🔴 +20 IDEIAS DE ONDE INVESTIR ANTES DE 2024 ACABAR VEJA AQUI

Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
SOB PRESSÃO

Trump vai fazer os juros caírem na marra? Fed deve cortar a taxa hoje, mas vai precisar equilibrar pratos com a volta do republicano à Casa Branca

Futuro de Jerome Powell à frente do BC norte-americano está em jogo com o novo governo, por isso, ele deve enfrentar uma enxurrada de perguntas sobre a eleição na coletiva desta quinta-feira (7)

Carolina Gama
7 de novembro de 2024
7:02 - atualizado às 20:42
Presidente dos EUA, Donald Trump, e presidente do Fed, Jerome Powell
Imagem: Official White House Photo by Andrea Hanks

Dizem que recordar é viver, mas, no caso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, essa recordação pode estar mais para pesadelo depois da eleição do Donald Trump como presidente dos EUA — na véspera de mais uma decisão do Fed sobre os juros.

A relação dos dois na primeira passagem do republicano pela Casa Branca não podia ter sido pior: embora o próprio Trump tenha escolhido Powell para comandar o banco central norte-americano, a coisa desandou quando o Fed precisou interromper o ciclo de corte de juros — e o presidente eleito é um fã declarado de taxas bem baixinhas. 

O vale a pena ver de novo de Powell começou antes mesmo de Trump vencer a democrata Kamala Harris. Na campanha, o republicano vinha concedendo declarações indicando que não terá pudores em romper com uma tradição e interferir na política monetária norte-americana se for preciso. 

Trump disse, por exemplo, que ora Powell agia "um pouco cedo demais” e ora agia “tarde demais" nas decisões políticas.

Ele também chegou a afirmar que os presidentes devem ter "palavra" sobre a política de taxas de juros do Fed e sugeriu que seus membros agiram por razões políticas quando reduziram os juros em meio ponto percentual em setembro.

Dias antes da eleição, no entanto, Trump baixou um pouco o tom — mas não deixou a vida de Powell mais confortável por isso. Em uma entrevista à Bloomberg News, o republicano disse que não deveria ordenar ao Fed o que fazer, mas que tinha o direito de comentar sobre a direção dos juros.

Leia Também

Powell e o Fed tem como se proteger de Trump, mas até quando?

Ainda que tenha pegado mais leve sobre o Fed na reta final da campanha, a retórica de Trump alimenta especulações de que como presidente dos EUA, ele pode tentar restringir a autonomia do banco central e acabar com décadas de independência da autoridade monetária. 

Vale lembrar que no primeiro mandato, Trump explorou a possibilidade de demitir Powell — uma decisão que teria sido sem precedentes na história recente dos EUA

O Fed até tem proteções contra a interferência do chefe da Casa Branca. Os indicados do presidente norte-americano para o Conselho de Governadores do Fed devem, por exemplo, ser confirmados pelo Senado. Além disso, os comitês do Congresso supervisionam o banco central. 

Mas a verdade é que Trump pode influenciar diretamente o Fed por meio de nomeações para cargos-chave a partir do próximo ano. 

O mandato de Powell acaba em 2026 e o republicano já sinalizou que não deve conduzi-lo ao comando do banco central norte-americano. 

Junto com o fim do mandato de Powell também termina o mandato da diretora do Fed, Adriana Kugler — que expira em janeiro de 2026.

Além disso, a própria vaga de Powell como membro do Fed estará disponível a partir de janeiro de 2028. Com isso, Trump terá a oportunidade de nomear indicados para todas essas posições.

Confira abaixo a lista dos mandatos do Fed que devem vencer durante o governo Trump:

Membro do FedCargoFim do mandato
Adriana KuglerDiretoriaJaneiro de 2026
Jerome PowellPresidenteMaio de 2026
Jerome PowellDiretoriaJaneiro de 2028
Michael BarrVice-presidente para supervisãoJulho de 2026
Philip JeffersonVice-presidente Setembro de 2027
Fonte: Federal Reserve

TRUMP ELEITO: E agora, o que será da maior economia do mundo?

Fed decide juros hoje, e agora?

O comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) do Fed se reúne nesta quinta-feira (7) para definir os novos juros da economia norte-americana. A aposta é de um corte de calibre menor do que em setembro, de 0,25 ponto percentual (pp), o que colocaria a taxa entre 4,50% e 4,75% ao ano. 

