RESUMO DO DIA: Se não fosse pelo mau humor que tomou conta dos negócios na reta final do pregão em Wall Street, o Ibovespa teria emplacado o seu segundo dia de alta expressiva — mas a cautela pesou e o índice brasileiro encerrou a sessão longe das máximas, mas ainda assim com ganhos.
Em um dia de noticiário esvaziado por aqui, os olhares se voltaram para a divulgação de indicadores de inflação e a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve.
Os dados de inflação surpreenderam positivamente em um primeiro momento, mas os temores de que o movimento de desaceleração da alta dos preços seja mais lento do que o inicialmente esperado levou a uma reversão da tendência inicial. Além disso, a ata do Fed mostrou preocupação dos dirigentes com o nível dos indicadores, reforçando que o aperto monetário ainda não acabou.
Confira os principais destaques do dia:
Confira as maiores altas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 6,42 | 7,54% |
BBAS3 | Banco do Brasil ON | R$ 42,72 | 6,96% |
BPAN4 | Banco Pan PN | R$ 5,47 | 4,19% |
CYRE3 | Cyrela ON | R$ 15,82 | 3,81% |
PETZ3 | Petz ON | R$ 6,20 | 3,68% |
Confira também as maiores quedas da sessão:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CRFB3 | Carrefour Brasil ON | R$ 11,53 | -3,60% |
VALE3 | Vale ON | R$ 80,60 | -2,14% |
ASAI3 | Assaí ON | R$ 14,44 | -1,84% |
GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | R$ 11,97 | -1,64% |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 20,45 | -1,59% |
O Ibovespa encerrou o dia em alta de 0,84%, aos 107.102 pontos.
Os temores com uma eventual recessão voltaram a pesar sobre os índices americanos, que deixaram momentaneamente de lado a inflação menor do que o esperado para encerrar o dia em queda.
- Dow Jones: -0,11%
- S&P 500: -0,41%
- Nasdaq: -0,85%
O dólar à vista encerrou o dia em queda de 1,31%, a R$ 4,9417
Apesar da reação inicial dos investidores ter sido moderada, as bolsas americanas inverteram o sentido há pouco. Na ata da última reunião do Federal Reserve, divulgada no início da tarde, os dirigentes apontaram que a inflação persistente ainda é a razão pela qual os juros seguem subindo, mesmo diante de um eventual quadro de crise bancária. Além disso, o documento reforçou a ideia que novas elevações ainda estão na mesa.
Para quem quer ter exposição ao setor de saneamento brasileiro, Sabesp (SBSP3), Sanepar (SAPR11) e Copasa (CSMG3) são opções, mas uma delas dá um banho nas rivais, segundo o JP Morgan.
Enquanto a Sanepar teve a recomendação melhorada de venda para neutra, a Copasa tem a mesma indicação (neutra), porém surge como uma pagadora promissora de dividendos.
Mas quem leva o selo de queridinha é a Sabesp. As ações SBSP3 são top picks do setor e têm a recomendação de compra do JP Morgan.
O banco, no entanto, cortou o preço-alvo dos papéis da Sabesp de R$ 55 para R$ 54 — o que implica agora em um potencial de valorização de cerca de 6% em relação ao fechamento de terça-feira (12).
As bolsas americanas tiveram uma reação tímida à divulgação da ata da última reunião, que não trouxe grandes novidades.
No documento, os dirigentes reafirmaram a leitura que a inflação segue inaceitavelmente alta e a desaceleração do processo inflacionário será mais lenta que o esperado.
O documento também mostra que alguns dirigentes chegaram a considerar uma eventual pausa na elevação dos juros, mas que será preciso analisar o impacto da crise bancária pelos próximos meses.
Confira as empresas com o melhor desempenho nesta tarde:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 6,44 | 7,87% |
BBAS3 | Banco do Brasil ON | R$ 42,86 | 7,31% |
CYRE3 | Cyrela ON | R$ 16,13 | 5,84% |
BPAN4 | Banco Pan PN | R$ 5,55 | 5,71% |
CASH3 | Meliuz ON | R$ 0,97 | 5,43% |
Confira também as maiores quedas do dia:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CRFB3 | Carrefour Brasil ON | R$ 11,75 | -1,76% |
AZUL4 | Azul PN | R$ 12,07 | -1,71% |
VALE3 | Vale ON | R$ 80,97 | -1,69% |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 20,53 | -1,20% |
GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | R$ 12,07 | -0,82% |
As ações da Americanas (AMER3) operam em forte de alta acima de 20%, com investidores repercutindo o cessar-fogo, por 30 dias, entre a varejista e os bancos na Justiça, com a expectativa de acordo entre as partes.
O Ibovespa renova máxima com alta de 1,41%, aos 107.708 pontos.
O Ibovespa acelerou alta a 1,00%, aos 107.252 pontos, com melhora das bolsas americanas.
Apesar da forte desvalorização do dólar e o alívio nos DIs, as companhias aéreas recuam no Ibovespa. O movimento de baixa acontece em repercussão a queda de mais de 8% das ações da American Airlines em Nova York.
A empresa americana fixou guidance de lucro no primeiro trimestre abaixo do esperado pelo mercado. Agora, a American Airlines projeta receita de US$ 12,19 bilhões, enquanto os analistas estimavam cerca de US$ 12,22 bilhões entre janeiro e março deste ano. Sendo assim, o lucro por ação deverá ser entre US$ 0,01 e US$ 0,05.
Confira a cotação das aéreas brasileiras no Ibovespa:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
AZUL4 | Azul PN | R$ 11,99 | -2,36% |
GOLL4 | Gol PN | R$ 7,06 | -0,70% |
Na noite de ontem (11), o Carrefour Brasil (CRFB3 surpreendeu o mercado ao anunciar que irá receber de volta parte do dinheiro pago na aquisição do grupo BIG.
A transação original foi fechada no valor de R$ 7,5 bilhões, mas o valor foi ajustado para baixo, sendo concluída a R$ 7 bilhões. Agora, o Carrefour irá receber de volta a bagatela de R$ 1 bilhão — um desconto de 14% com relação ao preço original.
O “estorno” será feito em etapas. Os antigos donos do BIG transferiram uma parcela de R$ 350 milhões e outros R$ 550 milhões serão quitados até o fim de maio de 2024, ajustados pelo CDI.
Na época, a compra foi considerada um grande movimento estratégico para o Carrefour, afinal, o grupo BIG é dono de diversas bandeiras de supermercado e atacarejo — o próprio BIG (antigo Walmart Brasil), Sam's Club e Maxxi Atacado. Com a aquisição, o Carrefour Brasil (CRFB3) passou a deter mais de mil lojas no país e cerca de 150 mil empregados.
O dólar à vista opera a R$ 4,9347, em queda de 1,42%
O Ibovespa mantém-se no patamar dos 107 mil pontos, na tentativa de fechar em alta pelo terceiro dia consecutivo.
A última vez que a bolsa brasileira fechou acima de 107 mil pontos foi em 23 de fevereiro.
O Ibovespa sobe 0,73%, aos 107.116 pontos. O índice da bolsa brasileira avança com a desaceleração da inflação americana em março. O CPI registrou alta de 0,01% no mês, abaixo das expectativas de +0,02%.
O dado soma-se ao alívio da inflação brasileira para março divulgada ontem (11), pelo IBGE. Por aqui, o IPCA subiu 0,71% em março, abaixo da expectativa de mercado, que era de 0,77%.
Contudo, a alta do Ibovespa é limitada com a volatilidade das bolsas americanas e a realização dos lucros recentes das companhias ligadas a commodities metálicas.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
ECOR3 | Ecorodovias ON | R$ 6,34 | 6,20% |
BBAS3 | Banco do Brasil ON | R$ 42,01 | 5,18% |
BPAN4 | Banco Pan PN | R$ 5,52 | 5,14% |
LWSA3 | Locaweb ON | R$ 5,45 | 4,01% |
RDOR3 | Rede D'Or ON | R$ 24,22 | 3,68% |
E as maiores quedas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CRFB3 | Carrefour Brasil ON | R$ 11,63 | -2,76% |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 20,29 | -2,36% |
VALE3 | Vale ON | R$ 80,55 | -2,20% |
AZUL4 | Azul PN | R$ 12,02 | -2,12% |
NTCO3 | Natura ON | R$ 11,60 | -1,86% |
Para surpresa de quase ninguém, a Light (LIGT3) entrou ontem com pedido na Justiça para suspender o pagamento das dívidas. Com a medida, a empresa segue o mesmo roteiro de Americanas e Oi. Vale lembrar que, em seguida, ambas as companhias entraram com pedido de recuperação judicial.
Ainda não se sabe se esse será o destino da Light. Mas os valores envolvidos dão uma dimensão dos problemas da holding que detém a concessão do serviço de distribuição de energia elétrica no Rio de Janeiro.
O montante que a Light deve, não nega, mas pediu à Justiça para pagar quanto puder soma R$ 10,951 bilhões. A maior parte desse valor tem prazo longo, mas os credores correram para pedir o chamado vencimento antecipado dos compromissos.
E para quem a Light deve, afinal? Se a Justiça aceitar o pedido, os investidores que compraram debêntures da companhia serão os mais afetados. A companhia possui R$ 6,8 bilhões desses papéis no mercado, o equivalente a 62,5% do endividamento.
As bolsas americanas tentam retornar ao tom positivo da abertura:
- S&P 500: +0,14%;
- Dow Jones: +0,19%;
- Nasdaq: +0,02%
Os juros futuros (DIs) rondam a estabilidade, ainda com viés de baixa, com queda de mais de 1% do dólar e retomada de alta nos retornos dos títulos do Tesouro americano, os Treasuries, após fala de dirigente do Fed com sinalizações de continuidade do aperto monetário apesar da desaceleração da inflação nos EUA em março.
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F24 | DI Jan/24 | 13,13% | 13,15% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 11,78% | 11,81% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,61% | 11,64% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,76% | 11,78% |
DI1F28 | DI Jan/28 | 11,95% | 11,96% |
As bolsas europeias encerraram as sessões em tom positivo, com o alívio na inflação dos EUA em março e commodities.
- Frankfurt: +0,32%;
- Londres: +0,47%;
- Paris: +0,09%;
- Madri: +0,40%;
- Stoxx 600: +0,10%
Os papéis da Americanas (AMER3), negociados fora do Ibovespa, entraram em leilão há pouco após subir 9,71%, a R$ 1,13. Os investidores repercutem a notícia de trégua da batalha na Justiça entre a varejistas e os bancos, que segundo o Valor Econômico deve durar por 30 dias.
O anúncio do cessar-fogo, feito ontem (11) depois do fechamento dos mercados, é visto como simbólico e um gesto de "boa-vontade" para um consenso, três meses após o rombo contábil de R$ 20 bilhões se tornar público.
Na retomada dos negócios, as ações AMER3 operam em alta de 10,68%, a R$ 1,14.
O Ibovespa opera em alta de 0,42%, aos 106.655 pontos, mas com avanços limitados pela retomada da cautela das bolsas americanas em temor a continuidade do aperto monetário apesar da desaceleração da inflação nos EUA.
Sem destaques no ambiente doméstico e a viagem de Lula à China, os investidores operam com mais apetite ao risco na bolsa brasileira com a desaceleração do IPCA, que veio abaixo do esperado para março, e do CPI dos EUA, hoje também abaixo das projeções.
A expectativa é de que, se o movimento de arrefecimento dos preços mantenha-se gradual, o Banco Central inicie algum corte na Selic a partir do segundo semestre deste ano. Essa perspectiva já reflete-se nos juros futuros (DIs), que operam em queda em toda a curva.
No Ibovespa, a ponta positiva é liderada pela EcoRodovias (ECOR3), que sobe 5%. Os setores mais sensíveis ao crédito como saúde, turismo e viagens, varejo e construção operam em alta pela segunda sessão seguida.
Na ponta negativa, Carrefour (CRFB3) lidera as perdas com a redução de até R$ 1 bilhão no valor a ser pago pela aquisição do Grupo Big, e a saída de Carlos Mauad da presidência do Banco Carrefour. As companhias ligadas a commodities metálicas também recuam com a realização de lucros recentes.
Por fim, o dólar à vista opera abaixo dos R$ 5,00 pelo segundo dia consecutivo, com mínima de R$ 4,91 por volta das 11h (horário de Brasília).
As bolsas americanas inverteram o sinal e operam em queda. O movimento de baixa acontece em meio à fala do presidente regional do Federal Reserve de Richmond, Tom Barkin.
O dirigente afirmou que "ainda vê o 'longo caminho' por inflação na meta de 2%", mesmo com os os "progressos" com o aperto monetário promovido pelo Fed, como a desaceleração da inflação em março.
- S&P 500: -0,25%;
- Dow Jones: -0,11%;
- Nasdaq: -0,64%
Hoje (12) no Giro dos Mercados, a analista Laís Costa fala sobre o resultado do CPI, IPCA americano e se realmente há possibilidade de queda de juros nos Estados Unidos.
Ela ainda comenta o dólar abaixo dos R$ 5 e se vale a pena investir no exterior neste momento.
Ainda nesta edição, a analista Larissa Quaresma vai falar sobre o fim da isenção de até US$ 50 em compras no exterior e como isso afeta as varejistas internacionais como Shein, Shoppee, Aliexpress, entre outras.
Aperte o play e acompanhe:
As ações das companhias Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11) operam em queda, pressionadas pela queda do dólar à vista, já que as empresas são mais expostas à moeda americana devido às exportações.
O dólar opera em queda de mais de 1% e na casa dos R$ 4,90, com a desaceleração da inflação dos EUA, medido pelo CPI, em março.
CÓDIGO | NOME | PREÇO | VARIAÇÃO |
KLBN11 | Klabin units | R$ 18,49 | -1,02% |
SUZB3 | Suzano ON | R$ 42,22 | -0,78% |
As bolsas americanas sustentam alta com o CPI de março abaixo do esperado. Entre os destaques, os investidores ainda aguardam a divulgação da ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), na tarde desta quarta-feira (12).
- S&P 500: +0,39%;
- Dow Jones: +0,43%;
- Nasdaq: +0,32%
O Ibovespa aliviou alta com a realização das companhias do setor de commodities metálicas, mas sustenta-se em tom positivo.
O índice da bolsa brasileira sobe 0,67%, aos 106.926 pontos.
O dólar à vista vem renovando mínimas e opera a R$ 4,9296, em baixa de 1,55%
O monitoramento do CME Group mostra agora uma redução na possibilidade de uma alta de 25 pontos-base (pb) nos juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em sua próxima decisão, em 3 de maio, após a publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
Agora, esta chance era de 66,5%, quando logo antes do dado estava em 75,8%, e a de manutenção de juros na faixa atual, entre 4,75% e 5,00%, avançava a 33,5% (de 24,2% pouco antes). Ontem, os níveis estavam em 72,9% e 27,1%, respectivamente.
Para dezembro, a maior chance (37,3%) agora é de que os juros estejam na faixa entre 4,25% e 4,50%, seguida (29,1%) pela de que estejam entre 4,00% e 4,25% e pela de que estejam entre 4,50% e 4,75% (20,7%), segundo o monitoramento.
[Estadão Conteúdo]
Com os ganhos recentes pela alta do minério de ferro, as empresas ligadas a commodities metálicas realizam os lucros no Ibovespa.
O minério de ferro encerrou as negociações na China em leve alta de 0,23%, com a tonelada a US$ 114,50.
Confira as cotações das companhias:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
VALE3 | Vale ON | R$ 81,54 | -1,00% |
GOAU4 | Metalúrgica Gerdau PN | R$ 12,05 | -0,99% |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 7,67 | -0,78% |
GGBR4 | Gerdau PN | R$ 25,75 | -0,66% |
CSNA3 | CSN ON | R$ 16,12 | -0,31% |
CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 4,82 | 0,00% |
As bolsas americanas abriram em alta, recuperando as perdas da sessão anterior, com o CPI mais fraco em março. Os investidores reagem positivamente à desaceleração da inflação, com expectativa de arrefecimento do aperto monetário pelo Federal Reserve a partir de maio.
Confira a abertura em Wall Street:
- Dow Jones: +0,44%;
- S&P 500: +0,49%;
- Nasdaq: +0,67%
O Ibovespa opera em tom positivo, repercutindo o alívio na inflação americana, divulgada mais cedo. O índice sove 1%, aos 107.365 pontos.
Confira as maiores altas:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
HAPV3 | Hapvida ON | R$ 2,78 | 4,91% |
QUAL3 | Qualicorp ON | R$ 4,06 | 3,05% |
RRRP3 | 3R Petroleum ON | R$ 32,39 | 2,89% |
LREN3 | Lojas Renner ON | R$ 17,38 | 2,84% |
B3SA3 | B3 ON | R$ 11,86 | 1,98% |
E as maiores quedas do dia: ]
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CRFB3 | Carrefour Brasil ON | R$ 11,79 | -1,42% |
GOLL4 | Gol PN | R$ 7,03 | -1,13% |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 7,68 | -0,65% |
BBSE3 | BB Seguridade ON | R$ 34,76 | -0,60% |
UGPA3 | Ultrapar ON | R$ 14,65 | -0,54% |
Pelo segundo dia consecutivo, o Ibovespa vem renovando máximas e opera próximo à casa dos 107 mil pontos.
Os investidores repercutem a desaceleração da inflação brasileira (IPCA), divulgada ontem (11), e americana (CPI), divulgado hoje (12). Em linhas gerais, os dados mais fracos indicam resultados positivos no controle dos preços com o aperto monetário nos EUA e no Brasil.
Vale lembrar que os juros, medido pela Selic, segue em 13,75% ao ano e nos EUA, os juros estão no intervalo entre 4,75% a 5,00% ao ano. Se o ritmo de desaceleração da inflação, tanto americana quanto brasileira, confirmar-se gradual, as expectativas de cortes nos juros ganham força entre os investidores.
O Ibovespa abriu em alta de 0,44%, aos 106.685 pontos. O índice da bolsa brasileira acompanha o otimismo dos futuros de NY com o CPI de março abaixo do esperado, apontando uma desaceleração nos preços da economia americana.
O Ibovespa futuro não sustentou o fôlego com a desaceleração da inflação americana e voltou a flertar com o tom negativo.
O índice cai 0,08%, aos 106.585 pontos.
Com a desaceleração da inflação nos EUA em março, os juros futuros (DIs) aliviaram a alta da abertura e passaram a operam com viés de queda em toda a curva. O movimento acompanha o forte recuo dos títulos do Tesouro americanos, os Treasuries, após a divulgação do dado econômico.
Acompanhe:
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F24 | DI Jan/24 | 13,12% | 13,15% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 11,74% | 11,81% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,58% | 11,64% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,71% | 11,78% |
DI1F28 | DI Jan/28 | 11,91% | 11,96% |
A maior criptomoeda do mundo reagiu aos dados de inflação dos Estados Unidos de maneira positiva.
O bitcoin (BTC) começou o dia de lado, mas o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) veio em linha com o esperado, o que impulsionou uma alta de 1%, fazendo a criptomoeda tocas os US$ 30.400. O ethereum (ETH) opera em queda de 1,11%, negociado a US$ 1.892,96.
Já os demais tokens têm reações mais tímidas. Isso porque a inflação segue alta e pode motivar o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) a manter o aperto monetário.
Com a inflação americana mais "fraca", o que indica uma desaceleração gradual da economia à medida que os juros americanos sobem, o Ibovespa futuro inverteu o sinal e ganhou fôlego.
O índice futuro da bolsa brasileira renovou máxima aos 107 mil pontos após o CPI dos EUA.
