Brics anuncia expansão e vai apoiar Brasil como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU
Expansão do bloco e pressão por reforma da ONU foram os principais resultados da reunião de cúpula do Brics em Johannesburgo
A reunião de cúpula do Brics encerra-se nesta quinta-feira (24) com o anúncio da expansão do bloco e o apoio à promoção de Brasil, Índia e África do Sul à condição de membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
O estabelecimento de uma moeda comum para as trocas entre os integrantes do bloco também segue no radar.
A entrada de Brasil, Índia e África do Sul na condição de membros permanentes do Conselho de Segurança faria parte de uma reforma abrangente da ONU defendida pelo Brics e consta do rascunho do texto final do encontro de cúpula.
O apoio ganha relevância pelo fato de China e Rússia assinarem o documento. Os dois países integram o grupo de membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU ao lado de Estados Unidos, Reino Unido e França.
O Conselho de Segurança é mais alta instância decisória da ONU. Atualmente, os membros permanentes têm poder de veto nas votações do conselho.
Veja o que diz o trecho do comunicado final sobre o assunto.
“Nós apoiamos uma reforma abrangente da ONU, inclusive do Conselho de Segurança, com a visão de torná-lo mais democrático, representativo, efetivo e eficiente, e para aumentar a representação de países em desenvolvimento entre os membros do Conselho, para que ela possa responder de modo adequado aos desafios atuais globais, e apoiamos as aspirações legítimas de países emergentes e em desenvolvimento de África, Ásia e América Latina, incluindo Brasil, Índia e África do Sul, de ter um papel maior nas questões internacionais, em particular nas Nações Unidas, incluindo o Conselho de Segurança.”
- Como construir patrimônio em dólar? Estratégia de investimento desenvolvida por físico da USP possibilita lucros na moeda americana; conheça aqui
Expansão do Brics
O Brics terá seis novos membros a partir de 1º de janeiro de 2024. A entidade passará a contar com a participação de Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.
Inicialmente, o processo de expansão parecia se encaminhar para a entrada de cinco novos membros.
No entanto, a África do Sul, anfitriã da reunião de cúpula deste ano, pressionou pelo ingresso da Etiópia. Segunda nação mais populosa da África, a Etiópia é também sede da União Africana (UA).
Quando a adesão dos seis novos membros for concluída, o Brics vai abranger 36% da economia mundial.
Vale lembrar que cerca de dezenas de países já manifestaram interesse formal de adesão ao bloco.
Leia também
- Putin e Lula se estranharam? Petista leva a guerra para os Brics e presidente da Rússia reage
- Lula no Brics: o recado duro que o petista mandou para os países ricos
A origem do Brics
A sigla Bric como referência ao conjunto de potências emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia e China apareceu pela primeira vez em 2001. A ideia foi formulada por Jim O’Neill, então economista-chefe do Goldman Sachs.
Em 2006, o quarteto transformou a ideia em uma instituição internacional orientada às aspirações e interesses das nações do chamado Sul Global.
A primeira expansão do Bric ocorreu em 2011. Com o acesso da África do Sul, o Bric virou Brics, com a adição da letra ‘S’ como referência a South Africa.
Apesar do anúncio da nova expansão, não há menção a uma eventual nova mudança de nome do bloco.
“Odeio Trump”, diz Stormy Daniels — o depoimento da pivô do caso que pode levar Trump à prisão
A estrela pornô testemunhou nesta terça-feira (7) sobre a relação com o ex-presidente norte-americano e disse que quer ele seja preso se for condenado no julgamento criminal
Javier Milei é “buy”? Elon Musk recomenda investimento na Argentina e bolsa local sobe mais de 3%
Após um encontro com o presidente argentino e a secretária geral da presidência, Karina Milei, o bilionário postou uma foto, comentando na sequência: “eu recomendo investir na Argentina”
O recado da China à Europa: o que o presidente Xi Jinping foi fazer na França após cinco anos — e não é só comércio
Ainda esta semana, o presidente chinês fará escalas na Sérvia e na Hungria, aliados da Rússia que cortejaram o investimento chinês
Fim da guerra em Gaza? Hamas concorda com cessar-fogo, mas trégua ainda não está garantida. Veja a resposta de Israel
O cessar-fogo está sendo articulado em um momento em que Netanyahu planeja a invasão por terra da na cidade de Rafah, no sul de Gaza — em uma ofensiva prometida há semanas
Por que o dado negativo de emprego nos EUA anima os mercados e pode fazer você ganhar dinheiro na bolsa
A economia norte-americana abriu menos vagas do que o esperado em abril e a taxa de desemprego subiu no período — isso pode ser uma boa notícia para os investidores; descubra as razões
Paciência no limite? Biden solta o verbo e não perdoa nem mesmo um grande aliado dos EUA
O presidente norte-americano comparou o aliado à China e à Rússia; saiba o que ele disse e a razão para isso
O milagre de Milei será adiado? A Via Sacra da Argentina até o crescimento econômico na visão da OCDE
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta, no relatório Perspectiva Econômica divulgado nesta quinta-feira (2), que o PIB da Argentina sofrerá contração de 3,3% em 2024
Os juros não sobem mais nos EUA? A declaração de Powell que animou os investidores — e os dois fatores determinantes para a taxa começar a cair
Na decisão desta quarta-feira (1), o comitê de política monetária do Fed manteve a taxa de juros inalterada como era amplamente esperado; foi Powell o encarregado de dar os sinais ao mercado
Juros nos EUA não caíram, mas decisão do Fed traz uma mudança importante para o mercado
Com amplamente esperado, o banco central norte-americano manteve os juros na faixa entre 5,25% e 5,50% ao ano, mas a autoridade monetária marcou uma data para mudar uma das políticas mais importantes em vigor desde a pandemia
O impacto da decisão do Fed: como os juros americanos afetam o Brasil e o futuro da Selic
Fed comandado por Jerome Powell deve mostrar postura cautelosa sobre os cortes nas taxas de juros, sem previsões imediatas de redução
Leia Também
-
Mais um voo da BRF (BRFS3): Lucro da dona da Sadia e Perdigão dispara 158% no 1T24 — mas um bancão aposta que impulso tem data para acabar
-
Mais água no chope: lucro da Ambev (ABEV3) cai no 1T24, pressionado novamente pelo “Efeito Milei” no balanço
-
Bolsa hoje: Ibovespa cai com Nova York à espera de Copom e dólar avança; BRF (BRFS3) sobe quase 10% após balanço
Mais lidas
-
1
CEO da Embraer (EMBR3) comenta possível plano de jato de grande porte para competir Boieng e Airbus; ações reagem em queda a balanço do 1T24
-
2
'Se eu quisesse investir em golpes, esta seria a próxima grande indústria': o alerta de Warren Buffett sobre a inteligência artificial
-
3
Banrisul (BRSR6) e IRB (IRBR3) são os mais expostos pela tragédia climática no RS, diz JP Morgan, que calcula o impacto nos resultados