O mercado também já contratou mais um corte de 0,25 pp para a última reunião de 2024, em dezembro. A questão é saber se, depois disso, o Fed vai dar sequência ao ciclo de afrouxamento ou se pisará no freio por conta de Trump. 

É bem verdade que Powell e outras autoridades do Fed têm repetidamente garantido que pretendem ficar fora da política partidária e não levam em conta considerações políticas ao definir os juros.

Mas, além da intenção de interferir na política monetária norte-americana direta ou indiretamente, Trump pode alterar os planos do BC dos EUA para os juros com suas propostas protecionistas e de imigração.

Durante a campanha, o republicano disse repetidas vezes que vai aumentar as tarifas de importação, principalmente em relação à China.

Se os produtos importados ficam mais caros para os norte-americanos, a inflação tende a acelerar nos EUA. 

Soma-se a isso o plano de Trump de fazer deportações em massa de imigrantes ilegais e endurecer a entrada de novos imigrantes no país sob o argumento de que essa mão de obra tem tirado o emprego dos norte-americanos. 

Acontece que o impacto dessa política de imigração mais dura também pode ser inflacionário: com menos imigrantes, o custo de produção nos EUA tende a subir e se refletir em preços mais elevados. 

E o remédio para uma inflação acelerada é o aperto monetário. Repetidas vezes, Powell declarou que pode interromper o corte de juros e elevar as taxas se a inflação voltar a ser uma ameaça para a economia norte-americana. 

Mas, como diz o ditado: a cada dia a sua agonia. Primeiro Powell precisa passar pela enxurrada de perguntas que ele certamente receberá sobre como a eleição afeta as perspectivas do Fed, quando ele realizar a entrevista coletiva de hoje, às 16h30.

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
EMPREENDEDORISMO EM ALTA

Setor de franquias fatura mais de R$ 70 bilhões e cresce 12% no terceiro trimestre; conheça redes para investir nos segmentos mais lucrativos

4 de dezembro de 2024 - 12:29

A Pesquisa Trimestral de Desempenho da Associação Brasileira de Franchising (ABF) revelou que todos os segmentos de franquias cresceram no terceiro trimestre de 2024

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um conto de Natal na bolsa: Ibovespa aguarda dados de produção industrial no Brasil e de emprego nos EUA antes de discurso de Powell

4 de dezembro de 2024 - 8:21

Bolsa busca manter recuperação apesar do dólar na casa dos R$ 6 e dos juros projetados a 15% depois do PIB forte do terceiro trimestre

ALTA DOS JUROS

‘Preferimos novos aportes em títulos pós-fixados’: por que a Empiricus gosta da renda fixa indexada ao CDI para quem investir agora

3 de dezembro de 2024 - 18:27

Perspectiva de alta de juros acima do esperado inicialmente deve impulsionar ativos atrelados à Selic e ao DI; veja os títulos recomendados pela casa de análise

PIBÃO

4 pontos que ajudaram o PIB brasileiro a bombar (de novo) no terceiro trimestre, apesar da decepção com o agro

3 de dezembro de 2024 - 12:17

Crescimento do PIB do Brasil atingiu os 4% no terceiro trimestre de 2024, mas juros em alta tendem a provocar desaceleração em um futuro próximo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Quando a conta não fecha: Ibovespa repercute envio de pacote fiscal ao Congresso em dia de PIB do terceiro trimestre

3 de dezembro de 2024 - 8:20

Governo enviou PEC do pacote fiscal ao Congresso na noite de segunda-feira enquanto o dólar segue acima dos R$ 6

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A dura realidade matemática: ou o Brasil acerta a trajetória fiscal ou a situação explode

3 de dezembro de 2024 - 7:01

Mercado esperava mensagem clara de responsabilidade fiscal e controle das contas públicas, mas o governo falhou em transmitir essa segurança

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: 2025, o ano Trump

2 de dezembro de 2024 - 20:00

A “excepcionalidade americana” deve continuar e ter novo impulso com a vitória de Trump

ONDE INVESTIR

8 títulos de renda fixa isentos de imposto de renda para lucrar em cenário de alta de juros e inflação, segundo o BB-BI

2 de dezembro de 2024 - 18:45

Banco manteve indicações de novembro e acrescentou CRA da Marfrig e debênture da Eletrobras, diante da aversão a risco no mercado doméstico

SEM APETITE PELO BRASIL

Selic a 15% ao ano, inflação e fantasma fiscal: por que a Kinea está vendida na bolsa brasileira?

