O que Warren Buffett poderia comprar na B3 com os bilhões de dólares que a Berkshire Hathaway possui no caixa
Holding do bilionário encerrou setembro com US$ 157,2 bilhões (R$ 770 bilhões) no caixa. Quais empresas ele poderia comprar na bolsa brasileira com esse dinheiro?

A Berkshire Hathaway, conglomerado do bilionário investidor Warren Buffett, encerrou o terceiro trimestre sentada em uma pilha de dinheiro. Mais precisamente US$ 157,2 bilhões, o que equivale a R$ 770 bilhões nas cotações atuais do dólar
Trata-se de um valor recorde para a holding de Warren Buffett, que prefere carregar recursos em caixa quando vê poucas oportunidades no mercado. Com a alta dos juros nos Estados Unidos, o bilionário não precisa ter pressa.
Aliás, a maior aposta de Buffett no período foi justamente em títulos do governo norte-americano, cujos rendimentos bateram as máximas em mais de 15 anos recentemente.
O balanço da Berkshire mostra que a companhia carregava pouco mais de US$ 126 bilhões (R$ 617 bilhões) em Treasurys no fim do terceiro trimestre.
Buffett também tem usado o caminhão de dinheiro que possui em caixa para recomprar as ações da Berkshire no mercado. Apenas de janeiro a setembro deste ano foram US$ 7 bilhões em aquisições. Ou seja, na visão do bilionário os papéis da holding estão baratos.
Com relação à carteira de investimentos da Berkshire, 78% do total se encontram em apenas cinco companhias: Apple, Bank of America (BofA), American Express, Coca-Cola e Chevron.
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As ações da holding do bilionário são listadas na Bolsa de Nova York (Nyse), mas também possuem BDRs (recibos de ações, na sigla em inglês) negociados na B3, com o código BERK34.
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Que empresas Warren Buffett poderia comprar na B3?
Por falar em B3, vamos agora ao tema desta matéria: quais empresas com ações na bolsa brasileira Warren Buffett poderia comprar se decidisse usar a montanha de recursos que a Berkshire Hathaway possui no caixa?
Com base no valor de mercado atual, o bilionário poderia assinar um cheque para ficar com qualquer uma das companhias abertas brasileiras. E ainda sobraria um “troco”.
Por exemplo, a Petrobras (PETR4) vale hoje R$ 486 bilhões na bolsa — equivalente a US$ 99 bilhões. Assim, Buffett poderia comprar a estatal brasileira inteira — e ainda restaria US$ 58 bilhões disponíveis no caixa.
Lembrando que esse é apenas um exercício teórico, já que pouco mais de um terço do capital da Petrobras está nas mãos do governo brasileiro, que não pretende se desfazer da companhia.
Além disso, qualquer aquisição certamente ocorreria por um prêmio sobre o atual valor de mercado.
Seja como for, o exercício é válido para mostrar como as empresas brasileiras encontram-se baratas na bolsa hoje.
Para se ter uma ideia, o valor de mercado da Berkshire Hathaway hoje é de US$ 767 bilhões. Essa cifra é maior que a de todas as empresas que fazem parte do Ibovespa (US$ 743 bilhões), de acordo com dados da B3. Confira abaixo as cinco maiores companhias da bolsa brasileira:
Empresa | Valor de mercado |
Petrobras | 99,4 |
Vale | 66,1 |
Itaú Unibanco | 51,7 |
Ambev | 42,8 |
Bradesco | 30,3 |
Itaú, Bradesco e Ambev na carteira
Continuando o “passeio” de Warren Buffett pela B3, se desejasse usar o dinheiro remanescente no caixa depois de comprar a Petrobras, o bilionário ainda poderia colocar na carteira o Itaú Unibanco (ITUB4), a cervejaria Ambev (ABEV3) ou o Bradesco (BBDC4).
A única combinação que o caixa da Berkshire não suportaria seria a aquisição simultânea de Petrobras e Vale (VALE3).
Isso porque o valor de mercado combinado das duas maiores empresas da B3 é de US$ 165,5 bilhões. Ou seja, Buffett teria que arrumar pouco mais de US$ 8 bilhões para levar o “combo” Petrobras e Vale.
Por fim, vale destacar que a holding do "Oráculo de Omaha" possui participação em uma empresa brasileira: o banco digital Nubank.
Mas no passado recente, o nome do bilionário foi alvo de "fake news" envolvendo um suposto investimento no IRB (IRBR3). Mas a Berkshire acabou vindo a público para negar a notícia, que teria sido divulgada pela antiga diretoria da empresa de resseguros.
*Com informações da CNBC
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