Os futuros americanos também aceleraram os ganhos e sobem:
- Dow Jones futuro: +0,26%;
- S&P 500 futuro: +0,21%;
- Nasdaq: +0,11%.
Por fim, o dólar voltou a perder força ante o real e opera em queda a R$ 4,9465
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,1% em março ante fevereiro, abaixo que as expectativas de alta de 0,2% para o mês.
Na comparação anual, a inflação americana acumula alta de 5,00%, abaixo das projeções esperadas em 5,20%.
O núcleo do CPI, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, avançou 0,4% em março ante fevereiro, como o previsto. O dado acumula alta de 5,6% na comparação anual, também em linha com as expectativas do mercado.
As vendas no varejo subiram 3,8% em janeiro, após retração de 2,6% em dezembro, informou há pouco o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O dado veio acima das expectativas do mercado; os analistas ouvidos pela Broadcast aguardam alta de 3,4% no mês.
Na base anual, as vendas no varejo acumulam alta de 2,6%, acima também das projeções de avanço de 1,5%.
Com o avanço das vendas no varejo, acima do esperado, e tentativa de recuperação do dólar, os juros futuros (DIs) abriram em linha de estabilidade, com viés de leve alta, em toda a curva, após forte recuo na sessão anterior com o IPCA de março.
Confira a abertura dos DIs:
CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
DI1F24 | DI Jan/24 | 13,14% | 13,15% |
DI1F25 | DI Jan/25 | 11,81% | 11,81% |
DI1F26 | DI Jan/26 | 11,65% | 11,64% |
DI1F27 | DI Jan/27 | 11,79% | 11,78% |
DI1F28 | DI Jan/28 | 11,97% | 11,96% |
VEM MAIS INFLAÇÃO AÍ, GENTE
Lá fora, as ações asiáticas fecharam predominantemente em alta nesta quarta-feira, apesar de algumas quedas importantes, enquanto os mercados aguardam pelos principais dados de inflação que provavelmente devem influenciar a posição do Federal Reserve sobre as taxas de juros.
Em Hong Kong, as negociações foram afetadas pelas perdas acentuadas da Tencent — o principal acionista disse que depositou 96 milhões de ações da Tencent, no valor de cerca de US$ 4,4 bilhões, no Sistema Central de Compensação e Liquidação de Hong Kong nesta semana (tal movimento geralmente indica uma venda de ações).
As perdas na Tencent se espalharam para outras ações de tecnologia, com as grandes Alibaba e Baidu perdendo cerca de 2% cada. Para piorar, a montadora de carros elétricos BYD caiu quase 2% depois que a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, reduziu ainda mais sua participação na empresa.
O humor mais negativo, porém, não se espalhou para a Europa, que consegue verificar uma alta nesta manhã em seus mercados, em linha com o que também observamos nos EUA.
O evento mais importante do dia fica por conta da inflação americana, que pode animar os mercados por lá a depender do resultado, assim como aconteceu ontem no Brasil com o IPCA.
A ver…
00:57 — Bastou o Lula viajar…
Por aqui, tivemos ontem uma boa notícia para os ativos locais com o índice de inflação oficial, que não só mostrou desaceleração relevante, como também sinalizações de uma composição menos maligna frente ao que observamos ao longo dos últimos meses.
O IPCA desacelerou para 0,71% em março, registrando queda no acumulado de 12 meses de 5,60% para 4,65%. Para melhorar ainda mais, os núcleos e a inflação de serviços também cederam, o que é importante para a chance de uma queda dos juros em breve, que poderia servir como gatilho para as ações.
O Ibovespa avançou, enquanto o dólar e os juros caíram. Sinal de propensão ao risco. Depois de altas relevantes como a de ontem, correções fazem parte, mas temos um caminho aqui para otimismo. Depende do contexto internacional também, com a inflação americana e a viagem à China no centro do dia de hoje.
Pelo menos algumas sinalizações importantes para a ancoragem das expectativas foram dadas, como a nota de Haddad ao FMI prometendo manter a sustentabilidade fiscal e da dívida. O texto do arcabouço deve chegar na sexta, podendo ser mais fiscalista do que esperávamos.
01:49 — Um negócio da China
O presidente Lula está na China para uma cúpula de quatro dias. Ele desembarca em Xangai, para a cerimônia de posse de Dilma como presidente do Banco dos BRICS, antes de seguir para Pequim, onde se encontrará com o presidente chinês, Xi Jinping.
A comitiva brasileira conta com mais de 250 empresários, dos quais cerca de um terço pertencem ao setor agrícola, e mais de 40 autoridades do governo brasileiro. Teremos muitas reuniões sobre comércio, com convite de Lula ao presidente Xi para visitar o Brasil e ver projetos para os quais o País está buscando investimento chinês.
Desde a última visita de Lula a Pequim, em 2009, a China se tornou o principal parceiro comercial do Brasil, fazendo com que a demanda por soja, minério de ferro e petróleo disparasse. Para se ter uma ideia, em 2021, o Brasil era o maior destino da China para investimento estrangeiro direto.
Agora, em seu terceiro mandato, Lula enfrenta um cenário econômico e político difícil, esperando reviver a nossa economia estagnada diversificando as relações comerciais do Brasil com a China. Há espaço para otimismo, principalmente sabendo que pelo menos 20 acordos comerciais devem ser firmados.
02:43 — Os preços aos consumidores
Nos EUA, diante da expectativa pelos dados de inflação ao consumidor de hoje, os índices de ações tiveram outro dia misto ontem. Uma série de discursos de autoridades do Federal Reserve defendeu um aumento de 25 pontos-base na taxa de juros na próxima reunião de política monetária do banco central no início de maio (a probabilidade de tal movimento é de 70% agora).
Essas probabilidades podem mudar depois do relatório de inflação de março de hoje. O mercado espera, em média, que o índice de preços ao consumidor americano suba 5,2% na comparação anual, o que representaria uma desaceleração da alta de 6% verificada em fevereiro.
O núcleo, que exclui os preços voláteis de alimentos e energia, deve subir para 5,6% em março, de 5,5% em fevereiro, o que, por sua vez, é ruim.
Adicionalmente, teremos também as atas da reunião de política monetária do final de março do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Eventuais surpresas nos dados ou nos documentos terão efeito direto no mercado. Contanto que as atas acalmem o nervosismo atual e a inflação confirme a desaceleração, não temos muitas razões para preocupação. Caso contrário, as coisas podem ficar mais difíceis.
03:38 — O relatório da OPEP+
Um dos focos desta semana também reside nos relatórios mensais do mercado de petróleo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (OPEP+) e da Agência Internacional de Energia (AIE). Ambos os grupos esperam que uma recuperação na China leve a demanda por petróleo a níveis recordes este ano — há expectativa de que os chineses promovam mais estímulos para ajudar a sustentar o crescimento.
Os preços do petróleo sobem nesta manhã de quarta-feira, mantendo-se perto das máximas de um mês, próximo dos US$ 86 por barril, enquanto os investidores aguardam novos dados de inflação dos EUA que serão divulgados durante o dia, com o foco também voltado para um potencial aumento nos estoques de petróleo dos EUA.
A subida desse índice ontem se sucedeu em meio a crescentes esperanças de que o Federal Reserve dos EUA reduza sua postura hawkish, enquanto um recente corte na oferta pela OPEP+ continuou a fornecer suporte.
Ao mesmo tempo, os mercados também permaneceram cautelosos com quaisquer outras interrupções na demanda por petróleo, especialmente devido à desaceleração do crescimento econômico.
04:28 — As estimativas do FMI
Em seu relatório periódico de projeções, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas estimativas para o crescimento global, observando que a recente turbulência bancária aumentou a chance de uma desaceleração mais acentuada.
Ao mesmo tempo, a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, e os funcionários do Federal Reserve minimizaram os temores de uma contração acelerada no mercado de crédito.
Em outras palavras, as novas previsões de crescimento do FMI refletem o impacto da volatilidade no sistema bancário.