2 de dezembro de 2024 - 17:12

Responsável por mais de R$ 132 bilhões em ativos, a gestora afirma que “existem melhores oportunidades no exterior”; veja onde a Kinea investe hoje

BOLETIM FOCUS

Não deu tempo? Focus fica imune à reação do mercado ao pacote fiscal e mantêm projeções para dólar e juros

2 de dezembro de 2024 - 12:09

Enquanto as projeções para a inflação e o PIB subiram, as estimativas para o dólar e os juros permaneceram estáveis

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Botafogo bota fogo na bolsa: semana cheia começa com investidores acompanhando fôlego do Trump Trade 

2 de dezembro de 2024 - 8:06

Ao longo dos próximos dias, uma série de relatórios de empregos nos Estados Unidos serão publicados, com o destaque para o payroll de sexta-feira

ANOTE NO CALENDÁRIO

Agenda econômica: Payroll, Livro Bege e discurso do presidente do Fed dominam a semana; no Brasil, PIB ganha destaque

2 de dezembro de 2024 - 7:02

Agenda econômica desta semana conta ainda com relatório Jolts nos EUA e PIB na Zona do Euro; no cenário nacional, pacote fiscal e dados da inflação do país ficam no radar

RECALIBRANDO APOSTAS

A Selic vai a 14%? Pacote de corte de gastos considerado insuficiente leva mercado a apostar em juros ainda mais altos

29 de novembro de 2024 - 12:13

Mercado já começa a reajustar as estimativas para a taxa básica de juros e agora espera uma alta de 0,75 ponto percentual na próxima reunião do Copom

MERCADOS HOJE

Dólar atinge R$ 6,10 e juros futuros disparam: nem fala do futuro presidente do Banco Central segurou os mercados hoje

29 de novembro de 2024 - 11:25

Gabriel Galípolo tentou colocar panos quentes nos anúncios mais recentes do governo, afirmando perseguir a meta de inflação e sinalizar a continuidade do aperto da Selic

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Um presente e um almoço: pregão espremido entre feriado e fim de semana deve trazer volatilidade para bolsa brasileira hoje

29 de novembro de 2024 - 8:10

Em dia de pagamento da primeira parcela do décimo terceiro e Black Friday, investidor deve continuar a digerir o pacote apresentado por Haddad

BALANÇO DO TD

Ranking do Tesouro Direto do mês: retorno dos títulos públicos vira para o vermelho na reta final de novembro com pacote de corte de gastos

28 de novembro de 2024 - 18:19

Títulos prefixados e indexados à inflação caminhavam para fechar o mês em alta, mas viraram para queda após anúncio de Haddad

RENDA FIXA EM ALTA

Tesouro IPCA+ volta a oferecer retorno de 7% acima da inflação em meio à disparada dos juros futuros e do dólar

28 de novembro de 2024 - 11:00

A volatilidade vista no mercado que impulsiona os juros futuros e, consequentemente, as taxas dos títulos do Tesouro Direto, é provocada pela divulgação do aguardado pacote de corte de gastos do governo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Seu pacote chegou! Haddad confirma corte de R$ 70 bilhões, mas isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil deve pesar na bolsa hoje

28 de novembro de 2024 - 7:52

O feriado do dia de Ação de Graças mantém as bolsas dos Estados Unidos fechadas por hoje e amanhã, o que deve aumentar a volatilidade global

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Banda fiscal no centro do palco é sinal de que o show começou

27 de novembro de 2024 - 16:01

Sequestrada pela política fiscal, nossa política monetária desenvolveu laços emocionais profundos com seus captores, e acabou por assimilar e reproduzir alguns de seus traços mais viciosos

MERCADOS HOJE

Caos nos mercados? Dólar sobe a R$ 5,9135 e Ibovespa fecha na mínima, aos 127.668,61 pontos — o que mexeu com as bolsas aqui e lá fora

27 de novembro de 2024 - 14:54

Nos EUA, uma enxurrada de indicadores refletiram o comportamento das bolsas antes do feriado. No Brasil, rumores sobre o pacote fiscal seguiram ditando o ritmo das negociações.

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar