🔴 ESTA FERRAMENTA PODE MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 285% – SAIBA MAIS

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
Jornalista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com pós-graduação em Finanças Corporativas e Investment Banking pela Fundação Instituto de Administração (FIA). Trabalhou com produção de reportagem na TV Globo e foi editora de finanças pessoais de Exame.com, na Editora Abril.
Hora da pimenta?

Tesouro Direto: Investidores se antecipam à queda da Selic e ganho dos títulos prefixados chega a 180% do CDI no ano; ainda vale a pena comprar?

Com o melhor desempenho do Tesouro Direto no ano, prefixados ganharam novo impulso com inflação abaixo do esperado – e continua interessante se posicionar nesses papéis

Julia Wiltgen
Julia Wiltgen
13 de abril de 2023
6:57 - atualizado às 13:07
dua setas indicam o movimento de alta e o de queda dos mercados e da bolsa
Com dólar, inflação e juros futuros em queda, títulos prefixados experimentam alta. Imagem: Shutterstock

Depois de sofrerem com a escalada da Selic, os títulos prefixados de renda fixa, como o título público Tesouro Prefixado, começaram a ressuscitar no segundo semestre do ano passado e, neste ano, já acumulam desempenhos que superam o CDI, os títulos pós-fixados, como o Tesouro Selic, e investimentos mais arriscados, como a bolsa.

Com valorizações que ultrapassam os 6% ao ano, por exemplo, os títulos públicos prefixados ganham com folga dos papéis atrelados à taxa básica de juros, que sobem pouco mais de 3,5%, sem falar no Ibovespa, que acumula queda de mais de 3% em 2023.

  • Quer ter acesso a títulos de renda fixa ‘premium’? Você pode receber as melhores ofertas diariamente, direto no seu WhatsApp, assim que elas ficarem disponíveis. É totalmente gratuito. CADASTRE-SE AQUI

Melhores e piores desempenhos no Tesouro Direto em 2023

InvestimentoDesempenho no anoDesempenho em 12 meses
TESOURO PREFIXADO 20296,31%7,86%
TESOURO PREFIXADO 20266,29%11,28%
TESOURO IPCA+ 20266,14%8,82%
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 20275,99%11,42%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20265,93%9,00%
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 20295,68%9,70%
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 20315,46%9,12%
TESOURO PREFIXADO 20255,00%11,81%
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 20335,00%7,99%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20304,99%7,12%
TESOURO IPCA+ 20244,86%8,97%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20244,83%9,14%
TESOURO PREFIXADO com juros semestrais 20254,80%12,08%
TESOURO PREFIXADO 20244,32%11,81%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20324,32%6,18%
TESOURO SELIC 20273,74%13,54%
TESOURO SELIC 20253,67%13,47%
TESOURO SELIC 20243,64%13,41%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20353,51%4,69%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20403,48%2,98%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20503,06%2,03%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20552,97%1,89%
TESOURO IPCA+ com juros semestrais 20452,90%2,78%
TESOURO IGPM+ com juros semestrais 20312,54%2,28%
TESOURO IPCA+ 20352,19%1,57%
TESOURO IPCA+ 20450,40%-7,98%
Fonte: Tesouro Direto

A recuperação dos prefixados começou na segunda metade de 2022, quando o Banco Central sinalizou o fim do ciclo de alta nos juros, mas ganhou tração mesmo neste início de ano, com os primeiros sinais de inflação realmente controlada e o anúncio do arcabouço fiscal pelo governo.

  • CONVITE ESPECIAL PARA INVESTIDORES PREMIUM: liberamos vagas no nosso grupo VIP no Telegram. Nossa equipe de repórteres especiais está lá. Eles circulam entre os principais analistas e gestores do país para enviar informações e análises exclusivas por lá. Participe aqui.

Além disso, mesmo com as rusgas entre o governo federal e o BC em torno do patamar da taxa de juros e as críticas ao arcabouço fiscal, cresce no mercado a percepção de que a Selic não conseguirá ficar nesse nível tão alto por muito mais tempo, sob o risco de estrangular a economia.