Com isso, o relatório indica um cenário mais benigno, em que o crescimento global fique ao redor de 2,8%, e um mais maligno, com crescimento de 2,5% neste ano, o mais fraco desde a recessão global de 2001, além dos espasmos da pandemia em 2020 e da crise global. crise financeira de 2009.
Uma recessão econômica certamente afetaria as pressões inflacionárias. A projeção para o crescimento dos EUA melhorou de 1,4% para 1,6% em 2023 e de 1,0% para 1,1% em 2024.
As estimativas da China não mudaram: 5,2% em 2023, 4,2% em 2024. O Fundo vê Alemanha e Reino Unido em recessão este ano, enquanto no Brasil a estimativa para 2023 caiu de 1,2% para 0,9% e a de 2024 ficou em 1,5%.
O Ibovespa futuro renovou a mínima aos 106.105 pontos, em baixa de 0,46%
O dólar à vista abriu em leve alta, em tentativa de recuperação das perdas anteriores, a R$ 5,0110.
O Ibovespa futuro abriu em queda de 0,09%, aos 106.590 pontos, na contramão dos futuros de Nova York que aguardam o CPI de março.
Sem destaques no cenário doméstico, os investidores tendem a repercutir os dados econômicos dos EUA na sessão desta quarta-feira (12).
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente conseguiu embarcar para a China nesta semana. Mas o que os amantes de compras online querem saber mesmo é: varejistas como Shein, Aliexpress e Shopee passarão a ser taxadas pela Receita Federal?
O assunto ganhou força nos últimos meses por causa de algumas reclamações de clientes, que chegaram a pagar o dobro do preço por produtos após a cobrança de impostos.
Naturalmente, as redes sociais não perdoaram e frases como “vocês não estão nem doidos de mexer com as taxações da Shein” e "mexa com tudo, mas não mexa com a nossa Shein. Deixa os pobres comprarem em paz" ganharam milhares de compartilhamentos.
- Varejista fora da ‘mira do governo’: enquanto os e-commerces asiáticos não saem do radar do governo, esta varejista brasileira vem chamando a atenção dos investidores. O motivo? Ela pode dar um salto de mais de 80% na bolsa após "dominar" os shoppings do país. [VEJA O TICKER AQUI]
Agora, o governo federal anunciou que decidiu acabar com a regra que isenta de impostos as remessas internacionais no valor de US$ 50 (R$ 250).
As commodities operam sem direção únicas, com expectativas dos investidores antes da inflação (CPI, na sigla em inglês) americana de março.
O minério de ferro, negociado em Dalian (China), sobe 0,25%, com a tonelada a US$ 114,50.
O petróleo tipo Brent cai 0,04%, a US$ 85,58 o barril.
A primeiro prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) apontou recuo de 0,90% em abril, após queda de 0,20% na mesma leitura de março.
O dado preliminar da inflação do aluguel foi divulgado há pouco pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Com a agenda esvaziada no cenário doméstico e o presidente Lula na China, as atenções concentram-se nos dados de inflação de março nos EUA e a publicação da ata da última reunião do Federal Reserve. Os investidores aguardam alguma sinalização de continuidade do aperto monetário ou possível manutenção do atual intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano.
Confira os indicadores econômicos do dia:
Onde | Agenda econômica | Período | Horário |
Brasil | Vendas no varejo | Janeiro | 9h |
EUA | Inflação ao consumidor (CPI) | Março | 9h30 |
EUA | Estoques de petróleo bruto na semana | -- | 11h30 |
EUA | Ata da última reunião do Fed | -- | 15h |
Após o fechamento do último pregão, identifiquei uma oportunidade de swing trade baseada na análise quant - compra dos papéis da Arezzo (ARZZ3).
ARZZ3: [Entrada] R$ 69.56; [Alvo parcial] R$ 72.80; [Alvo] R$ 77.67; [Stop] R$ 64.15
Recomendo a entrada na operação em R$ 69.56, um alvo parcial em R$ 72.80 e o alvo principal em R$ 77.67, objetivando ganhos de 11.6%.
O stop deve ser colocado em R$ 64.15 evitando perdas maiores caso o modelo não se confirme.