A mesma instituição financeira que derrubou as bolsas mundo afora agora traz alívio aos mercados internacionais. O anúncio de que o First Citizens Bank irá adquirir os negócios do Silicon Valley Bank (SVB) animou as bolsas na manhã desta segunda-feira (27).
Momentos após o anúncio, as ações do First Citizens dispararam cerca de 22% no pré-mercado em Nova York. Os clientes do SVB serão transferidos para o banco da Carolina do Norte assim que a transação for concluída, segundo o informe.
Outras instituições financeiras penalizadas pela crise no setor bancário também passaram a subir no primeiro pregão da semana. Os papéis do First Republic Bank, que chegou a receber uma ajuda de US$ 30 bilhões em liquidez, subiam 27% no mesmo horário.
Como funcionará a aquisição do SVB pelo First Citizen
De acordo com a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), que tomou conta das operações do SVB pós-crise, o First Citizens assumiu todos os depósitos e empréstimos do banco.
As 17 ex-agências do SVB reabrirão como First Citizens Bank a partir desta segunda-feira.
A transação incluiu a compra de cerca de US$ 72 bilhões em ativos do SVB, com um desconto de US$ 16,5 bilhões. Outros US$ 90 bilhões em títulos do banco quebrado permanecerão com a FDIC.
A FDIC afirma que a falência do SVB custará, no total, cerca de US$ 20 bilhões ao fundo, que é financiado pelo próprio setor bancário.
- Lula X Bolsonaro: compare a gestão de cada um dos governantes com o nosso “Diário dos 100 dias”. Clique aqui para acompanhar gratuitamente.
Já na Europa…
O alívio do setor financeiro como um todo também impulsiona as bolsas na Europa — e os bancos de lá.
O UBS, que recentemente adquiriu o Credit Suisse, opera em leve alta de 0,58% no pregão regular. No mesmo horário, o BNP Paribas e o HSBC subiam 2,32% e 1,12%, respectivamente.
Por fim, o banco que assustou os mercados na última sexta-feira (24) com uma forte queda das suas ações, o Deutsche Bank, subia 5,48% nas primeiras horas do dia. Do mesmo modo, o Commerzbank avançava 5,19%.
*Com informações do Yahoo Finance, Investing.com e Estadão Conteúdo