximo da estabilidade  

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por aqui, o Ibovespa seguiu em queda de 0,50%, aos 129.691,38 pontos, enquanto o dólar no mercado à vista avançava 0,17%, a R$ 5,6842. 

Leia Também

A visibilidade do Fed na decisão dos juros de hoje

Um nevoeiro pode ficar mais denso inesperadamente, por isso, a dica para o condutor é, em caso de visibilidade muito reduzida, parar em local seguro. 

Na decisão de hoje, no entanto, o Fed não saiu da estrada mesmo com a visão distorcida pelos furacões Milton e Helene, que devastaram partes da Carolina do Norte e da Flórida, e pela greve dos trabalhadores da Boeing — eventos que, embora temporários, pesaram sobre o mercado de trabalho norte-americano. 

Em outubro, a economia norte-americana criou apenas 12 mil vagas, bem abaixo das projeções que passavam de 100 mil para o período e das 254 mil de setembro.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. Desde o início do ano, as condições do mercado de trabalho têm melhorado em geral, e a taxa de desemprego tem subido, mas continua baixa. A inflação progrediu em direção ao objetivo de 2% do Comitê, mas continua um pouco elevada", diz o comunicado com a decisão.

O documento também trouxe mudanças. Em setembro, o Fomc dizia que "ganhou maior confiança de que a inflação está se movendo de forma sustentável em direção a 2%" — um trecho retirado do comunicado de hoje.

TRUMP ELEITO: Como ficam DÓLAR, JUROS e em quais AÇÕES INTERNACIONAIS apostar

Uma eleição no espelho retrovisor

A paisagem em rápida mudança — afetada por dados que podem um dia parecer fortes e, em outros, preocupantes — ilustra o nível de visibilidade do comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) para definir os juros.

Para complicar ainda mais o percurso do banco central norte-americano, a decisão de hoje coloca o Fed sob faróis políticos — algo que os membros do Fomc frequentemente tentam evitar.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na véspera desta reunião, Trump conseguiu uma vitória acachapante sobre a rival democrata Kamala Harris — o que significa um problema duplo para o Fed: 

  • o republicano é um crítico contumaz do banco central norte-americano e de seu presidente, Jerome Powell;
  • muitas das propostas que Trump pretende implementar no segundo mandato tem um potencial significativo de acelerar uma inflação que, a custo de um aperto monetário agressivo, só agora se aproxima da meta de 2% ano.

O Seu Dinheiro detalhou os efeitos do Trump 2.0 para a política monetária e para os mercados e você pode conferir tudo aqui

Powell, o condutor da decisão dos juros com Trump pedindo passagem

No nevoeiro, o mais recomendado é usar faróis baixos ou de neblina — jamais faróis altos. E foi assim que Jerome Powell, o presidente do Fed, chegou para conduzir mais uma coletiva após a decisão sobre os novos juros nos EUA. 

Com cautela, o chefão do Fed repetiu pelo menos quatro vezes que o banco central norte-americano persegue o mandato duplo determinado pelo Congresso: estabilidade de preços e máximo emprego.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Imaginando o que estava por vir, Powell fez questão de reforçar que a autoridade monetária não segue um curso predeterminado e que toma decisões "reunião por reunião" e com base em indicadores econômicos.

Mas, assim que abriu a coletiva para perguntas, o presidente do Fed logo foi questionado sobre como a vitória de Trump poderia mudar os planos da política monetária norte-americana. E ele disse que, no curto prazo, a política tem efeito nulo sobre as decisões do banco central.

"A política não define nossas decisões. É difícil projetar a economia em um prazo mais longo; não sabemos os efeitos que as políticas de um governo podem ter. Também não tentamos adivinhar ou especular sobre isso", disse Powell.

"Mas qualquer política do Congresso ou de um governo podem afetar a economia e nossas decisões e, por esse canal, a gente acompanha o que vai acontecer", acrescentou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com a conhecida pressão de Trump sobre o Fed e sobre o próprio Powell, o chefão do BC dos EUA foi questionado sobre a possibilidade de deixar o cargo — e ele foi curto, grosso e direto: "Não".

Muito se especula sobre a chance de Trump retirar Powell do cargo — uma possibilidade que o republicano chegou a cogitar em seu primeiro mandato e que seria sem precedentes na história recente da política monetária norte-americana.

A próxima curva do Fed: a decisão de dezembro

Agora, o que o mercado quer saber é o que os aguarda na próxima curva: a última reunião do ano, marcada 17 e 18 de dezembro.

Uma pista vem das apostas medidas pelo CME Group por meio da ferramenta FedWatch. Após o corte desta quinta-feira (7), a curva futura ampliou a precificação de uma manutenção dos juros na próxima reunião. Ainda assim, a probabilidade de mais um corte de 0,25 pp segue como a mais provável.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

"Até dezembro teremos mais dados, mais um relatório de emprego, mais dois relatórios de inflação e muitos outros dados. Tomaremos uma decisão quando chegarmos a dezembro", disse Powell, acrescentando que não tem pressa para atingir uma taxa mais neutra de juros — aquela que não superaquece e nem esfria a economia.

"Enquanto nos aproximamos de juros neutros, poderemos reduzir o ritmo de cortes", completou.

Powell também foi questionado sobre uma mudança no comunicado de hoje que retirou a expressão que indicava que a inflação "progrediu ainda mais" na direção da meta do Fomc.

"Mudanças neste comunicado não são sinais de que o Fed vai fazer uma pausa em dezembro", afirmou. "O ponto é que ganhamos confiança de que a inflação está caminhando para os 2%", disse. "A questão do 'progrediu ainda mais' do comunicado de setembro era uma espécie de teste: sabemos o destino, mas não sabemos o ritmo no qual vamos chegar lá. Havia uma certa incerteza sobre isso", acrescentou.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

MERCADOS LÁ FORA

Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer

20 de novembro de 2025 - 11:06

Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025

WHAT A WEEK, HUH?

Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário

20 de novembro de 2025 - 9:32

A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital

NÃO ENGATOU

Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?

19 de novembro de 2025 - 18:49

Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão

COMPRA OU VENDE?

SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano

19 de novembro de 2025 - 17:40

Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel

VAI CAIR NA CONTA?

Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo

19 de novembro de 2025 - 11:33

Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos

EFEITOS DO IMBRÓGLIO

Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima

19 de novembro de 2025 - 10:20

O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez

OPORTUNIDADES OU ARMADILHA?

Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas

19 de novembro de 2025 - 6:02

Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários

ALTA COM DESCONFORTO

Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual

18 de novembro de 2025 - 15:22

Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro

DEPOIS DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa

18 de novembro de 2025 - 11:41

As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro

ONDA DE REVISÕES CONTINUA

Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação

17 de novembro de 2025 - 15:53

Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua

REAÇÃO AOS BALANÇOS

Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?

17 de novembro de 2025 - 15:15

Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%

15 de novembro de 2025 - 16:23

Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX

ESTRATÉGIA DOS GESTORES

Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina

15 de novembro de 2025 - 15:30

Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973

14 de novembro de 2025 - 18:44

Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%

O DIA DEPOIS DO BALANÇO

Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%

14 de novembro de 2025 - 17:37

Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre

QUEM É VIVO SEMPRE APARECE. OU MELHOR: QUEM É OI

Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%

14 de novembro de 2025 - 16:52

Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3

O QUE BOMBOU NA BOLSA

Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano 

14 de novembro de 2025 - 15:02

Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar