Suspeito de agredir Alexandre de Moraes e seu filho presta depoimento à Polícia Federal; outros acusados são da mesma família
Alex Zanatta Bignotto, um corretor do interior de SP, sua esposa e seu sogro são suspeitos da agressão sofrida pelo ministro do STF em Roma
Alex Zanatta Bignotto, um dos suspeitos de hostilizar e agredir o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e seu filho, um advogado de 27 anos, prestou depoimento à Polícia Federal de Piracicaba, no interior de São Paulo, na manhã deste domingo (16).
O suspeito mora em Santa Bárbara d'Oeste e trabalha como corretor de imóveis.
A informação foi confirmada pelo advogado criminalista Ralph Tórtima Filho, que representa Bignotto e os outros dois suspeitos de serem autores da agressão — sua esposa, Andreia Mantovani, e seu sogro, Roberto Mantovani Filho, que é empresário.
Os três — Bignotto, Mantovani e Andreia — desembarcaram no Brasil no sábado (15). No aeroporto, cinco agentes da Polícia Federal os aguardavam, fazendo perguntas e registrando vídeos.
De acordo com Tórtima, a PF esteve na residência da família às 6h deste domingo intimando os três para depor às 10h. Diante de compromissos prévios que já estavam agendados, os depoimentos de Andreia e Mantovani foram marcados para a próxima terça-feira, 18, às 9h.
Ao Estadão, Mantovani disse que ainda não foi convocado para prestar depoimento e manteve a postura de não comentar detalhes sobre o ocorrido.
"É tudo que eu não gostaria na minha vida", disse o empresário sobre o episódio de sábado. Ele é suspeito de proferir palavras de baixo calão direcionadas ao ministro e de ter dado um tapa no rosto do filho do magistrado. "Bandido, comunista e comprado" são alguns dos termos que, segundo a PF, Mantovani teria usado.
VEJA TAMBÉM — Nome no Serasa: sofri um golpe e agora estou negativado! O que fazer?
De acordo com a corporação, seu genro, Alex Bignotto, que presta depoimento neste domingo, teria o acompanhado com xingamentos. A família estava em viagem pela Itália e retornava ao Brasil quando encontrou com Moraes no aeroporto internacional de Roma.
De acordo com o advogado da família, teria acontecido uma confusão generalizada no aeroporto por causa da passagem do ministro. Ele nega que os três tenham proferido palavras de baixo calão direcionadas a Alexandre de Moraes.
O ministro cumpre uma agenda de palestras pela Europa e ainda não voltou ao Brasil. Até o momento, nem Alexandre de Moraes e nem o Supremo comentaram as agressões.
Autoridades prestam solidariedade a Alexandre de Moraes
Várias autoridades prestaram solidariedade e apoio ao ministro pelo episódio. No Legislativo, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse "Atos de hostilidade como os que sofreram o ministro Alexandre de Moraes e sua família, ontem, são inaceitáveis. A eles, minha solidariedade. Mais do que criminoso e aviltante às pessoas, às instituições e à democracia, esse tipo de comportamento mina o caminho que se visa construir de um país de progresso, civilizado e pacífico".
O presidente da outra Casa, deputado federal Arthur Lira (PP-AL), também divulgou uma nota nas redes sociais em apoio ao ministro. "É inaceitável que se use o argumento de liberdade de expressão para agredir, ofender e desrespeitar autoridades constituídas. Isso não pode continuar. Democracia se faz com debate e não violência."
No sábado a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o caso. Em seguida, o procurador-geral da República, Augusto Aras, disse que a PGR vai "adotar as medidas cabíveis" na situação.
"A Procuradoria-Geral da República solicitou informações à Polícia Federal sobre as agressões sofridas pelo ministro Alexandre de Moraes e seu filho, na Itália. O MPF tomará as medidas cabíveis a respeito do caso", diz a nota compartilhada por Aras nas suas redes sociais.
George Washington, bolsonarista que planejou atentado a bomba no aeroporto no Distrito Federal, vai para o semiaberto
A mudança do regime fechado para o semiaberto foi reconhecida porque ele já cumpriu um sexto da pena, requisito estabelecido na Lei de Execução Penal
Anatel poderá ser supervisor das redes sociais: presidente da agência defende que órgão regule plataformas
O dirigente da Anatel explicou que a agência não tem, no entanto, como atuar sobre postagem e perfis específicos
Aquecendo os motores para as eleições municipais: Testes em urnas eletrônicas reiteram que sistema de votação é seguro
Dos 35 planos de teste realizados, cinco apontaram melhorias nos sistemas, que foram acatadas pelos técnicos do tribunal
Jair Bolsonaro recebe alta após 13 dias internado e já anuncia planos
“Em uma semana, tudo normal”, escreveu no X (antigo Twitter) Bolsonaro, que estava com quadro de erisipela e desconforto abdominal
O que Haddad espera da economia? Projeções da Fazenda esperam inflação e PIB maiores para 2024
Para 2025, a projeção de IPCA passou de 3,10% para 3,20%. A atualização acontece um mês após o último boletim macrofiscal da SPE.
Sérgio Moro vai perder o mandato? Veja como será o julgamento do senador no TSE
Julgamento que pode resultar na cassação do mandato de Sérgio Moro e torná-lo inelegível começa hoje no TSE
Lula “merece” ou não ser reeleito? Pesquisa aponta nome mais forte que Jair Bolsonaro para eleição de 2026
Vale lembrar que Bolsonaro está inelegível até a eleição de 2030, de acordo com uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
STF barra indicações políticas para estatais — mas mantém nomeações feitas por Lula
Assim, com a decisão, ficam proibidas futuras nomeações políticas para cargos de chefia em empresas públicas, sociedades de economia mista e suas subsidiárias
Governo Lula melhor que o de Bolsonaro? Veja o que a pesquisa CNT/MDA descobriu
O levantamento foi encomendado pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e executado pelo Instituto MDA Pesquisa. A margem de erro é de 2,2 pontos porcentuais.
Comissão do Senado dá sinal verde para projeto de lei que recria seguro obrigatório DPVAT e libera R$ 15 bilhões de crédito
“A recriação do DPVAT, agora SPVAT, não tem nenhum condão do ponto de vista do governo de fazer caixa”, disse o senador Jaques Wagner durante a votação
Leia Também
-
STF barra indicações políticas para estatais — mas mantém nomeações feitas por Lula
-
Deputados dos EUA reorganizam audiência para discutir suposta 'crise' no Brasil por decisões da Justiça no combate às fake news nas redes sociais
-
Arthur Lira quer defende proposta para limitar ações no Supremo, mas ações precisam de maioria no parlamento