Dos Estados Unidos, o crescimento do temor de recessão e a recente crise bancária também elevam a percepção de que o Federal Reserve não poderá apertar muito mais a política monetária, além de levar a uma desvalorização da moeda americana.

Tudo isso contribui para uma queda dos juros futuros que valoriza os prefixados, alta esta que foi turbinada pelos dados de inflação abaixo do esperado divulgados nesta semana, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.

É hora de comprar títulos prefixados, ou já subiu tudo que tinha que subir?

Em matéria publicada em junho do ano passado aqui no Seu Dinheiro, dissemos que se posicionar em prefixados ainda era meio arriscado, considerando tudo o que se poderia ganhar em papéis atrelados à Selic e ao CDI, com praticamente nenhum risco em um cenário de juros tão elevados.

Entretanto, para os dispostos a arriscar, a analista de renda fixa da Empiricus, Laís Costa, indicava os prés com prazo de cinco ou sete anos (vencimentos em 2027 ou 2029).

Outra fonte daquela reportagem, Ulisses Nehmi, CEO da gestora especializada em renda fixa Sparta, lembrou, na ocasião, que os prefixados tendem a ficar realmente atrativos quando já se tem uma inflação controlada ou em baixa, com uma perspectiva já visível de queda de juros à frente, o que ainda não era o caso naquele momento.

Mas e agora, depois desses dados de inflação abaixo do esperado, será que é? Ou já subiu tudo que tinha que subir? Afinal, apesar da queda nos juros futuros e da alta da bolsa vistos ontem, sinalizando um mercado animado, as instituições financeiras não mudaram realmente as suas perspectivas para Selic e IPCA neste ano.

Bem, Ulisses Nehmi acredita que sim, agora é um bom momento para adicionar um pouco de risco na carteira de renda fixa, o que quer dizer se posicionar em títulos prefixados.

O gestor explica que o fundo Sparta Infra (JURO11), que investe em debêntures de infraestrutura, estava totalmente protegido para se comportar como um ativo pós-fixado até o final de fevereiro deste ano, quando finalmente voltou a se comportar como um fundo indexado à inflação, cujo desempenho costuma se assemelhar ao dos títulos prefixados.

  • Já sabe como declarar seus investimentos no Imposto de Renda 2023? O Seu Dinheiro elaborou um guia exclusivo onde você confere as particularidades de cada ativo para não errar em nada na hora de se acertar com a Receita. Clique aqui para baixar o material gratuito.

Além disso, a Sparta acaba de lançar outro fundo de debêntures incentivadas que se comporta como um prefixado de até dois anos. Sinal de que a casa está apostando nesse tipo de ativo. "É nosso primeiro fundo com indexador pré", diz Nehmi.

O gestor lembra que, de fato, está muito confortável para o investidor ficar "esperando" com o dinheiro "parado" em ativos indexados ao CDI ou a Selic, uma vez que a inflação está na casa dos 5% e a Selic em 13,75%, o que implica um retorno real (acima da inflação) enorme.

"Os mais otimistas estão de olho nessa inflação na casa de 5% nos últimos 12 meses, que deve abrir espaço para a queda da Selic. Os mais conservadores talvez estejam de olho num núcleo do IPCA ainda elevado e nas expectativas que não estão exatamente onde deveriam para o BC começar a reduzir os juros. Mas a pressão é grande! Então achamos que já dá pra começar a colocar um pezinho [nos prés] sim."

Ulisses Nehmi, gestor da Sparta.

Laís Costa, da Empiricus, também está otimista com os títulos públicos prefixados, apesar de ainda indicar que a pessoa física mantenha boa parte da sua carteira de renda fixa em pós-fixados, o que aliás, tem sido a recomendação geral dos analistas da casa.

"(...) temos ficado mais otimistas com os títulos prefixados de prazo intermediário, apesar de ainda vermos uma relação de risco-retorno favorável aos pós-fixados de curto prazo para a pessoa física", escreveu a analista em relatório publicado logo após a divulgação do último IPCA.

Compartilhe

Renda fixa incentivada

Órfão das LCI e LCA? Banco indica 9 títulos isentos de imposto de renda que rendem mais que o CDI e o Tesouro IPCA+

24 de abril de 2024 - 17:15

Itaú BBA recomenda nove títulos de renda fixa, entre debêntures, CRIs e CRAs, acessíveis para investidores em geral e isentos de IR

Em busca da liquidez perdida

Ficou mais difícil investir em LCI e LCA após mudanças nas regras? Veja que outras opções você encontra no mercado

22 de abril de 2024 - 6:45

Prazo de carência de LCIs e LCAs aumentou de três para 12 ou nove meses, respectivamente; além disso, emissões caíram e taxas baixaram. Para onde correr?

ALTERNATIVA AO PRO SOLUTO

Meu CRI, Minha Vida: em operação inédita, Opea capta R$ 125 milhões para financiar imóvel popular de clientes da MRV

16 de abril de 2024 - 17:27

A Opea Securitizadora e a fintech EmCash acabam de anunciar a emissão do primeiro CRI voltado ao financiamento de unidades lançadas pela MRV dentro do programa habitacional do governo federal

Para onde ir?

Onde investir na renda fixa após tantas mudanças de regras e expectativas? Veja as recomendações das corretoras e bancos

16 de abril de 2024 - 13:03

Mercado agora espera que corte de juro seja menos intenso, e mudanças nos títulos isentos ocasionou alta da demanda por debêntures incentivadas, com queda nas taxas; para onde a renda fixa deve ir, então?

Mordida do Leão

O risco do Tesouro Direto que não te contaram (spoiler: tem a ver com inflação e imposto de renda)

15 de abril de 2024 - 6:04

Mordida do Leão sobre o Tesouro IPCA+ ocorre não só sobre o retorno real do título, mas também sobre a variação da inflação; e isso tem implicações para o investidor

O BRILHO DAS ISENTAS DE IR

A vez da renda fixa: Debêntures impulsionam mercado de capitais no 1T24 após “fim da farra” das LCIs e LCAs 

11 de abril de 2024 - 18:46

A captação do mercado de capitais chegou ao recorde de R$ 130,9 bilhões entre janeiro e março deste ano, impulsionada pelas ofertas de renda fixa

Mudança nas regras

Está faltando papel? Emissões de LCIs e LCAs caíram pela metade depois de aumento do prazo de carência

5 de abril de 2024 - 14:35

Levantamento do JP Morgan mostra queda anual de 40% nas novas emissões de LCIs e LCAs e baixas de 50% a 60% desde aprovação das novas regras; estudo da XP também mostra impacto das medidas na emissão de CRIs e CRAs

Em busca da isenção perdida

Debêntures incentivadas viraram o porto seguro da isenção de IR, mas ainda valem a pena?

4 de abril de 2024 - 6:36

Títulos de dívida emitidos por empresas estão entre os melhores investimentos do ano, com alta de mais de 3,50%; em 12 meses, ganhos ultrapassam 18,50%. Mas depois de toda essa valorização, taxas continuam atrativas?

Oportunidade

Mesmo com a Selic em queda, taxas do Tesouro Direto subiram e voltaram aos níveis de outubro de 2023; vale a pena investir agora?

21 de março de 2024 - 6:00

Títulos públicos mais longos acumulam queda neste início de ano; no caso do Tesouro IPCA+ remuneração voltou a se aproximar dos 6% ao ano mais inflação

Rumo a um dígito

Quanto rendem R$ 100 mil na poupança, no Tesouro Direto e em CDB com a Selic em 10,75%?

20 de março de 2024 - 19:30

Banco Central cortou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta; veja como a rentabilidade dos investimentos conservadores deve reagir

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar